ECOVILA FLOR DAS    ÁGUAS.
Em  de 2015, chegam em Serra Grande, distrito de Uruçuca, sul da Bahia, o casal Luiz e Samara Klein Gomes, ela grávida  seis meses.  Com conhecimentos práticos de permacultura, adquiridos na Comunidade Alternativa de Panya, Tailandia, tinham como projeto adquirir seu pedaço de terra, na Bahia, isto depois de terem visitado Goiás e Pará. Mas o sonho ia mais longe: criar uma comunidade alternativa onde o menos pudesse ser mais em qualidade de vida e como um centro  irradiador de tecnologias de baixo impacto ambiental, cursos,  estágios,  programa de voluntariados, bioconstrução,  etc... iniciaram por difundir a idéia e após várias articulações, conseguiram formar um grupo de mais seis casais, com os quais adquiriam um terreno de dez hectares, entre o distrito de Serra Grande e o município de Uruçuca. Foi pensado então, que nesses dez hectares, seria construída a Ecovila Flor das Águas, onde cada casal construiria sua casa própria, segundo os princípios da bioconstrução e desenvolveria projetos que privilegiassem o coletivo da ecovila, dando atenção às demandas da comunidade mais próxima, pondo em prática o conceito de responsabilidade pessoal e social,  os princípios básicos da permacultura, a vivencia da cidadania responsável, o consumo consciente, a preservação do meio ambiente e a aprendizagem de tecnologias simples e possíveis de serem utilizadas. Entre os projetos pensados  pelos integrantes da futura ecovila, destacam-se:
a)Agrofloresta: espaço para o cultivo de árvores frutíferas, legumes e hortaliças, plantas  ornamentais, plantas medicinais e grãos.b) Cultivo de cogumelos e mel de abelhas. c) Central de lixo reciclável. d) Reservatorio de captação de água da chuva.  e) Captação de energia solar. F) Construção de casas na árvores, parquinho infantil, refeitório e dormitório coletivo para voluntários, espaço para atividades educacionais, recreativas e culturais, casa de parto, botica, ateliê de artes, minhocário. Alguns destes projetos são pessoais mas todos objetivam privilegiar o coletivo. G) Abertura para voluntários  interessados em  adquirir conhecimentos  práticos de permacultura, bioconstrução e vivencias educativas e sociais.
H) Implantação da biblioteca circulante para a comunidade no entorno da eco vila e projetos culturais diretamente  nesse entorno.
Até agosto do corrente ano, quando estive no local da futura ecovila, em cujo terreno já havia uma pequena casa onde residem o permacultor Luiz, sua esposa Samara e a  filha Mali, muitas melhorias foram feitas na casa e outras benfeitorias, como construção da caixa dágua, instalação de energia elétrica, plantação de legumes e hortaliças etc..Essa casa pertence à ecovila e pretende ser  a Casa Mãe da ecovila, de onde partirão a execução de todos os projetos pensados.
Obs: O permacultor Luiz Carlos Gomes é meu filho mais jovem, formado em publicidade, com vivencias na Austrália, Indonesia e Tailandia, cuja opção, juntamente com a esposa Sami, foi a convivência com a  natureza e com a qualidade de vida na simplicidade onde o menos pode ser mais de em qualidade de vida.