DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM SEGUNDO A TEORIA GERATIVISTA DE NOAM CHOMSKY
DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM SEGUNDO A TEORIA
GERATIVISTA DE NOAM CHOMSKY
*Azenanda Quaresma dos Santos
** Rute Alves dos Santos
***Ângela Brito Ferreira
*Acadêmica do Curso de Licenciatura Plena em Letra da Universidade Vale do Acaraú.
**Acadêmica do Curso de Licenciatura Plena em Letra da Universidade Vale do Acaraú.
*** Mestre em Educação, Professora orientadora Universidade Vale do Acaraú.
Resumo
O artigo visa apresentar teorias e conceitos que caracterizam o
desenvolvimento da linguagem segundo a teoria gerativista de Noam Chomsky.
destacando o gerativismo como papel principal da linguagem, e definindo os
principais trabalhos deste linguista que contribuíram para o desenvolvimento da
linguística e da psicologia cognitiva.
Palavras chaves: Desenvolvimento, linguagem, teoria gerativista.
ABSTRACT:
The paper aims to present theories and concepts that characterize the
development of language according to the theory of Noam Chomsky's generative
highlighting the leading role as a precursor to language, and defining the key job of
the linguist who contributed to the development of linguistics and cognitive
psychology.
KEY WORDS: Development, language, generative theory.
I - INTRODUÇÃO
O gerativismo teve inicio nos estados unidos no final da década de 1950, foi
elaborado por Noam Chomsky, que apresentou vários argumentos caracterizando a
corrente de estudos lingüísticos. No entanto o mesmo destaca alguns itens que
contribuíram para sua teoria, como o desenvolvimento da lingüística gerativa e a
visão Chomskyana do desenvolvimento da linguagem.
Inspirado no racionalismo e na tradição lógica dos estudos da linguagem, ele
propõe uma teoria a que chama gramática e centra seu estudo na sintaxe. Que,
segundo ele, constitui um nível autônomo, central para explicação da linguagem.
Sendo que a finalidade dessa gramática não é ditar normas, mais da conta de todas
as frases gramaticais, Istoé, que pertencem à língua. Abrangendo uma grande e
importante concepção sobre a linguagem humana, pondo em vista a lingüística
gerativa como espécie de resposta e rejeição ao modelo behaviorista.
Nessa vertente, cabe ressaltar que a linguagem desenvolvida por Chomsky é
de plena atividade e produtividades, onde os vínculos são os mecanismos inatos da
espécie humana, sendo assim os mesmos são visualizados como uma gramática
universal pertencente a faculdade da linguagem e dos parâmetros não marcados, ou
seja, aqueles que adquirem seu valor no contato com a língua materna.
O artigo tem como objetivo principal apresentar a teoria gerativista e as
contribuições de Noam Chomsky para o desenvolvimento linguístico. Os objetivos
específicos são: expor as teorias que tratam da linguagem; relacionar a teoria
chomskyana a outras teorias aquisicionistas; fornecer subsídios para futuras
pesquisas na área da Linguística.
Para que se atinjam os objetivos faz-se uma análise, identificação e descrição
do relacionamento e da concepção da linguagem humana nas línguas naturais,
voltada para os estudantes que pouco conhece sobre o gerativismo. Com base nisso
a pesquisa é de revisão bibliográfica, de cunho qualitativo e descritivo, tendo como
procedimento o levantamento de dados através das técnicas de fichamento, resumo
e resenha.
Além disso, a revisão bibliográfica ocupa-se na pesquisa sobre a teoria
aquisicionista de Chomsky, tendo como linha teórica Noam Chomsky, Pinker,
Vygotsky e Piaget.
O estudo organiza-se em três seções, a introdução, que ressalta os principais
argumentos e objetivos, teóricos voltados para o desenvolvimento do gerativismo, as
teorias aquisicionista que se divide em dois tópicos sendo o desenvolvimento da
lingüística gerativa e a visão chomskyana do desenvolvimento da linguagem, onde
as mesmas abordam questionamentos referentes às demais teorias. Com base
nisso faz-se uma analise e discussão conforme as observações feitas no decorrer da
pesquisa.
