UTILIZAÇÃO DO LATIM VULGAR E CLASSICO

UTILIZAÇÃO DO LATIM VULGAR E CLASSICO

ELLEN RHOSE ANJOS DOS SANTOS*,

FRANCINEI SOUSA DA SILVA*.

RESUMO

O presente trabalho pretende apresentar uma síntese da história da língua latina que inclui pensar sobre suas variedades e seus desdobramentos. Embora o latim seja até hoje considerado uma língua morta, com poucos falantes fluentes, ainda é empregada pela igreja católica sendo principal língua litúrgica, entretanto se analisar bem a questão percebe-se que o latim é uma língua viva já que continua existindo nas línguas neolatinas. Outra parte interessante que se deve analisar são os casos latinos, em que constam as suas divisões e funções sintáticas, fazendo uma relação com as classes gramaticais da atualidade. Neste artigo nota-se a influência do latim nos dias atuais, onde se pode observar a utilização do latim nas universidades como disciplina, na igreja católica como língua litúrgica e em algumas expressões do cotidiano. Deve-se estuda a língua latina para melhor entender as línguas românicas (português, espanhol, italiano, francês e etc.), pois, o latim influênciou no surgimento dessas línguas. O latim atualmente continua “vivo” no interior das línguas neolatinas, por isso, é importante meditar sobre essa língua do “passado” para compreender as línguas do “presente”.

Palavras-chave: Latim. Vulgar. Clássico. Morta.

RÈSUMÉ

Cet article vise à présenter un résumé de l'histoire de la langue latine, qui comprend la pensée de leurs variétés et leurs conséquences. Bien que le latin est toujours considéré comme une langue morte, avec peu parlent couramment, est toujours employé par l'Eglise catholique est la langue principale liturgique, mais d'analyser la question et il est clair que le latin est une langue vivante, qui continue d'exister dans les langues romanes . Un autre aspect intéressant est que l'on doit considérer les Latinos cas, figurant dans leurs divisions et les fonctions syntaxiques, ce qui rend une relation avec les catégories grammaticales d'aujourd'hui. Dans cet article on peut voir l'influence du latin de nos jours, où vous pourrez observer l'usage du latin dans les universités en tant que discipline dans l'Eglise catholique comme langue liturgique et des expressions courantes. Il faut étudier la langue latine afin de mieux comprendre les langues romanes (portugais, espagnol, italien, français, etc.), Parce que l'influence latine le développement de ces langues. Le latin actuellement encore "vivant" dans les langues romanes, il est donc important de méditer sur la langue de "passé " de comprendre la langue de «don».

Mots-clé: Latin. Vulgare. Classique. Mort.

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*Acadêmicos do Curso de Licenciatura Plena em Letras, pela Universidade Vale do Acaraú, sob orientação da Profª. Drª. Rosângela Lemos da Silva.

1INTRODUÇÃO

Esse artigo tem como finalidade apresentar a utilização do latim de acordo com sua historicidade. Revelando seus dialetos que são divididos em dois aspectos linguísticos: o sermo urbanus (latim clássico) e o sermo vulgaris (latim vulgar); o latim vulgar diferencia-se do clássico por ter sido ao longo do tempo transformado pelos seus usuários, Isto é, ele era falado pela maioria da população, os camponeses, os soldados, os comerciantes até pelas camadas superiores no seio familiar que através da relação com outros povos conseguiram expandir o latim vulgar originando as línguas neolatinas. No entanto, o latim clássico era utilizado por pessoas escolarizadas, pessoas cultas da época, era uma língua sofisticada e rígida.

Visto que o latim hoje é considerado uma língua morta, mas, não extinta, pois ele continua sendo utilizado, pela igreja católica apostólica romana, e faz parte do nosso cotidiano como se pode observar em algumas expressões latinas.

