A Cúpula sobre o clima, na Polônia, o que esperar?

Se plantar no deserto dá certo, se o amor ainda pode ser cultivável, por que o homem não pode parar de destruir o planeta? O mesmo ser que planta e colhe, arranca e mata!

A Polônia está sendo palco de uma grande reunião de líderes políticos e ecologista de quase o mundo todo. Conversam sobre as repercussões sobre o clima da Terra diante das agressões que andamos fazendo desenfreadamente há décadas. Tomara que de lá saia o começo das soluções para que nosso plante volte a respirar sem as agressões de que está sendo vitimado.

O mundo está de olho na maior reserva de mata atlântica do planeta. Temos o prazer, a honra e a responsabilidade de cuidá-la, e cuidá-la muito bem, o que não estamos fazendo ainda. O desmatamento continua sendo sua grande praga. Milhares de quilômetros continuam sendo dizimados anualmente, o que é uma vergonha e nos põe na escuridão das nações em desenvolvimento. Temos que agir com rapidez e eficiência. A Europa já dizimou suas matas, quase todas. Agora o velho continente precisa ajudar-nos a conservar aquilo que é considerado o pulmão do mundo. Sabemos também que entre nossos pulmões moram nossos corações. Além de racionalidade, teremos de ser sensíveis ao problema.

É fácil apontar culpados. Isso deixemos para trás. Necessitamos fazer nosso dever de casa e reclamar a ajuda merecida de nossos parceiros mundo afora. Quem não tem mais mata, terá que continuar respirando o ar de nossa Amazônia. Assim, nada mais justo do que o mundo financiar nosso trabalho para manter a mata quase intocada. Isso retiraria de nós, muitas possibilidades de crescer. Por outro lado, devemos entender que uma parceria inteligente poderá levar-nos a adquirir dividendos com essa proteção mais do que necessária às nossas florestas. Que o resto do planeta financie, dê, ofereça. Gritar com acusações não levará ninguém a lugar nenhum.

Se essa conferência do clima não tiver frutos potentes, ficará muito difícil, a médio prazo, tirarmos o planeta do caos em que já entrou, e nem tão vagarosamente assim. Precisamos correr contra o tempo. A destruição feita já nos exige essa pressa responsável.

Agora é plantar esperanças, esperar frutos doces, aguardar o bom senso consensual dessa reunião de cúpula sobre o clima. A Polônia pode ser a sede que nos ofertará o maior presente até hoje sobre as condições que teremos que tecer para salvar a vida na Terra.

Não chegamos ao fim do poço ainda, mas já avistamos a água barrenta da lama. Não há mais tempo para esperarmos. Há de ser feito algo de muito consistente na intenção de proteger-se nossa planetinha azul. Nossos filhos, nossos netos, as gerações futuras deverão enxergar o que zelamos, o que deixamos. Não me canso de saber que um homem não se mede pelo que ele sabe, mas pelo que faz com o que sabe. Então? À nossa frente está a oportunidade e a hora. Que na Polônia tenhamos muito mais fruto que na Conferência do Clima de Paris!