Pensando a Educação no município de Niterói

PENSAR

Que tipo de relação se estabelece hoje entre os indivíduos que mantêm a prática de "capacitação" e os incapacitados de plantão?

Como transformar a prática das salas de aula dessa rede sem alterar as condutas que direcionam o que deveria ser uma ação de logística baseada em pesquisa e ação?

Que caminhos são percorridos hoje?

Não existe a possibilidade de mudança se as ações aplicadas mantiverem esse caminho calcado no poder escrachado dos lugares de onde falam esses "formadores" de plantão!

Os encontros precisam ser focados numa mudança real onde o outro TEM que ser a mola mestra das ações da formação e nesse caso os professores precisam ser olhados com os olhos que se deseja olhem os professores para os seus alunos. Um olhar de BUSCA. Um olhar de exame para a força dos conhecimentos trazidos em sua ZDP. Olhar que hoje não se aplica ao que está posto.

Como acreditar no retorno ou no crédito, em pessoas que não conseguem dispor-se a uma mudança tão radical de suas verdades construídas há anos e anos?

Mudança real prediz uma disponibilidade de mudar e como pedir mudança se não existe a vontade real de abandonar verdades?

Mudança a fio reconduzindo esse fio!

Falar-se legítimo difere do agir em legítimo e com legitimidade. Franqueza transpirada é reconhecida e verdades não encontradas não abrem espaço para encontros verdadeiros!

Num local onde se faz necessário pensar o outro, pensa-se que para agir com a morimbundência de deflagrar sem experimentar, querer comanDAR sem dar chance de se expressar sem mostrar-se empreendedor em assuntos para os quais se dispõe a legitimar... Belas verdades expressas nas palavras de grandes autores não transformam ninguém em exemplo de vontade e de mudança! O que fazem é transformar em piegas uma ação fadada ao fracasso devido a pouca possibilidade de troca real.

Homens pensantes têm disposição de assumir erros. Disposição para manter um padrão de avaliação para além de dados estatísticos e para junto de possibilidades, de conhecimentos que não se tem. A vontade de ouvir o que não é dito sugere a chance de crescer e encontrar novos caminhos. Mas estaria-se mesmo afim de encontrar esses caminhos? Com certeza ele levará a outras buscas e ao encontro de brechas em suas IN-formações.

Quer-se mesmo formar? Ou deveria ser informar ou ainda possibilitar o desejo de transformar?

Na proposta:

"Considerando a política educacional mais recente e em curso no município de Niterói, percebemos – por parte da equipe central da FME e por parte de muitos profissionais das escolas - a tentativa de avançar na discussão sobre a concepção dos ciclos. No entanto, muitas vezes o ceticismo frente às propostas apresentadas (ou "propostas impostas"?) dificultam o envolvimento dos profissionais para a superação do "círculo vicioso" de algumas práticas e concepções."

Esse ceticismo explanado na proposta, assim como fundamentações teóricas também encontradas só fazem reforçar que as ações para alteração de paradígmas não são efetivas pois os envolvidos mantêm a mesma conduta aqui reclamada!

"Esse documento visa a elaboração de um debate acerca da proposta pedagógica da FME, buscando estruturar uma nova configuração dos ciclos na rede municipal de educação de Niterói" (op. cit., p. 1), indicando as diretrizes que buscam redimensionar a lógica que organiza os recursos, os processos, as relações, o tempo e o espaço da escola."

Seria possível? De cara podemos dizer que a cara exposta tem que predominar e os indivíduos não PRÉ- DOMINAR!

Os recursos.

Os processos.

As relações.

O tempo.

O espaço da escola.

Seria possível hoje fazer esse tipo de avaliação das ações desses grupos de referência?

REFERÊNCIA!

"Com semântica de referência, a operação de atribuição é uma cópia de pointer, ou seja uma referência. Semântica de valor significa que a operação de atribuição copia o próprio valor, não o pointer para o valor."

http://www.arnaut.eti.br/op/CPPFL28.htm

"Por obra de referência, entenda-se dicionários, enciclopédias, indicadores, mapas, atlas, almanaques e coisas do gênero, organizadas para consultas rápidas. Nada impede que alguém leia o dicionário de A a Z, mas o mais comum é tirá-lo da estante só pra consultar o significado de uma palavra ou a forma correta de escrevê-la. A ordem alfabética dos verbetes facilita a tarefa.