II - Teoria Aquisicionista
O termo teorias aquisicionistas foi estruturado para expor as hipóteses de
cada teoria, como o behaviorismo, o racionalismo, cognitivo e o interacionismo, que
juntos criaram novos conceitos em relação ao desenvolvimento da linguagem, como
o do lingüista, Noam Chomsky que se aprofundou em seus estudos sobre a
linguagem descatancan- se a aquisição racionalista.
No entanto por volta de 1950 o lingüista desenvolveu seus estudos abordando
a teoria gerativista que contribuiu para dá inicio e argumentar o funcionamento da
linguagem humana.
Dessa forma o behaviorismo busca na psicologia explicação, para relatar o
significado da língua, explicando - se que o desenvolvimento da linguagem se da
mediante os estímulos recebidos através da interação social. Segundo Bloomfield, “a
criança herda a capacidade de pronunciar e de repetir sons vocais sob diferentes
estímulos. A articulação torna-se um habito, e a criança, numa etapa seguinte,
passa a imitar os sons que ouve. Ela faz associações entre sons e coisa inicialmente
e, em seguida, aprende a associar uma palavra a uma coisa que está ausente”.
(1933 - p.207).
Desse modo Chomsky, analisa a visão behaviorista com certa critica onde
questiona o fato de que a tal teoria não possui uma definição lógica. Sendo assim
Noam Chomsky afirma “que existe uma gramática universal, que é uma matriz
biológica responsável pela grande semelhança entre as línguas e pela rapidez com
que as crianças aprendem a falar.” (1987 - p.208). Com isso observa- se que a
concepção do teórico, é voltado para á codificação genética onde o ser humano já
possui ao nascer, ou seja, o conhecimento lingüístico e não lingüístico desenvolve
conforme sua evolução mental.
Bloomfield (1933- p.29-30) descreve a maneira pela qual uma criança
aprende a falar uma língua:
Cada criança que nasce num grupo social adquire hábitos de fala e de
resposta nos primeiros anos de sua vida (...). Sob estimulação variada, a
criança repete os sons vocais. (...) Alguém, por exemplo, á mãe, produz, na
presença da criança, um som que se assemelha a uma das silabas de seu
balbucio. Por exemplo, quando ela diz doll (boneca) quando esses sons
chegam aos ouvidos da criança, seu habito entra em jogo e ela produz. a
silaba de balbucio mais próxima da. Dizemos que nesse momento a criança
começa a imitar.(...) A visão e o momento da boneca e a produção da palavra
doll (isto é ,da) ocorrem repetidas vezes em conjunto,até que a criança forma
um habito(...) ela tem agora o uso de uma palavra.
A teoria cognitiva construtivista ou epigenética elaborada por Jean Piaget
relata que o desenvolvimento da linguagem, se processa através da interação entre
o meio e o organismo. No qual o processo acontece na superação do estágio
sensório motor por volta dos 18 meses, desenvolvendo na criança a fase pré –
lingüística dando inicio na sua construção de palavras.
Para Piaget (1978 e 1990 p. 212) “não existe uma gramática independente de
outros domínios cognitivos.” Sendo assim pode-se observar que o aprendizado da
fala não acontece através da linguagem inata como define Chomsky, mas sim pela
interação com o meio sendo uma conseqüência da construção da inteligência em
geral.
Vygotsky explica sua aquisição de forma contraditória argumentando, que o
processo aquisitivo dá-se primeiro em nível social e mais tarde em nível individual,
ou seja, a criança passa retratar a sua interação com a realidade e só depois
evoluiria por conta própria.
Segundo o autor, “a fala e o pensamento tem origens genéticas diferentes,
havendo uma fase pré – verbal do pensamento, ligada a inteligência pratica, e uma
fase pré – intelectual da fala, relacionada ao balbucio e ao choro.” ( 1996, p. 212).
