A PSICOPEDAGOGIA NA HISTÓRIA

A PSICOPEDAGOGIA NA HISTÓRIA

A história tem fundamental importância na vida de que qualquer sociedade, grupo, estado, nação ou continente. Para o Curso de pós-graduação que escolhemos como especialização, a regra não poderia ser outra. As nuanças da vida, as inserções do cotidiano nos dias atuais irão compor os registros históricos num futuro bem próximo. O passado com seus objetivos cristalizadores e os personagens que construíram esse passado permearam a história de fatos relevantes e irrelevantes, visto que a história na sua generalidade abrange tanto aspectos positivos, como negativos.

Tomemos como diretriz, ou azimute norteador a psicopedagogia. Sua evolução na história, sua conceituação e os campos de atuação, sua importância nos dias atuais, seu crescimento e o interesse que tem proporcionado aos estudantes ligados a educação nas mais variadas formas. Sueli de Abreu da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) nos fornece detalhes mais consistentes sobre a matéria ora estudada. Nascendo de uma necessidade precípua para obtermos uma melhor compreensão dos processos de aprendizagem, ela cresceu em importância como uma flecha para atingir o alvo.

Buscando uma área de estudo específica do conhecimento em outros campos, sem relevar o nascedouro de seu próprio objetivo de estudo. Alguns estudiosos falam da importância da psicopedagogia como viés do conhecimento, entretanto (Bossa, 2000, p.23), direcionou seus processos, seus padrões de desenvolvimento, como também a influência do meio no processo de aprendizagem. Diz o clichê popular de que: “O homem é produto do meio”, mas não esqueçamos de que esse meio é criado pelo próprio. O porquê da clínica Psicopedagógica ¿A clinica tem seus respaldos no campo de aprendizagem, bem como objetivos delineados em pilotis se robustecendo no diagnóstico e no tratamento dos sintomas emergentes da aprendizagem.

Os problemas emergentes são aqueles que se inserem na criança transformando-se em problemas externos que vão refletir no comportamento e atitudes no palmilhar da aprendizagem. Criada com o intuito do diagnóstico psicopedagógico tem como objetivo primordial a busca da investigação, através da boa pesquisa direcionada para o descobrimento dos obstáculos que levam o ser humano a dificuldade de aprendizagem, na lentidão, colocando-o na dolorosa situação do não aprender ou aprender com dificuldade. Segundo (Weiss apud Scoz, 1991, p.94) tais situações esclarecem diversas queixas, partindo do próprio sujeito, passando pela família e assentando de vez na escola. Segundo Simaia Sampaio, os primeiros Centros Psicopedagógicos foram fundados na Europa, em 1946, por j. Bouonier e Georg Mauco, com direção médica e pedagógica.

Estes Centros uniam conhecimentos da área de psicologia, Psicanálise e Pedagogia, onde tentavam readaptar crianças com comportamentos socialmente inadequados na escola e no lar e atender crianças com dificuldades de aprendizagem apesar de serem inteligentes (Mery apud Bossa, 2000, p.39). Na literatura francesa – que, como vimos, influencia as ideias sobre psicopedagogia na Argentina (a qual, por sua vez, influencia a práxis brasileira) – encontra-se, entre outros, os trabalhos de Janine Mery, a psicopedagoga francesa que apresenta algumas considerações sobre o termo psicopedagogia e sobre a origem dessas ideias na Europa, e os trabalhos de George Mauco, fundador do primeiro centro médico psicopedagógico na França,..., onde se percebeu as primeiras tentativas de articulação entre Medicina, Psicologia, Psicanálise e Pedagogia, na solução dos problemas de comportamento e de aprendizagem (BOSSA, 2000, p. 37).

No Brasil a psicopedagogia, num ciclo de trinta anos vem desenvolvendo quadro teórico próprio. Que quadro seria esse¿ Uma nova área do conhecimento com origens e contradições em seu bojo de atuação interdisciplinar que requer muita pesquisa e reflexão teórica como explica (Bossa, op.Cit, p.13). De um modo mais amplo a psicopedagogia se ocupa da aprendizagem humana, de seus problemas, que estão além da pedagogia, indo até os limites da psicologia. Devido aos grandes recursos colocados a sua disposição ela atende as demandas na forma prática do tratamento. Preocupa-se com um processo e outro, problema e processo da aprendizagem. Daí a sua importância fundamental. O maior tratamento ainda é o clínico preventivo que previne e trata como preceitua a forma de tratamento. Esperava-se através desta união Psicologia-Psicanálise-Pedagogia, conhecer a criança e o seu meio, para que fosse possível compreender o caso para determinar uma ação reeducadora.

