ABSTRAÇÃO

ABSTRAÇÃO

O que nos leva a compreender melhor os aspectos de uma ciência, de uma doutrina, de uma palavra com certeza é a sua sinonímia, ou a compreensão que se tem de alguma coisa. No inserir da compreensão, no aquilatar da importância, algo pode se transformar em avalanche ou insignificância, mas não é essa a nossa pretensão. Na metodologia pseudopedagógica, preconizamos que a abstração é uma palavra de derivação latina abstractione que representa o ato de abstrair (-se); abstraimento.

Na filosofia vem a ser o ato de separar mentalmente um ou mais elementos de uma totalidade complexa (coisa, representação, fato), os quais só mentalmente podem subsistir fora dessa totalidade. Pode ser o resultado de abstrações (termo, conceito, idéia, elemento de classe, etc.); abstrato. Estado de alheamento do espírito; enleio, devaneio, abstraimento. Falta de atenção; distração, alheamento; abstraimento. Nas artes plásticas refere-se à obra de arte abstrata. Poderíamos pesquisar os melhores dicionários colocados a nossa disposição, mas não existiria muita diferenciação em termos de significados. Alguns, por exemplo, citam que a abstração é o ato de separar. Isolar-se mentalmente do meio onde se está, para refletir.

Alhear-se. Isolar-se mentalmente do meio onde estamos no linguajar popular quer dizer que estamos aéreos ou por fora de tudo, não estamos nem aí, outros diriam num anais. Ivan Luiz Marques Ricarte diz que a abstração consiste de focalizar nos aspectos essenciais inerentes a uma entidade e ignorar “propriedades acidentais”. Em termos de desenvolvimento de sistemas, isto significa concentrar-se no que um objeto é e faz antes de se decidir como ele será programado. O uso de abstração preserva a liberdade para tomar decisões de desenvolvimento de providências concretas, apenas quando há um melhor entendimento do problema a ser resolvido.

Muitas linguagens de programação modernas suportam o conceito de abstração de dados; porém, o uso de abstração juntamente com polimorfismo e herança, como suportado em orientação a objetos, é um mecanismo muito mais poderoso. O uso apropriado de abstração permite que um mesmo modelo conceitual (orientação a objetos) seja utilizado para todas as fases de desenvolvimento de um sistema, desde sua análise até sua documentação. No analisar da conceituação encontramos algo que nos chamou atenção, o que seria a inserção de propriedades acidentais.

As propriedades acidentais seriam algo de essencial? Na essência observamos fatos que constituem a natureza das coisas, substância, a existência de uma ideia principal com significação especial, aquilo que constitui o cerne de um ser, natureza, espírito, substância, acidente nomenclaturas ligadas fortemente à filosofia. Como a maioria das palavras o latim tem participação especial na formação das palavras. Essentia, que constitui a natureza de um ser, independentemente de este existir de fato ou atualmente.

Na lógica clássica, o objeto de uma definição genérica: o que uma coisa é. Como também se refere à espécie em se tratando de árvores de uma floresta, ou o extrato concentrado de certas substâncias aromáticas ou alimentícias nesta acepção encontramos o óleo essencial. Às vezes para executarmos qualquer tarefa precisamos extrair o sumo da interioridade humana para exteriorizá-la de forma condizente e plausível.

É o que estamos nos propondo no momento. Usamos o azimute da pesquisa nos deparamos com ensinamentos plausíveis no site: http://www.psicopedagogiabrasil.com.br/artigos_marcelo/ e filtramos aquilo que achamos importante para incluir a criança nessa psicosfera abstracionista. “A criança vislumbra o concreto percorrendo o caminho do seu desenvolvimento até chegar ao abstrato”.

Essa abstração é tão cobrada e valorizada pelos educadores que por si só é fonte de grande poder intelectual e de criatividade. Entendendo melhor o processo de pensamento de uma criança com ADD, sabe-se que ela ao não dirigir sua atenção somente a um objeto devido à sua sensibilidade a estímulos externos, traça um emaranhado de associações que se acercam muito à abstração. Podemos dizer então, que uma criança hiperativa possui uma capacidade de abstração muito grande que levam a um potencial intelectual e criativo muito elevado.