2.1- DESENVOLVIMENTO DA LINGUISTICA GERATIVA
A lingüística gerativa desenvolve-se, através dos estudos feitos por Chomsky,
sendo considerada uma linha de pesquisa lingüística mais significativa na sua
concepção. Sendo assim a lingüística passou a ser uma corrente de estudos da
ciência da linguagem, onde defini e justifica o processo de desenvolvimento de cada
individuo, constituindo assim um modelo teórico capaz de descrever e explicar a
natureza e o funcionamento da língua.
Com o gerativismo, o termo lingüístico deixa de ser um repertório de
respostas e passam a ser observados como uma faculdade mental, desenvolvida
naturalmente pelos seres humanos. Embora isso não fosse o suficiente para
desenvolver essa teoria. Chomsky foi mais além descrevendo por completa essa
faculdade e como funcionaria. Dessa forma a lingüística gerativa, passou analisar a
linguagem humana de forma matemática e formal. Sendo diferenciado dos trabalhos
de outros linguísticos como behaviorismo da gramática tradicional, da lingüística
estrutural e da sociolingüística que se assemelha bastante com os estudos
cognitivos.
.Chomsky (1980: 9: p. 129) Afirma que:
(...) Uma das razões para estudar a linguagem (exatamente a razão
gerativista) – é para mim, pessoalmente, a mais premente delas –é a
possibilidade instigante de ver a linguagem como um “espelho do espírito”,
Como diz a expressão tradicional. Com isto não quero apenas dizer que os
conceitos expressados e as distinções desenvolvidas no uso normal da
linguagem nos revelam os modelos do pensamento e o universo do “senso
comum” construídos pela mente humana. Mais instigante ainda, para mim, é
a possibilidade de descobrir, através dos estudos da linguagem, princípios
abstratos que governam sua estrutura e uso, princípios que são universais
por necessidade biológica e não por simples acidente histórico e que
decorrem, de características mentais da espécie humana.
Com base na citação de Chomsky, percebe-se que a lingüística gerativa, foi
um foco significativo para estudar a linguagem, sendo que através de suas
pesquisas pode ampliar sua visão em relação ao desenvolvimento da língua
humana.
Com isso destacam-se as principais características dos modelos de Chomsky,
sendo a primeira gramática transformacional, que foi desenvolvida e reformulada por
diversas vezes entre os anos de 1960 e 1970, tendo como objetivos descrever como
os constituintes das sentenças eram formados e como tais constituintes
transformava-se em outros por meio da aplicação de regras.
No entanto percebe-se que a gramática transformacional tem como objetivo
formar os sistemas de regras gramaticais, e transformar uma estrutura em outra
como a sentença ativa em sentença passiva, declarativa em interativa, afirmativa em
negativa. Fazendo assim o ligamento da formação do conhecimento lingüístico na
mente do falante de uma língua
A outra hipótese é a gramática universal que tem por objeto complementar a
faculdade da linguagem. Sendo a mesma um dispositivo inato, presente em todos os
seres humanos como herança biológica.
Entretanto para descrever a G.U os gerativistas tiveram que formular uma
teoria chamada de princípios e parâmetros, dividindo-se em duas fases: sendo elas
teoria de regência e da ligação, que foram desenvolvidas para observar as
semelhanças nas estruturas sintáticas que até então pode- se perceber em todas as
línguas.
Para se entender melhor a gramática universal Radford (1993, p. 209) explica
através da hipótese maturacional da aquisição da linguagem as fases que
determina cada desenvolvimento da criança. Segundo o autor:
Existem diferentes fases para a aquisição da linguagem e a passagem de
uma fase para outra é determinada pela maturação do organismo. Sendo
elas:
Fase pré - lingüística: 0 a 12 meses;
Fase de uma palavra: de 12 meses a 18 meses;
Fase multivocabular inicial de 18 a 24 meses;
Fase multivocabular tardia de 24 a 30 meses.
Com isso percebe-se que Radford caracterizou cada fase de acordo com as
manifestações apresentadas pela criança.
