Perda da memória
 
Há um tempo atrás passei por um processo de depauperação física no qual perdi totalmente a memória e foi quando resolvi montar um delivery  de comida balanceada.
 
A perda da memória era tão intensa que precisava escrever até a receita do arroz comum para que conseguisse colocar dentro da panela cada passo apontado pelas letras que não conseguiam se fixar em meu cérebro.
 
Após anos de trabalho na reconstrução de uma estrada que me religasse ao meu interior,  analisando, me dei conta de que essa perda havia acontecido em razão de o mundo ter feito uma leitura da minha pessoa que não tinha a menor correspondência com a realidade. Uma realidade tão incrivelmente bela porém, intocável por mente humana.
 
Como, ao longo de minha vida fui presenteada pelo Criador com as lindas imagens contidas nos contos de fadas e ricamente na natureza pude me recompor através delas, então, briguei com as chaves do tamanho tal qual a Alice no país das maravilhas e busquei minha unidade como o Mickey no “Aprendiz de feiticeiro” do Disney e hoje, prazerosamente me vejo diante de um tapete voador que está me mostrando que pode ser movido magicamente através do desejo real que dá vida ao meu sonho.
 
Ser gente grande com corpo e mente sã para, tal qual a flauta mágica do encantador chamar uma multidão para esse caminho de amor que trilho entre “tapas e beijos” e que não são nada mais do que as tempestades com raios, trovões e chuva pesada que no final se transforma em arco íris e nos faz olhar para um céu azul que se perde na infinitude do Universo em meio a estrelas e galáxias, sondas e Hubbles que reiniciam todo o processo caçando imagens na vastidão do Imponderável, o espaço que pode ser “curvo” ou não, mas sempre preenchido por luz nem sempre aparente.
 
Resta a pergunta:- Quem é você luz de minha alma que aponta toda essa beleza e a esparrama em salões tal qual onde acontecem as “valsa do imperador”?
 
É com essa luz que quero dançar por sobre Os Bosques de Viena e as Ondas do Danúbio Azul sentindo que as portas do salão do castelo  já começam a se abrir deixando entrever o ambiente de festa que está sendo preparado em seu interior.
 
....acorda Cinderela, o mundo é feio e mau e vai te engolir como o lobo engoliu a vovozinha na histórinha do chapeuzinho vermelho.....
 
Não é não, ele é apenas a cinza e os tocos de cigarro contidos neste cinzeiro de cristal da Bhoemia que estou lavando. Nada vai restar dele senão a beleza dessa peça entalhada por artistas para que a luz se sinta a vontade para desenhar arcos íris quadrados, em losango ou retangulares.
 (texto ainda em construção)














 
Sandra Canello
Enviado por Sandra Canello em 13/01/2012
Reeditado em 15/01/2012
Código do texto: T3438036
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