Da mesma maneira que isolando essa criança do ambiente escolar, com os estímulos existentes nele, é prejudicial, podemos dizer que o oposto pode tornar-se complicado. Geralmente o trabalho de um educador visa igualmente o individual e junto com isto uma concepção do que é o grupo. Essa criança carece de uma atenção especial, mais cuidadosa, um trabalho amplo, fazendo uma ponte entre sua casa-escola-clínica terapêutica. Levando em conta a realidade do ensino infantil que hoje está em decadência, carente de profissionais e amparo governamental, insistimos no conhecimento e interesse nas síndromes que afetam a educação.

Sabemos que existem classes de quase 40 alunos onde uma atenção especial torna-se inviável. Por isso defendemos a existência de uma ponte entre o meio que a criança vive, ampliando a rede social, fazendo com isto que a criança conviva com mais pessoas, permitindo desta forma um melhor desenvolvimento das suas habilidades. A curiosidade aumenta em proporções de igualdade em que a matéria mesmo aparentando uma finalidade pouco interessante, mas nos enganamos na percepção mais burilizadora da mesma.

Chamou-nos a atenção a siga ADD e não nos contemos e fomos à cata de seu significado encontramos que seria Attention Deficit Disorder (ADD). Com mais pormenores a ADD é uma tradução que atende bem ao "Attention Deficit Disorder" (ADD), é "Distúrbios do Déficit de Atenção" (DDA). Mas, para nossa comodidade usaremos a sigla ADD, sempre que estivermos nos referindo ao fenômeno. Um estudo antigo que vem desde a antiga Grécia por Hipocrates. Colérico, sanguíneo, melancólico e fleumático seriam o iceberg do problema.

Em 1902 o Dr. Carl Jung foi um dos primeiros a estudar cientificamente os tipos de personalidade. Georg Frederic Still médico inglês também estudou o problema. Hoje são vários os modelos utilizados na intenção de explicar o nosso comportamento. O ADD é bem visível na criança que possui o problema, daí alguns acharem que é coisa da infância, mas recentes pesquisas mostraram que 50 a 75% dos casos continuam na fase adulta.

Encerando nossa matéria sobre abstração fomos alçar voo e encontrar um viés na afirmação de José Roberto Garcia Dias, que destaca quinze causas da deficiência que pode continuar na fase adulta. Desorganizado: sem a estrutura da escola, sem o apoio dos pais, tudo fica difícil, esquece compromissos, perde coisas e está sempre chegando atrasado. Procrastinação crônica: Dificuldade em dar ao inicio ao que quer que seja deixando as tarefas sempre para depois e com isto aumentando sua ansiedade. Muitos projetos ao mesmo tempo: começa um, abandona, inicia o segundo, não termina, o terceiro, e assim por diante.

O tempo passa e ele se frustra, pois não conseguiu terminar nem um deles. Tendência de dizer o que vem a mente sem se preocupar se é tempo ou local adequado. Frequentemente à procura de novos estímulos, baixa tolerância à monotonia. Distrai-se com facilidade, dificuldade de concentração, se perde no meio de uma leitura, esquece o que estava falando. Impaciência, baixa tolerância às frustrações, como quem diz: outra vez...

Impulsivo, tanto no verbal como na ação, explodindo com facilidade. É um gastador impulsivo e o dinheiro nunca é suficiente. Muda de planos de carreira com certa frequência. Tendência de se preocupar sem necessidade. Procura no horizonte algo com o que se preocupar. Sensação de insegurança: não importa quão estável esteja à situação, ele se sente como se o mundo fosse desabar. Mudança de estado de humor inesperadamente. Inquieto: movimento com os dedos; levanta da mesa; sai da sala com frequência.

Baixa autoestima: este problema está diretamente ligado aos maus resultados obtidos em toda a vida. Pobres observadores: normalmente eles se sentem inferior a outros que estão no seu mesmo nível. A sensação de não conseguir seus objetivos. Alguém pode dizer o que se liga na abstração dentre às enunciações acima diremos tudo ou quase tudo. Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA DA FGJ (FACULDADE VALE DO JAGUARIBE)

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 14/09/2010
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