Porem outra que faz uma abordagem inatista é a teórica (Hyams 1986 p. 211)
que relata:
Que os elementos (lexicais e funcionais) já estão disponíveis desde o
inicio do desenvolvimento linguístico, sendo assim os elementos
funcionais não aparecem na fala inicial por causa da limitação do
vocabulário infantil, o qual é desprovido de palavras que não tenham
referência externa, porem não significa que as categorias funcionais não
existam na gramática da criança.
Dessa forma observa-se que tanto Radford como Hyams tratam a gramatica
universal de ponto de vista diferente, porém o objetivo e o mesmo ao
desenvolvimento linguístico.
O outro modelo que se pode citar é a genética da linguagem, mas conhecida
como, FOXP2, que foi divulgado em outubro de 2001 com a capacidade de 2.500
unidades de DNA. De acordo com a teoria cientifica pode-se dizer que esse gene é
de grande influencia para o desenvolvimento da linguagem, sendo que sua função
na genética humana é de controla o uso de pronomes, a construção de orações
subordinada, e a flexão de verbos.
Sendo assim no ponto de vista dos cientistas a gramática universal deixa de
ser a principal teoria abstrata e passa a ser fatos do mundo natural, contradizendose
com gerativismo, onde implica forte dialogo entre a ciência da linguagem com as
ciências naturais.
2.2- A visão chomskyana do desenvolvimento da linguagem.
Em sua visão, o autor propõe que o estudo do desenvolvimento da
linguagem, é sem dúvida uma das pesquisas mais elaborada, com o objetivo de
analisar a linguagem humana. Sendo que a mesma para iniciar-se passou por
algumas observações sendo vista como uma ferramenta concreta ao processamento
das expressões desenvolvidas pelas crianças.
Com base no que foi descrito percebe-se, que a linguagem é o
instrumento mais significativo do ser humano, onde a mesma permite a
comunicação entre as pessoas, a troca de informações e de experiências. Sendo
sem duvida um fenômeno de diferença entre os homens dos animais.
Para Chomsky ( 1980 p. 128- 129),
a criatividade é o principal aspecto caracterizador do comportamento
linguístico humano, aquele que mais fundamentalmente distingue a
linguagem humana dos sistemas de comunicação animal. (...) No entanto a
capacidade humana de falar e entender uma língua (pelo menos), isto é, o
comportamento linguístico dos indivíduos, deve ser compreendido como
resultado de um dispositivo inato, uma capacidade genética e, portanto,
interna ao organismo humano, a qual deve estar fincada na biologia do
cérebro / mente da espécie que destinada a constituir a competência
linguística de um falante.
Sendo assim a característica principal para identificar o desenvolvimento da
linguagem no ser humano, é a criatividade que o mesmo pode apresenta através de
palavras ou frases sendo construídas por si só.
Destaca- se o inatismo como desenvolvimento lingüístico, que através desse
estudo pode-se justificar a capacidade da fala no individuo, no entanto percebe-se
que o homem nasce com diversas funções lexicais herdada biologicamente para
desenvolver a linguagem, e além disso e dotada de estruturas gramaticais
universais, sendo assim capaz de formular sentenças na língua materna,
dependendo somente da intuição e do desempenho criativo.
Segundo Chomsky ( 1959 , 1987 apud Stenberg, P.200);
Um cientista marciano observando crianças numa comunidade de
linguagem única concluiria que a linguagem é case completamente inata.
(...) o ritmo que as crianças adquirem palavras e gramáticas sem serem
ensinadas é extraordinariamente rápido para ser explicado apenas pelos
princípios da aprendizagem, o que ele chama de “ pobreza de estímulos”.
As crianças criam tipos diferentes de frases, que nunca ouviria antes e por
isso mesmo não podem estar imitando. Alem disso, muitos dos erros
cometidos por crianças pequenas resultam do excesso de generalização (
super extensão) das regras gramáticas lógicas.
Desse modo conclui-se que as ideias de Chomsky são bastante objetivas,
sendo que não há outro meio para esclarecer o termo lingüístico a não ser a
capacidade inata desenvolvida pelo ser humano.
