COTAS: PERMISSÃO PARA ESTUDAR

O sistema de cotas aprovado é um porta-voz do racismo, um artifício ridículo para justificar a falta de vontade de melhorias no ensino. Enquanto a base continuar fraca essa votação é injustificável, estaremos pedindo permissão para estudar.

A questão é que não são apenas os negros que sofrem, é o pobre no geral, por não ter acesso a Universidade de qualidade e quando consegue essa vaga, será nas “Universidades e Faculdades de Rodeio” (laçadores de alunos) que cansamos de ver nas propagandas de TV, nos Jornais Impressos, na Internet e etc. Tais entidades transformaram o ensino em comércio prometendo sucesso profissional com seus cursos inovadores, a baixo custo.

Essa avalanche de Instituições é o reflexo do modelo de ensino vigente e o mercado de trabalho também compactua com o problema, pois absorve os profissionais recém-formados e oferece a eles cargos medianos com salários ridículos, enquanto os cargos melhores ficam reservados aos profissionais saídos das Universidades e Faculdades de primeira linha. Claro que existem suas exceções! Aquele aluno muito aplicado pode se destacar e ter seu lugar ao sol, porém os bons empregos continuarão nas mãos de uma casta mais preparada, estudantes oriundos das melhores Instituições de Ensino de base, diplomados em Universidades das mais conceituadas, com especialização no exterior e fluência em línguas.

Se o problema está nas Universidades com rigores racistas, criem então, uma lei severa para punir Instituições que não tratam o ser humano com igualdade. Assim a Universidade terá que aceitar o aluno independente de sua raça e base de ensino.

Infelizmente não fazem nem uma coisa, nem outra e continuamos com nosso ensino ineficaz, leis idiotas, lixo para debaixo do tapete e as punições 'Meio Mozarela, meio Calabresa'. Enquanto isso, nossos felizes formandos das Universidades de Rodeio, conseguirão seus Diplomas e seguirão nas empresas exploradoras de mão de obra, ao som de Funk Carioca e da imensa cultura gerada pelas TVs com seus Realities.

Dizem que o importante é saúde, né?