A partir daí apresentamos a temática referente à utilização do latim clássico e latim vulgar com o intuito de comparar ambos os aspectos. Conforme a seguinte problemática: o latim clássico e latim vulgar são duas línguas distintas ou fazem parte de uma mesma língua com aspectos distintos?De acordo com a hipótese da variação lingüística pode-se afirmar que o sermo urbanus (latim clássico) e o sermo vulgares (latim vulgar) fazem parte da língua romana. Onde trabalhado a pesquisa qualitativa, de cunho bibliográfico. Esse trabalho tem como objetivo principal comparar o latim vulgar e o clássico, apresentando a utilização deles na época do império romano ate os dias atuais. O artigo em questão será escrito, publicado e socializado com o publico, sendo apresentado o seu conteúdo na mesa redonda. Tendo como partes intituladas: Historicidade do latim; O sermo vulgaris; Do latim vulgar a língua portuguesa; Sermo urbanus; Gramática na visão latina; Casos latinos; Latim como língua morta, mas não extinta e língua latina nos dias atuais. Com o intuito de levar conhecimentos diversos aos acadêmicos, professores e pesquisadores, em especial no curso de letras, no âmbito científico social.

2. HISTORICIDADE DO LATIM

O latim é uma antiga língua indo-européia do ramo itálico originalmente falado no Lácio, a região do entorno de Roma. A língua latina foi por longo período a língua oficial representada pelo poder romano do século III a.c, porém o latim era arcaico e sua divulgação no império romano foi feita por exércitos, os soldados romanos que ensinava a sua língua e a sua pronuncia, mas ao mesmo tempo aprendia a língua de seus companheiros e dai formou-se o latim um pouco mestiçado (raças diferentes), pois nos primeiros anos o latim sofreu a influência da língua Etrusca, proveniente do norte da Itália e que não era indo-européia. De acordo com o autor

Ressalta que os etruscos habitavam a Etúria, antiga província italiana situada na atual região de Toscana. Antes dos romanos, os etruscos constituíram os povos da civilização avançada da península italiana e o seu grande império. Porem pouca coisa restou. Somente algumas tumbas e cerca de 10 mil inscrições, de linguagem bastante obscura para o homem moderno, que pouca coisa decifrou delas (aproximadamente 300 palavras). Estudiosos estão seguros de que o latim sofreu influência dos etruscos, como

também do grego (DUARTE, 2003: p 29).

É possível perceber que o latim falado pelos romanos era impostos aos povos dominados e a convivência com a língua natural acabava tendo inúmeras modificações nos falares locais, pois com passar do tempo o latim apresentava variações conforme o seu período históricos sendo os principais, latim vulgar e latim clássico, que se dividia em duas classes dos mais humildes que falavam o sermo vulgares, o falado pelo povo, o sermo urbanus, todavia usada por filósofos e poetas pessoas que fazia parte da alta sociedade.

Visto que o latim apresenta mudanças conforme o período histórico que se examina: Pré-clássico, do século VII a.C. ao século II a.C.. As inscrições mais antigas procedem do século VII a.C. Nos séculos III e II a.C. a literatura faz sua aparição, sob influência grega (Plauto, Terêncio). Clássico, do século II a.C. ao século II d.C. A idade dourada da literatura latina. Latim vulgar, incluindo o período patrístico, do século II ao V, inclusive a Vulgata de São Jerônimo e as obras de Santo Agostinho. Período medieval, do século VI ao século XIV; surgem as línguas românicas. Período renascentista, do século XIV ao XVII. Neolatim (ou latim científico), do século XVII ao final do século XIX. Alem disso o latim se tornou a língua oficial do vaticano (igreja católica) a principal língua utilizada nas liturgias.

3. O SERMO VULGARIS (LATIM VULGAR)

O latim falado pelas classes inferiores da sociedade romana inicialmente e depois de todo o império romano, estas classes estava compreendidas a imensa multidão das pessoas não civilizadas, que não tinham preocupações artísticas ou literárias, pois, é a soma de todos os fatores das camadas sociais mais humildes, pois o latim vulgar se expande livremente mais tarde, com a ruína do império romano e o avassalamento dos seus domínios. O latim vulgar foi aceito com facilidade pelos povos vencidos, não por ser uma língua superior, mas por ser uma língua dos vencedores.

Nota-se que foi uma contribuição tão variada, de uma humilde origem rural, que se encerrava diferenciando e acentuando-se cada vez mais, adotaram-se como idioma comum de povos tão diversos pela língua e pelos costumes.