III - ANALISE E DISCUSSÃO
A pesquisa apoia-se na teoria de Chomsky, que aponta o desenvolvimento da
linguística como gerativismo, cuja função primordial da linguagem é aperfeiçoar o
processo de aprendizagem de cada individuo, seja através do inatismo,
behaviorismo, cognitivismo construtivista e o interacionismo social.
Além disso, a pesquisa adota como metodologia a revisão bibliográfica,
visando ao aprofundamento e a compreensão de como se dá as manifestações e a
relação do campo qualitativo descritivo, das diferentes ideias abordadas para o
desenvolvimento infantil.
Dessa forma, Chomsky (1980 apud Wood, 1996 ,P. 195) nos conduz a
concepção da capacidade de aquisição da linguagem quase como um “órgão
mental”. (...) “os sons da fala que estimulam os nervos auditivos são “processados”
naturalmente de modo a revelar (a acerta altura) as regras pelas quais aquela fala
se estrutura”.
Com isso observa-se que a capacidade da linguagem, está inserida na
biologia da mente do ser humano, sendo capaz de desenvolver diversas
informações constituídas pelo individuo. Segundo a psicologia behaviorista, os
conhecimentos são adquiridos através das experiências vividas, ou seja, a
aprendizagem dá-se através da repetição das respostas associadas aos estímulos.
Sendo assim o linguista Sharon James em “normal language aquisition” (1990
apud HINZ, 1999, P 01) cita o exemplo:
Uma criança fala mama e sua mãe feliz em escutar aquilo, pega-a no colo,
dando muitos beijos e abraços. Essa atitude é agradável para a criança e
aumenta a probabilidade dela repetir a fala. Isto é o que chamamos de
reforço. Por outro lado, se a criança diz mama quando sua mãe não esta
por perto, ele não obterá nenhuma resposta da mãe e compreenderá que
mama refere-se a apenas aquela pessoa em especifico. Desse modo,
aprende a se comportar na presença de um estimulo particular ( a mãe )
fazendo a associação por referente (mãe) com o padrão de sons (mama).
Para a teoria cognitiva construtivista, o desenvolvimento da linguagem dá-se
por volta dos 18 meses de idade, na superação do “estágio sensório-motor”, onde
acontece o desenvolvimento da função simbólica. Segundo Piaget ( 1979, P. 212) “a
aquisição da linguagem depende do desenvolvimento da inteligência da criança
sendo observado através da superação dos estagio sensório-motor, onde esse
desenvolvimento é percebido nos 18 meses de idade na criança”. Em outro
momento (SCARPA, 2001, P.210)“expõe que o desenvolvimento da linguagem dáse
pela função simbólica e por meio de um significante (ou um sinal) que representa
um objeto significado, além do desenvolvimento da representação, pela qual a
experiência pode ser armazenada e recuperada”.
Desse modo observa-se que nessa fase, a criança começa a se reconhecer
como individuo diferenciando-se entre o eu e os outros. Sendo assim para Piaget o
conhecimento linguistico não seria inato mais sim desenvolvido através da interação
entre o ambiente e o organismo, sendo uma seqüência da construção e da
inteligência em geral.
Na visão da teoria interacionista social, Vygotsky (1996 P.212) define o
desenvolvimento da linguagem e do pensamento como base da interação entre os
indivíduos. Segundo o autor, “a fala e o pensamento tem origens genéticas
diferentes, onde são identificadas como fase pré-verbal do pensamento e a fase préintelectual
da fala”. Com isso percebe-se que a criança através dos sons pode ser
compreendida por quem á observa.
Enfim, analisa-se que a teoria chomskyana, é a que mais se aprofunda na
questão do processo lingüístico. sendo que através das ideias posta por Chomsky
pode-se obter mais clareza sobre o desenvolvimento da linguagem.