Diferenciar os que não aprendiam, apesar de serem inteligentes, daqueles que apresentavam alguma deficiência mental, física ou sensorial era uma das preocupações da época. Entre tratamento clínico e preventivo tem uma base fundamental. Um visa buscar os obstáculos e a causas (clínico) para o processo já instalado. O outro (preventivo) estuda as condições evolutivas da aprendizagem direcionando caminhos para um aprender de mais qualidade, isto é, mais eficiente. Sueli de Abreu qualifica o trabalho clinico e o enfoque preventivo da aprendizagem, mostra as nuanças dos dois processos nos mais diversos aspectos. Ao enfoque preventivo está anelado aos objetivos da psicopedagogia com avaliações dos processos didátidos-metodológicos, bem como a dinâmica institucional que interferem no processo da aprendizagem.

Observamos que a psicopedagogia teve uma trajetória significativa tendo inicialmente um caráter médico-pedagógico dos quais faziam parte da equipe do Centro Psicopedagógico: médicos, psicólogos, psicanalistas e pedagogos. Esta corrente européia influenciou significativamente a Argentina. Conforme a psicopedagoga Alicia Fernández (apud BOSSA, 2000, p. 41), a Psicopedagogia surgiu na Argentina há mais de 30 anos e foi em Buenos Aires, sua capital, a primeira cidade a oferecer o curso de Psicopedagogia.

Foi na década de 70 que surgiram, em Buenos Aires, os Centros de Saúde Mental, onde equipes de psicopedagogos atuavam fazendo diagnóstico e tratamento. Estes psicopedagogos perceberem um ano após o tratamento que os pacientes resolveram seus problemas de aprendizagem, mas desenvolveram distúrbios de personalidade como deslocamento de sintoma. Resolveram então incluir o olhar e a escuta clínica psicanalítica, perfil atual do psicopedagogo argentino (Id. Ibid., 2000, p.41). Voltando ao exercício clínico, o profissional o profissional deve reconhecer o processo, seus limites, suas competências, principalmente a intrapessoal e a interpessoal, pois o objetivo de seu estudo é outro sujeito e deve conhecer a diferenciação de cada um. Esse processa leva a uma temática complexa conforme nos explica (Ibidem, p.23).

O psicopedagogo tem função específica? Como os demais profissionais não poderiam escapar a regra. Têm como função identificar a estrutura do sujeito, suas transformações no tempo, as influências imantadas de seu meio nessas transformações e o relacionamento com o aprender. A Psicopedagogia foi introduzida aqui no Brasil baseada nos modelos médicos de atuação e foi dentro desta concepção de problemas de aprendizagem que se iniciaram, a partir de 1970, cursos de formação de especialistas em Psicopedagogia na Clínica Médica-Pedagógica de Porto Alegre, com a duração de dois anos (Id. Ibid., 2000, p. 52). De acordo com Visca, a Psicopedagogia foi inicialmente uma ação subsidiada da Medicina e da Psicologia, perfilando-se posteriormente como um conhecimento independente e complementar, possuída de um objeto de estudo, denominado de processo de aprendizagem, e de recursos diagnósticos, corretores e preventivos próprios (VISCA apud BOSSA, 2000, p. 21). Visca implantou CEPs no Rio de Janeiro, São Paulo, capital e Campinas, Salvador, e Curitiba. Deu aulas em Salvador, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas, Itajaí, Joinville, Maringá, Goiânia, Foz do Iguaçu e muitas outras. (Cf. BARBOSA, 2002, p. 14).

Muitos outros cursos de Psicopedagogia foram surgindo ao longo deste período até os dias atuais e este crescimento não pára de acontecer o que indica uma grande procura por esta profissão. Entretanto, é importante ressaltar, que esta demanda pode proliferar cursos precários distribuindo diplomas e certificados a profissionais inadequados. Devemos, portanto, escolher com muito cuidado a Instituição que desejamos fazer o curso de Psicopedagogia. Tenho conhecimentos de cursos que no período do estágio abandonam seus alunos sem a devida orientação. Existe, em nosso país há 13 anos a Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp) que dá um norte a esta profissão.