No latim vulgar os escritores colocavam sempre grande empenho em evitar o emprego de palavras ou demonstrações da plebe, visando a um objetivo superior, escreviam-se com simplicidade sem a preocupação da gramática e do estilo, que não deixasse adentrar certos vulgarismos, como também não se pode negar que a língua do povo contivesse palavras ou expressões pertencentes à língua culta. Mediante o autor:

As estas pertenciam os soldados (milites), os marinheiros (nautae), os artífices (fabri), os agricultores (agricolae), os barbeiros (tonsores), os sapateiros (sutores), os taverneiros (caupones), os artitas de circo (histriones), etc. homens livres e escravos, que acotovelavam nas ruas que se cumpria na praça, que freqüentavam o por uma a negocio em busca de diversões (COUTINHO, 2005, p. 30).

Diante a visão do autor, o latim vulgar era falado pela grande parte da sociedade menos favorecida quase que inteiramente analfabeta do império romano, pois foi ignorado pelos gramáticos e escritores romanos. Crê-se que vulgarismo existiu por todas as épocas da língua latina, porém as diferenças entre sermo vulgaris e o sermo urbanus estão presente na pronuncia, no vocabulário, na sintaxe, na morfologia, mas que existiu por todas as épocas da língua latina. A distancia que separava o latim vulgar do latim clássico era no começo pequeno, mas já podia ser vista a partir do século IV.

3.1 DO LATIM VUGAR A LINGUA PORTUGUESA

A língua portuguesa derivou do latim vulgar, que os romanos inseriram na Lusitânia, região da península Ibérica, o português foi o próprio latim mudado, pois o idioma falado pelo povo romano não morreu ,continuou a viver e acabou transformando-se, nos grupos das línguas românicas ou neolatinas. A circunstancias históricas, em que se criou o nosso idioma está certamente ligado a fatos que pertencem à península Ibéria. Como afirma o autor.

Vários povos antes dos romanos nela se haviam fixado se depois do estabelecimento desde na região e fácil acompanhar os acontecimentos que ai se desenrolou mesmo não acontece no período procedente (COUTINHO, 2005, pag. 46).

Neste fragmento, percebe-se que a grande riqueza mineral despertava-se a cobiça de outros povos, os fenícios e gregos disputavam-se em forma de guerra, pois resultado dessa guerra foi à derrota dos gregos, onde as colônias logo ficaram em decadência, arrastando a ruína tartessos no sul de Portugal com a expulsão dos gregos, a colônias fenícias foram-se estabelecendo em outros locais da costa meridional da península que ficava no sul de Portugal, mas esse povo vivia-se das navegações e do comercio não eram povos colonizadores, mas a influencia fenícia desapareceu de toda região peninsular se não fosse traduzida pelo cartaginês.

A evolução da língua portuguesa destaca-se alguns períodos como: fase pro histórica do português arcaico do português moderno. No século XII a fase proto histórica tinha os textos escritos em latim bárbaro, pois o português arcaico ocorreu entre os séculos XII e XVI, onde durante os dois primeiros séculos os textos eram escritos em galego português depois os dois séculos seguinte houve o afastamento entre o galego e o português que teve o papel fundamental nesse período, portanto da fase arcaica a moderna os processos de alteração teve evolução e veio o reboque das mudanças, das agregações ou conservações nos traços lingüísticos, ou seja, na fonologia ou morfologia.

Visto que o português moderno ocorre apartir XVI quando a língua portuguesa padroniza-se e adquire as características do português atual tanto que a literatura portuguesa teve o marco inicial com Luiz Camões

Desta forma, a sociedade nos cobra a língua como identidade cultural e social, sabe-se que falar e escrever bem são necessários que se viva segundo as leis da gramática normativa que rege pelos efeitos da língua padrão, ou norma culta, padrão da língua, entretanto a língua portuguesa por ser em suas raízes vindo do latim, e também por ter sofrido influencias de outras culturas, é com certeza, uma língua que conserva aspectos gramaticais, não encontrados em outras línguas românicas.

4.SERMO URBANUS(LATIM CLÁSSICO)

O latim clássico compreende o período que vai de 81 a.c a 14 d.c seus principais representantes são Cícero e Augusto, porém os escritores do período clássico percebido-se que existia variante da língua latina que caracterizava-se pela elegância do estilo numa palavra, por aquilo que Cícero chamava de urbanista, o período de ouro do latim era usado por pessoas cultas praticado por aqueles que tinha poder aquisitivo.