Dessa maneira, considera-se que os conceitos abordados por Chomsky
passou da tória descritiva (estruturalista) para a teoria científica explicativa
(gerativismo). Sendo que através de sua pesquisa pode-se observar seus principais
fundamentos para o desenvolvimento do estudo lingüístico, no qual levou muitos
estudiosos a proporem as suas definições para a linguagem. Próximos em muitos
pontos e diversas na ênfase atribuída a diferentes aspectos considerados centrais
pelo teórico.
IV - CONCLUSÃO
Através da pesquisa pode-se atingir o objetivo principal deste estudo que
concerne à apresentação do desenvolvimento da linguagem segundo a teoria de
Chomsky, que por meio desse estudo, pode-se observar as precauções que o
teórico teve ao desenvolver sua teoria.
Sendo que a identificação feita pela pesquisa é de grande importância e
reflexão para compreender o sentido da linguagem.
Contudo se faz uma explicação dos itens já relacionados, onde o
desenvolvimento da linguística segundo Chomsky foi de grande mérito para o
aprendizado como o todo.
O artigo tem como objetivo principal apresentar a teoria gerativista, que
através dos estudos realizados por Noam Chomsky pode-se iniciar o processo
linguístico sendo de plena atividade e produtividade para a elaboração de um
modelo teórico formal, capaz de descrever e explicar abstratamente o que e como
funciona a linguagem humana. Além disso, destaca-se a critica relacionada a visão
behaviorista, que interpreta a linguagem humana como um condicionamento social,
cuja a resposta produzida pelo organismo humano é captada mediante os estímulos
recebido através da interação com outro individuo . Porém, Chomsky apresenta
uma critica argumentando que a todo momento, os seres humanos estão
construindo frases inéditas, sendo assim indivíduos criativos capazes de criar novas
palavras jamais dita por outro ser.
As teorias são expostas através das hipóteses do inatismo, behaviorismo,
cognitivismo construtivista e do interacionismo social, cujos objetivos foram de expor
as ideias de cada teórico com a finalidade de desenvolver o processo da linguagem
humana. Com isso relaciona-se a teoria chomskyana a outras teorias aquisicionistas
que juntas contribuíram para o desenvolvimento linguístico tendo como principal
meio o ser humano, que através de pesquisa pode-se observar que a linguagem
humana é o principal fator na interação social. Portanto faz-se necessário que
através desse modelo de estudo, professores e discentes tenham papéis
fundamentais no desenvolvimento da linguagem, tendo como subsidio a pesquisa de
Chomsky para desenvolver a linguagem, a colaboração de outros teóricos, e,
conseguinte, os embates de ideias relacionado a aquisição linguística.
Sugere-se que os professores principalmente os formados na área de Letras
tenham como base para o trabalho com a língua materna em sala de aula, os
fundamentos teóricos de Noam Chomsky, assim como as teorias gerativistas, pois
sem o estudo científico e teórico não há como fundamentar o fazer pedagógico.
V- BIBLIOGRAFIA
AJMARD, Paule. A linguagem da Criança. Porto Alegre: Artmed, 1986.
CHOMSKY, Noam. Linguagem e mente. Brasília: Universidade de Brasília,
1998.
PINKER, Steven. O instituto da linguagem: como a mente cria a linguagem:
São Paulo: Martins Fontes 2002.
SCARPA, Ester Mirian. Aquisição da Linguagem. In: Mussalem, Fernanda;
Bentes, Ana Cristina. Introdução á Linguística: domínios e fronteiras. São Paulo:
Cortez, 2001. V.2.
WOOD, David. Como as crianças crescem e aprendem. São Paulo. Martins
Fontes, 1996.
FLAVELL, John H.; MILLER Pratica H; MILLER, Scott A. Desenvolvimento
Cognitivo. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed, 1999.
ALKMIN, Tania. Sociolinguistica – parte 1. In: Mussalém, F; Bentes. A. C
( orgs)b Introdução a linguística domínios e fronteiras. São Paulo: Cortez,2001,
pp.21-47 (volume 1).
STENBERG, Robert J. Psicologia Cognitiva. Porto Alegre: Artmed, 2000.