De: Silvino Potêncio> “as batatas da terra”!...

Há muitos anos atrás eu escutei uma das grandes verdades que me tem servido de orientação pessoal, em muitas das minhas deslocações a países e lugares, tanto as viagens que tenho feito a serviço,  como as que tenham sido feitas a passeio (infelizmente muito poucas) – para se conhecer bem os costumes da terra, comecemos pelos mercados, públicos ou privados. As pessoas são aquilo que são e não aquilo que aparentam ser, logo,… antes de fazermos qualquer julgamento sobre os gostos dos outros é bom lembar o velho adágio… cada um come do que gosta e muitas vezes do que  não gosta mas come para sobreviver.
Todas essas verdades, apreendidas ao longo dos anos, todas elas graças a Deus, … todas aquelas que eu consegui reter na memória,  me teem sido um valioso enriquecimento do meu acervo intelectual ao longo de quase 70 anos.
E, pelo menos, isto me ajuda a analizar e entender o pensar de muita gente diferente das terras de onde eu venho, para onde eu vou, e até a terra de muitos de vós que vivéis nesses lugares aonde eu já tenho ido!...De onde sempre volto com saudades e vontade de lá voltar.
Ao visitar tais lugares ainda desconhecidos, seguindo esta sugestão,  devemos começar pelo mercado de frutas, carnes, peixes e todos os outros itens que fazem parte do cardápio alimentar das gentes do local.
Os Chineses dizem, da sua sabedoria milenar… “os humanos cavam a sepultura com a boca”!... e portanto, a vida de cada um depende directamente daquilo que se come ao longo da vida na terra aonde vive, embora conserve os princípios apreendidos da terra aonde nasceu.  
Com base nesse princípio, eu costumo lembrar também da velha frase do filósofo Francês Antoine Lavoisier, que é universal… “na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma!”
E assim, ao comermos o necessário para vivermos, estamos apenas a transformar algo que veio da terra e para ela há-de voltar quer queiramos quer não. Inclusivé o nosso próprio corpo depois de transformado naturalmente, terá esse destino final irrevogável, enquanto isso vivamos para transformar.
Recentemente eu recebi aqui alguns comentários na minha página virtual, sobre a produção de alimentos orgânicos e não orgânicos, os genéticamente modificados e os tratados com produtos químicos em Portugal,  e,… por se tratar de algo que eu muito estimo,  porque gosto de preservar todas as coisas simples vindas da natureza,  em detrimento dos complicados e complexos alimentos modificados pelo homem, eu vos escrevo aqui mais este aviso.
 Vamos à Carta que eu mandei de volta a esta Amiga Virtual. (apenas por coincidência é do Norte de Portugal)   
Carissima Amiga Lurdes Moura Pinto!... tal como eu costumo dizer aqui no meu espaço virtual;
- Esta é mais uma para espetar nas "FUÇAS" dos Governantes que aí estão há 43 anos ou mais nessa ciranda do poleiro Alfacinha!
A bem da verdade, isto da permissão dada pelos Governantes e do uso de pesticidas, herbicidas, modificações genéticas, etc, etc,  é tão só uma forma de espalhar doenças invisíveis a curto prazo em todos os consumidores, por causa da incompetência, da ignorância de quem sobe ao "poleiro" e dorme em cima de um pau coberto de merda já petrificada.
Não, não tenho nenhum remorso em afirmar! ... Ai,  ai…  que saudades das batatas, das couves, das ervilhas, dos feijões, etc, etc... e até das alcagoitas do Algarve, que eram adubadas com MERDA DE VACA, com estrume de Ovelhas e de Cabras dos tempos de antanho…
Agora,  a politica Portuguesa Contemporânea é uma autêntica corja de "vendedores de banha da cobra", irrevogávelmente eleitos pelo POVO, porém ao serviço dos Big Brothers da gigante MONSANTO e outros que tais!... donas da tecnologia denominada, AGO (Alimento Geneticamente Modificado na Origem)
Isto, na verdade, é tudo uma M.E.R.D.A. (leia-se: MUITOS ELEITORES REALMENTE DECLINAM ACREDITAR).
Fazem campanhas políticas (na maioria falsas e enganosas) para subir ao palco das mentiras, e depois de eleitos, cada um se governa como pode – e não raras vezes com quer!
 -  Depende do cargo que eles ocupam e,  de onde quase nunca se podem tirar nem abdicar de livre e expontânea vontade.  
Para finalizar o sermão que muito poucos vão escutar até ao fim: Nos dias que hoje passam,  os Legisladores matam mais Portugueses com suas (deles) Leis da Assembleia da Répública do que os incêndios, os acidentes de trânsito, os desastres ambientais, naturais,  etc e tal e coisa!...
Há anos que eles aprovaram leis que o POVO não pediu, e nem precisa!...E os eleitores permitiram isto para quê?!
- Desde que o homem aprendeu a plantar batatas, o trabalho é sempre o mesmo e a natureza lhe responde naturalmente.
Já Leonardo Da Vintch dizia, séculos atrás: “dada a causa, a natureza produz o efeito imediato”!...  
Causa: Enterra-se a batata na terra e ela morre para dar novas batatas.
Efeito: comem-se as batatas da terra para nos alimentarmos e as  transformar  em adubos para de novo as plantar infinitamente.
As Leis para desenvolver o País e a produção de novos alimentos foram substituídas gradativamente,  não para beneficiar  quem trabalha a terra,  mas sim para incentivar o POVO a ir para a Emigração!
E, para nossa maior desgraça,... cada vez mais temos que nos sujeitar a esquecer as “batatas da nossa terra” e nos adptarmos às dos outros. Por isso eu continou a visitar os mercados aonde eu vou.    
As Leis para educar o Povo serviram para beneficiar apenas uns poucos,  em detrimento de muitos que foram procurar outras terras, outros mercados, outros lugares na Emigração.
As Leis para cuidar da saúde de todos se submeteram ao jugo Estrangeiro interessado em nos escravizar (desde que o homem existe na terra há sempre a ideologia da dominação de um pelo outro!) e assim nos venderem aquilo que eles produzem para se desenvolveram a eles mesmos lá de fora e ironia do destino!...
-  Na Emigração, nós vamos trabalhar as batatas das terras dos outros, enquanto as nossas definham ao abandono ano após ano!
E é por estas e por outras que eu, quando posso, eu saio da minha Emigração e volto às minhas origens para cumprir a minha sina. Nasci da terra e a ela hei-de voltar algum dia!... quando Deus quisér!
A cada novo dia o Povo reconhece e mais se agarra a esta trilogia, seja em Portugal ou em qualquer outro país na face da terra:   
- BANDIDOS!... BANQUEIROS!... e nós,  meros Banif ESTANTES, (Emigrantes)  é tudo o que nós temos no cardápio da mesa da política Lusitana dos nossos dias.  Enquanto O POVO!... ah sim!... o POVO!?... qual POVO?
Silvino Dos Santos Potêncio - Emigrante Transmontano em Natal/Brasil (Julho de 2017)

 
Silvino Potêncio
Enviado por Silvino Potêncio em 11/07/2017
Código do texto: T6051811
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