Dá pra perceber que as tão faladas novas tecnologias, e a Internet em particular, trouxeram novidades muito atraentes para as obras de referência: opções variadas de busca (inclusive em textos completos); possibilidade de consulta por vários usuários ao mesmo tempo; atualizações rápidas; e até mesmo, em alguns casos, conteúdo gratuito. Mas também surgem novos problemas e questões."

http://biblio.crube.net/?p=792

E uma dessas questões cresce a olhos vistos nas relações implementadas para que o ciclo realmente seja uma verdade ou até mesmo para que seja uma possibilidade de verdade nessa rede. É possível sustentar-se o Paradigma da Estabilidade da Organização da Informação? Pior, onde queremos chegar dando voltas e mais voltas sem nos atermos aos desejos dos envolvidos? De onde vislumbrar o local de onde originam-se esses desejos? Como fazê-lo? Com certeza não será de um pódio conquistado a poder de "sou amigo" ou de "sou amigo do amigo"! Não. Simplesmente inconcebível. De que ponto falam os falantes faladores de referência da referência?

"trabalhar com uma equipe que tenha bem definido os objetivos do ciclo a fim de assegurar o desenvolvimento de diferentes competências.

Nossa tentativa é a de identificar as marcas da Rede Municipal de Educação de Niterói, não desconsiderando o contexto histórico e social em que estão inseridos. Se, em um dado momento histórico a organização do ensino em séries pretendeu acolher as necessidades de uma determinada sociedade, hoje, nos parece imprescindível avaliarmos as melhores estratégias para atender as demandas que se impõem à sociedade em que estamos inseridos. "

Quando uma ação para o professor que se pretenda reação do professor é calcada nesse tipo de proposta?

O sistema de avaliação da rede, assim como os modos de pretensão da alteração dessa forma de pensar apresentam-se: "auto-centrado em um Sistema de Classificação temática do Conhecimento, limitado e limitante, auto-centrado num não-saber temático, limitado a identificar assuntos, a partir da leitura técnica das situações, e a correlacioná-los com símbolos alfanuméricos da tabela de classificação, passando-os equivocadamente como resultado da formação." E ainda ,quem sabe, em tabulação dos resultados.

http://www.ced.ufsc.br/bibliote/coord/encontr3.html

REPENSAR

Tal palavra pretende alertar para a reprodução de uma série de atitudes. Porém hoje se apresentam sob a roupagem dos discursos de autores e autoridades não comovendo, envolvendo e e fazendo-se envolver de verdade.

O que seria avaliação? Pergunto de novo.

O que seria avaliar?

Que planos de ação vem sendo aplicados?

Quem os aplica?

Quem os coordena?

O lugar de onde falo me dá segurança pois não se limita a uma possibilidade. Calca-se na vivência, participação e realização em braços de outros alguéns vindos da própria sede. Se existe. É real. Isso é inquestionável. Mas será que as coordenações e coordenadores conseguem acompanhar as linhas de raciocínio e ação de seus coordenados? Aplicam conceitos de avaliação e mudança? Discursos encantadores e inebriantes não sustentam discussões, apenas tornam fatídica uma colocação.

Que se pode afirmar sobre a possibilidade de competição internacional, quando de forma geral só copiamos -- mal copiamos --, só reproduzimos -- mal reproduzimos?

Em que medida somos nós mesmos cidadãos, produtores de cidadãos porque despertamos cidadãos com o nosso trabalho?

Que podemos dizer para os nossos alunos que represente uma verdadeira tomada de consciência sobre a construção de uma sociedade soberana?

Que distinção fazemos do que sabemos, do que queremos saber e do que pretendemos ensinar com o que se pretende ser aprendido?

"Esta distinção, frequentemente negligenciada, é crucial. Liberdade é ser capaz de tomar decisões que afetam principalmente a você mesmo. Poder é ser capaz de tomar decisões que afetam a outros mais do que a você. Se nós confundirmos poder com liberdade, nós falharemos em sustentar a verdadeira liberdade"

http://www.gnu.org/philosophy/words-to-avoid.pt.html

A forma de pensar mudou. A linha do raciocínio apresenta mais e mais a possibilidade de intervenção não calcada na coerência de não saberes (posto que a informação se sujeita transformando os sujeitos e maquinando intempéries), mas sim nas possibilidades de incoerências das dúvidas conscientes de que essas são pertinentes a qualquer dos sujeitos que por ali se apresentem e se envolvam. Como diz Deleuze devemos ver o curso "como um laboratório de pesquisa: dá-se um curso sobre aquilo que se busca e não sobre o que se sabe".