Do ponto de vista gramatical, mas sem o refinamento estilístico da norma literária, como língua falada desapareceu entre os séculos V e VI a classe social que a mantinha, nesse período houve a queda do império romano do ocidente com as invasões bárbaras, que em 494 a.c uma tropa armada de plebeus, que falava o sermo vulgaris ocupou o monte aventino reivindicando igualdade de direitos, principalmente a de ocupar cargos públicos. Segundo essas diferenças vinham de três fatores:

O primeiro fator era porque o latim vulgar representava língua do povo comum, da plebe romana, enquanto o Latim clássico era um produto da sociedade aristocrática. (COUTINHO, 2005. P. 31).

O texto latino mais antigo que se conhece é do século VI a.C. Numa época pré-literária, todas as palavras latinas provavelmente tinham acento de intensidade na primeira sílaba, o que produziu uma mudança de timbre na vogal da sílaba posterior (segundo pode nota-se ao compararem verbos simples a verbos em cuja composição entra preposições: facio-conficio, sedeo, dissideo. porém, o acordo com os registros literários disponíveis, o acento latino tinha outra função, embora não fosse livre: ocorria sobre a penúltima sílaba, se essa fosse longa, ou sobre a antepenúltima, quando a penúltima era breve.

Embora latim não tenha a sonoridade, a flexibilidade e a riqueza dos meios significativos do grego. Necessitava, por exemplo, de artigo, mas suas frases ressoavam mais pela beleza e a brevidade. Adota-se o latim como a língua mais adaptada para as elevadas inscrições solenes e as fórmulas judiciais. Seus autores aumentaram-se, de forma radical, a dependência em detrimento da coordenação, de modo que as frases tinham períodos muito longos.

5. GRAMÁTICA NA VISÃO LATINA

O latim não possui artigos e os substantivos (singular e plural) organizam-se em cinco declinações que se distinguem pela terminação da formação genitiva singular 1ae, 2i, 3is, 4us e 5ei, nem sempre a forma nominativa corresponde é determinável a partir da forma de genitivo. Pois, para saber declinar um nome em todas as suas formas, é preciso saber a forma de nominativo e de genitivo, porém três gêneros gramaticais, masculino, feminino e neutro, o gênero de um nome depende em toda em certa forma da declinação que o nome segue modifica ou que é predicado em números gêneros e casos.

Além disso, os verbos flexionam em pessoa, numero, tempo, modo, aspecto e voz, cada verbo pertence a uma de quatro conjugações, portanto latim possui muitos poucos nomes e verbos com flexão verdadeiramente irregular, mas contem muitíssimos verbos cujas formas se baseiam em radicais diferentes e que não são previsíveis entre si, a também seis os casos latinos.

5.1CASOS LATINOS

Os casos latinos referem-se às classes gramaticais, onde será expositado a funcionalidade de cada uma destas. Para cada função sintática há, em latim, um caso. Caso é a maneira de se escrever uma palavra de acordo com sua função sintática. Há seis casos em latim, pois são seis as funções. Numa oração, podem-se encontrar seis dados:

• Nominativo (Sujeito)

• Acusativo (Objeto direto)

• Dativo (Objeto indireto)

• Genitivo (Adjunto adnominal restritivo)

• Ablativo (Adjunto adverbial)

• Vocativo (vocativo)

5.2 NOMINATIVO; SUJEITO

Sujeito é o elemento do qual se diz alguma coisa. É o agente de uma ação verbal ou o seu paciente. Em Pedro gosta de futebol, Pedro é o elemento ou o agente da ação de gostar. Futebol é o elemento ou paciente que sofre a ação verbal. Em latim, o sujeito vai para o nominativo. O nominativo é, então, o caso que indica a função sintática do sujeito. Em Português, tem-se a flexão de gênero, de número e de grau, com terminações diferentes da palavra para indicar o singular, o plural, o aumentativo e o diminutivo. Em latim, a flexão é de caso, com terminação diferente para as diversas funções sintáticas.

5.3 Acusativo; Objeto Direto:

Objeto direto é o termo que completa o sentido de um verbo transitivo direto. É o complemento do verbo sem o uso da preposição.

Ex. Comprei livros

O verbo comprar pede um complemento, pois quem compra, compra alguma coisa. Livros é o complemento exigido pelo verbo comprar e ele vem desacompanhado de preposição.

O verbo que pede complemento é chamado de Verbo transitivo direto e o complemento desse verbo chama-se objeto direto.