Ela é responsável pela organização de eventos, pela publicação de temas relacionados à Psicopedagogia, cadastro dos profissionais. Qualquer dúvida sobre o curso que deseja fazer procure a sessão da Abpp em seu estado. A importância do psicopedagogo na escola tem significativa, visto que diante do baixo desempenho acadêmico, as escolas estão cada vez mais preocupadas com os alunos que têm dificuldades de aprendizagem, não sabem mais o que fazer com as crianças que não aprendem de acordo com o processo considerado normal e não possuem uma política de intervenção capaz de contribuir para a superação dos problemas de aprendizagem.

Neste contexto, o psicopedagogo institucional, como um profissional qualificado, está apto a trabalhar na área da educação, dando assistência aos professores e a outros profissionais da instituição escolar para melhoria das condições do processo ensino-aprendizagem, bem como para prevenção dos problemas de aprendizagem. Por meio de técnicas e métodos próprios, o psicopedagogo possibilita uma intervenção Psicopedagógica visando à solução de problemas de aprendizagem em espaços institucionais. Juntamente com toda a equipe escolar, está mobilizado na construção de um espaço adequado às condições de aprendizagem de forma a evitar comprometimentos. Elege a metodologia e/ou a forma de intervenção com o objetivo de facilitar e/ou desobstruir tal processo. Os desafios que surgem para o psicopedagogo dentro da instituição escolar relacionam-se de modo significativo. A sua formação pessoal e profissional implicam a configuração de uma identidade própria e singular que seja capaz de reunir qualidades, habilidades e competências de atuação na instituição escolar. Fonte: Fonte: http://www.webartigos.com/articles/48/1/A-Importancia-Do-Psicopedagogo/pagina1.html#ixzz0zRUCeeRy. Ele pode interagir junto à

Família, na Instituição Escolar.

A função de pedagogo (a) No Brasil, a formação do psicopedagogo vem ocorrendo em caráter regular e oficial desde a década de 70 em instituições universitárias de renome. Esta formação foi regulamentada pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) em cursos de pós-graduação e especialização, com carga horária mínima de 360h. O curso deve atender às exigências mínimas do Conselho Federal de Educação quanto à carga horária, critérios de avaliação, corpo docente e outras. Não há normas e critérios para a estrutura curricular, o que leva a uma grande diversificação na formação.

A Psicologia e a pedagogia são áreas “mães” da psicopedagogia, mesmo assim não são suficientes para fortalecer o conhecimento necessário para o exercício da função de psicopedagogia. De muita importância na área da aprendizagem, vários aspectos podem ser enaltecidos. As áreas

de estudo se traduzem na observação de diferentes dimensões no processo de aprendizagem, A dimensão emocional, a dimensão social a dimensão cognitiva, a dimensão pedagógica, a dimensão orgânica, não desprezando a linguística cuja área atravessa todas as dimensões. Os membros de uma sociedade através da linguística sustenta a compreensão da linguagem humano e cultural.

A língua como Código Universal disponível a todos os integrantes de uma sociedade, aliada a fala como fenômeno subjetivo, evolutivo tem acesso ao historiado de acesso à cultura simbólica. Responder especificamente a questões de aprendizagem humana nenhuma área surgiu para responder especificações da aprendizagem humana, mas os objetivos primordiais são os meios para reflexão científica que nos deixa a - cavalheiro para operarmos como trabalhadores do campo pedagógico. Podemos conotar na Fonte de Dissertação de Mestrado “Construindo Um Espaço; Ambiente Computacional Para Aplicação no Processo de Avaliação Psicopedagógica” de Sueli de Abreu-URFRJ-NCE de 2004 pudemos aquilatar a importância da área de ensino a que nos propormos nos especializar. Uma contribuição de grande valia e com certeza iremos aprender muito com o estudo sistematizado dessa belíssima profissão do estudo do conhecimento e do processo de aprendizagem do ser humano.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES- ALUNO DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DO CURSO DE PSICOPEDAGOGIA DE FGJ (FACULDADE VALE DO JAGUARIBE) –

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 13/09/2010
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