Planos de Saúde no Brasil - Um Aborrecimento a Mais.

Estou atenta aos noticiários brasileiros, onde a notícia em pauta em todos os informes são as dificuldades enfrentadas por milhões de brasileiros possuidores de um plano de saúde.

Não precisamos ir muito longe, mas de 20 anos para cá a quantidade de planos de saúde se estabelecendo aqui no Brasil atingiu um patamar extraordinário. Ter uma empresa de planos de saúde passou a ser um negócio espetacular. Diga-se, confirme-se, os números.

Ora, com um sistema de saúde precário como o nosso, é lógico que investir em um plano de saúde privado virou um nicho de mercado maravilhoso e os empresários brasileiros souberam aproveitar a oportunidade.

Note-se que para ser associado a algum plano de saúde, na atual circunstância, nem precisa, necessariamente, ser uma pessoa abastada financeiramente, pois os dados revelam que as classes C, D e E também estão se credenciando com alguma operadora.

Quando nos associamos a uma concessionária de plano de saúde, ficamos mais seguros, mais confiantes, mais otimistas, pois sabemos que se precisarmos, teremos um plano de saúde que cobrirá muitas especialidades médicas e muitos procedimentos de urgência e emergência.

Bem, na teoria, é isto o que o associado almeja. Na prática, no entanto, a coisa funciona bem diferente do prometido. Temos um mínimo de 45 dias para uma marcação de uma consulta, hospitais super lotados, autorizações que esgotam nossa paciência com tamanha morosidade, e muito mais.

Recentemente, a ANS (Agência Nacional de Saúde), empresa controladora dos Planos de Saúde no Brasil, suspendeu as vendas de algumas operadoras que estavam liderando um ranking nada salutar: As piores no mercado brasileiro. Piores na prestação de serviços, serviços deficitários, morosos, aquém do desejado pela sociedade consumidora, etc e tal.

Para nossa surpresa, 7 operadoras que figuram na referida lista, são do estado de Pernambuco. Ficamos surpresos com a estatística! Afinal, imaginamos que a coisa estivesse confusa, feia, mas não tão profunda assim.

A ANS deu um prazo de 90 dias para elas se adequarem e que venham, finalmente, a satisfazer as reais necessidades de seus clientes. Prazo que consideramos mais que razoável.

Vamos ver se melhora alguma coisa. Resta torcer!

O Brasil está em festa com esta tomada de decisão.

Os gestores dos planos de saúde devem estar em extremo contrariados, mas foi mister tão sábia e oportuna atitude adotada pela ANS, caso contrário, o caos se instalaria, de fato.