5.4 Dativo; Objeto Indireto:

Objeto indireto e o termo que completa o sentido de um verbo transitivo indireto. É o complemento do verbo com o uso da preposição.

Ex. Preciso de dinheiro.

O verbo precisar pede complemento, pois quem precisa, precisa de alguma coisa.

De dinheiro é o complemento exigido pelo verbo. E está acompanhado da preposição de.

5.5 Genitivo; Adjunto Adnominal Restritivo:

Mais que um elemento, é um complemento. Indica sempre, através da preposição de, de quem é determinada coisa ou objeto. Restringe a posse de algo. Em o livro de Pedro está encapado, de Pedro é o adjunto adnominal restritivo. Não é todo livro que é encapado; o de Pedro é. Restringe e especifica o possuidor. Daí chamar-se complemento de especificação. Em latim, o caso desse complemento é o genitivo.

5.6 Ablativo; Adjunto Adverbial

É uma circunstância (situação, momento) que se acrescenta a uma ação verbal ou a um estado ou qualidade. É um auxiliar (daí ser adjunto - que está junto) do predicado, acrescentando-lhe idéias de situações diferentes, momentos específicos. Há muitos tipos de adjuntos adverbiais:

• Lugar

Onde = Estou na sala de aula. (lugar em que se faz a ação)

Donde = Vim de São Paulo. (procedência)

Por onde = Passamos por caminhos difíceis. (através dos quais)

Para onde= Vamos à escola. (lugar ao qual alguém se dirige)

• Tempo - No verão o sol é mais quente. (quando) Ele é estudioso desde a 1ª série. (há quanto tempo)

• Modo - O tribuno combatia com valor. (maneira)

• Companhia - Voltarei com os amigos. (pessoa com quem se faz uma ação)

• Instrumento ou meio - Trabalho com os braços. (coisa pela qual se faz alguma ação)

• Causa - “Chorai pelos vossos pecados”. (motivo pelo qual se faz alguma coisa)

• Matéria - Corrente de ouro. (substância com que se faz alguma coisa)

O adjunto adverbial tem como caso o ablativo. Os adjuntos adverbiais são, também, chamados de complementos adverbiais.

5.6 Vocativo:

É um chamamento ou apelo. Toda vez que se dirige a alguém, solicitando ou exigindo algo, tem-se vocativo. Quando se diz: aluno estude mais, há um apelo, um chamado. Aluno é o elemento que indica esse apelo ou chamado. Aluno é vocativo. O vocativo pode vir no início, no meio ou no fim da oração. Em latim, o caso do vocativo chama-se, também, vocativo.

6. LATIM LÍNGUA MORTA, MAS NÃO EXTINTA

O latim é considerado uma língua morta, por não servir de socialização para um determinado número de pessoas ou comunidades, ou seja, ele não uma língua materna de povos, isto implica dizer que, o latim não é um idioma aprendido no berço, por isso ele é considerado uma língua morta.

No entanto, o termo morto, aplicado ao latim, não é sinônimo de ‘’irrelevante’’ou ‘’inútil’’. Apesar de não ser língua materna de um povo, o latim continua presente na cultura e na pratica de muitos grupos. Alguns estudiosos consideram o latim como sendo vivo, portanto foi de maneira modificada, nas línguas romanas, Português, Frances, Espanhol, Romeno, Italiano- em uso atualmente .

(...) ao analisarmos bem a questão, verificaremos que latim pode ser encarado, também de modo de língua viva, já que continua existindo nas línguas neolatinas ou estas não são nada mais do que a evolução daquela , são o latim modificado em sua estrutura, mas ainda assim, não deixando de apresentar características essencialmente dela. São prolongamento no tempo do chamado latim (OLIVEIRA, 2008, p. 2).

Segundo autor, as línguas classificam-se em vivas, mortas e extintas. Vivas as que estão servindo de instrumento diário de comunicação entre indivíduos de uma nação, como Português, Frances, espanhol e etc., mortas as que já não faladas mais deixaram documento escritos como o latim e o grego literários. Extintos os que desapareceram sem deixar memória documental.

Desse modo o latim está classificado em língua morta, mas não extinta que é normalmente o que se perguntam, para que estudar o latim? Além de ser uma língua oficial dos documentos eclesiásticos, a língua latina continua a ser adotada na notação cientifica dos seres vivos, e tem o uso esparidico no ambiente forense. Os documentos e influencia que o latim tem para língua portuguesa é inestimável.

