AS TESES 'NUTELLA' QUE INSISTEM EM NÃO ENFRENTAR A RAIZ DO CAPITALISMO

O cara escreve, escreve e escreve e no fim dá em nada.

O capitalismo é imutável, e sua lógica mais que conhecida, mas infelizmente segue vitorioso pelo marketing pesado e pelas infindáveis expectativas e desejos humanos.

As 'teses-textos' falam das possibilidades keynesianas, que são no próprio texto amortecidas pelos financistas-rentistas, que há tempos dominam o capitalismo global.

A ciranda financeira acomodou e acostumou a burguesia a querer ganhar dinheiro especulando, e sem trabalhar, pelo que de fato é produtivamente palpável, e graças a existência da China, do Vietnã, e de alguns poucos países, que insistem pela contramão, ademais, essa contaminação "parasita", que tem horrores ao planejamento e a planificação econômica, chegou a pequena-burguesia e a parte da classe trabalhadora, uma pela ilusão empreendedora e as massas pela acomodação aos assistencialismos e clientelismos políticos, que são necessários nas emergências sociais, mas passam rapidamente à cultura do utilitarismo de sobrevivência.

O capitalismo estimula todas essas anomalias, e a balbúrdia econômica é seu modus operandi.

Não há saídas críveis, por dentro do capitalismo, mas nem mesmo os mais progressistas desenvolvimentistas, como o nosso presidente social-trabalhista, de centro-esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva, ousam mais questioná-lo preferindo os discursos de "vida ou morte" pelos pobres, que obviamente aplaudem esperando mais assistências do governo popular.

As teses-textos, que são como Nutella, a achocolatar o capitalismo, não fala de reforma agrária, de um 'Novo Momento', para que o povo brasileiro faça a mobilidade social esperada há pelo menos duzentos anos, desconcentrando a renda e a riqueza, diminuindo a massificação demográfica das cidades, principalmente do sudeste, possibilitando a reforma urbana, o fim da favelização, das pessoas em situações de ruas, enfim, todos os cidadãos com um pedaço de chão e um teto para viverem e se desenvolverem com dignidade. Ninguém mais ousa enfrentar as raízes da exploração capitalista, dar algum meio de produção aos trabalhadores, fomentar de fato agrovilas, vilas industriais, e ampliar de direito, as cooperativas de trabalho e produtividade.

Bolsas de Auxílios são emergencialidades, que estão sendo incorporadas gradativamente à sustentabilidade do capitalismo, dando aos miseráveis ilusões consumidoras e aos capitalistas a certeza que essas massas pobres não se insurgirão numa revolução popular.

Lula sabe, e por isso tem pressa, muita pressa, no socorro ao capitalismo colonial brasileiro, antes que "os pobres e miseráveis se cansem de suas falas, que não mudam suas miseráveis vidas".

Marco Paulo Valeriano de Brito
Enviado por Marco Paulo Valeriano de Brito em 13/02/2023
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