O latim mesmo sendo hoje considerada uma língua morta, tendo poucas pessoas no mundo se expressando com fluência no idioma e sem nenhum país usando-o como língua materna, ainda é empregado por alguns setores e vertentes da igreja católica, sendo que o vaticano o adotou como língua oficial.

6.1 LINGUA LATINA NOS DIAS ATUAIS

O latim, como tantas outras coisas da nossa sociedade, é polêmico: por outro lado, os depoimentos de pessoas “traumatizadas” com a dificuldade que tiveram em aprendê-lo pelo método tradicional. Essas opiniões causam certa ansiedade nos acadêmicos de Letras, ao ver que Língua Latina é disciplina obrigatória em sua grade horária. Alguns têm o desespero de encontrarem problemas na língua portuguesa, outros se esperam algo terrivelmente difícil, obrigatório, que é o latim.

No século XXI, em que predominam a eletricidade e a velocidade parece de fato uma língua morta, que quer dedicação e esforço, em que isso vai ajudar a mudar nossa vida, fazendo-se escalar posições mais elevadas da sociedade tudo depende de como encarar o dia a dia, pois com o latim aprendemos a compreender melhor a nosso idioma, que contem mistérios importante. Deve-se ter uma visão do mundo, no nosso jeito de pensar, na nossa vida, aquele que atende bem a mensagem que o latim passa em seus textos questiona-se melhor e verá que antes de nossos valores, havia outro, muito diferente, mas perfeitamente coerente, que merecem a admiração e o respeito.

Em nossos dias o latim não é mais falado em parte alguma, mas é a língua oficial da Igreja e é estudado em quase todas nações do mundo, por ser, com razão, considerado elemento precípuo e fator eficiente de cultura, instrumento indispensável para o conhecimento profundo das línguas neolatinas ( português, italiano, espanhol, francês, romeno etc.) e meio incomparável para a educação da inteligência, disciplina do raciocínio e formação do caráter. (COMBA,1991:13).

Além disso, mediante no que o autor descreve, é que de língua morta o latim não tem nada. Vejam, por exemplo, quantas expressões são usadas em Direito. Quem nunca ouviu falar de habeas corpus?dealibi? De data venia? O latim não está de forma alguma morto, está no nosso cotidiano: quem nunca mandou um curriculum vitae? Quem nunca ouviu falar de renda per capita? Ou pensou em fazer uma pós-graduação lato sensu? Dentre outras expressões que fazem parte nosso dia a dia.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O latim vulgar é um dialeto do latim antepassado das línguas neolatinas como (italiano, francês, espanhol, português, romeno, catalão, romance e outros idiomas e dialetos regionais da área); muitas palavras adaptadas do latim foram adotadas por outras línguas modernas, como o inglês. A partir da problemática, hipótese e os objetivos levantados confirmamos a factualidade e com isso, esperamos que este artigo venha contribui para divulgar a importância do latim vulgar e clássico no início da linguagem românica. Durante a pesquisa pudemos observar que o latim vulgar é desprovido de regras gramaticais, mas rica em conteúdo e em demonstrações, que dará origem às línguas românicas. É a língua popular que esteve sempre esquecida e completamente diferente do latim literário, pois o latim clássico era uma língua artificial, é imposta a sociedade plebéia, porém, sem nenhum vínculo com a língua culta da época.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Gramatica Latina: curso único e completo. 26ª ed. São Paulo: saraiva, 1995.

COUTINHO, Ismael de Lima .Ponto de gramatica Historica. 7 . ed. Rev. Rio de janeiro: Livro Tecnico , 2005.

COMBA, P, Júlio. Programa de latim. 1º volume: Introdução à língua latina. Editora Salesiana Dom Bosco. São Paulo. 1972.

DUARTE, Marcelo. Guia dos curiosos. 2003.

OLIVEIRA, S, V. V. Carvalho de; A Importância do Latim: Passado ou Presente? Disponível em: <http://apl.inisuam.edu.br/semiosis/textos/2sandra

.pdf >;acesso em: 13 mar. Página 2.

WIKIPÉDIA. Latim. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Latim. Acesso em: 07 Mar. 2011.

professor Nei
Enviado por professor Nei em 08/04/2011
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