O inesquecível filme da vida, o qual o vento não levou!

Oscar individual: onde crianças, homens e mulheres atuam como protagonista e espectador concomitantemente!

Maio – Mês denominado como sendo da família- não terminou não se exauriu também a grande oportunidade para avaliarmos o maior filme de todos os tempos, - jamais exibido em tela cinematográfica alguma-, no entanto, mais real que qualquer record de bilheterias jamais assistido. A vida pessoal!

Proponho-vos REFLETIR sobre IMPACTOS E EFEITOS nas crianças, oriundos dos conteúdos aos quais elas estão expostas hodiernamente, - nos lares, escolas, ou nas ruas ou Shopping Center-, sem, no entanto, entrar à fundo no emaranhado científico, que tal tema exigiria.

O filme resultante das palavras negativas e prejudiciais ouvidas da boca dos familiares e professores. “Seu burro, não aprende mesmo”, “seu idiota”, “moleque sem vergonha”, “não sei como dei á luz a um traste deste”. Registros das cenas imundas vistas, vividas e revividas. Cuja gravação jamais é apagada da memória humana desde a primeira infância as quais muitas abafadas ao longo da vida. Suas marcas ficam indeléveis determinando a qualidade de futuro a ser vivenciada segundo se pode observar através de estudos e relatos.

Nesta semana quem quis pode ler na Internet o depoimento de uma mulher famosa, abusada na infância. Fato cruel, desumano gravado em sua memória. Um registro sinistro, oriundo da ação de um adulto irresponsável. Ignorada durante anos, mas no fundo lá permanece a gritar: “Estou aqui! Sou sua eterna companheira para a vida toda, que pode ser várias décadas”

Um artigo datado de 31/05/2011-16h26, assinado e publicado na Folha de São Paulo por JULIANA VINES, sob o título: “Pesquisa mostra que pessoas esquecem-se da infância ainda crianças”, revela o seguinte:

“A Mória só registra acontecimentos após os quatro anos de idade!

Uma pesquisa desenvolvida na Memorial University of Newfoundland, no Canadá, afirma que que não nos lembramos dos acontecimentos da nossa primeira infância porque nos esquecemos deles enquanto ainda somos crianças.

E é justo a infância, tão saudosa e cantada pelos poetas, a época mais esquecida.

Ironia biológica? Os especialistas chamam de amnésia infantil, e não tem nada a ver com lapsos de memória, mas com os quatro primeiros anos de vida que parecem ter sido apagados com borracha. "Sim, pode-se dizer que perdemos parte da nossa infância", afirma à Folha Carole Peterson, pesquisadora da Memorial University of Newfoundland, no Canadá.

Peterson coordenou uma pesquisa, publicada no começo do mês na revista "Child Development", sobre memórias de infância.

No estudo, 140 crianças entre quatro e 13 anos foram convidadas a contar suas primeiras memórias (fizemos o mesmo com quatro pessoas, leia depoimentos nesta e nas páginas seguintes)”.

Segundo as conclusões da autora citada, “A neurociência não tem certeza de por que isso acontece. Uma das hipóteses é que o cérebro ainda não estaria pronto para gravar memórias à tinta, de acordo com Rodrigo Neves Pereira, pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Norte”.

Lixos são despejados na memória de milhares de crianças; seja nas telas das TV’s; ou através dos sons esdrúxulos, - cujas letras são verdadeira afronta ao pudor, bom senso e ética, aos quais muitos, erroneamente chamam de música-, são ouvidos pelas crianças diariamente em seus celulares, ou qualquer suporte que armazene sons, numa época na qual tais crianças ainda não tem capacidade crítica para descartá-los da memória, nem elaborar opinião sobre conteúdos perniciosos aos quais são expostas a diário, seja dentro da própria casa – a qual deveria ser o “asilo inviolável’, e acaba sendo o depósito de lixo inviolável. Seja nas brincadeiras em “escolinhas” onde deveriam ser educadas e acabam sendo deseducadas.

Lixos como: cenas eróticas – desnecessárias e impróprias à sua idade -, sendo exibidas na TV através de programas como MIX TV, - onde os sons que muitos chamam de músicas, são ilustrados com mulheres seminuas, em cenas eróticas a qualquer hora do dia ou noite, ou vistas nas bancas de revistas. Linguagens impudicas usadas pelos “pais” e outros familiares, - os quais ao invés de poupá-las de tal asfixiação visual e auditiva, injetam sobre elas tais lixos-.

Injetam também o lixo dos maus exemplos. São pais e familiares que falam palavrões, bebem bebidas alcoólicas, ou fumam dando mau exemplo. Mães que fumam ainda grávidas, impondo ao seu feto que se torne fumante ainda no ventre. Roubando-lhe o direito a ter ar puro, numa fase quando ele não tem condições físicas para escolher ou caminhar em outra direção em busca de algo melhor, muito embora o ECA, reze que tais crianças tenham vários direitos, inclusive o direito a viver bem em família. Criam-se leis no papel, as quais elas não podem desfrutar. Sequer tem condições para exigirem seus direito aos quais sequer tem ciência. Qual a validade de umdocumento o qual a mioria sequer sabe de sua existencia,a não ser no momento de esquivar-se de alguma responsabilidade? Fugir da pensão!

Como aplicar juridicamente ou na prática a questão dos Direitos Humanos para tais crianças? Declaração Universal dos Direitos da Criança, que já está em sua maioridade juridica. Um tratado que efiniu as bases para proteção e integridade dos direitos dos meninos e meninas de todo o mundo.

“A Convenção sobre os Direitos da Criança, adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 20 de novembro de 1989, completou 21 anos. A necessidade de proporcionar à criança uma proteção especial já havia sido anunciada pela Declaração de Genebra de 1924 sobre os Direitos da Criança e pela Declaração dos Direitos da Criança adotada pela Assembleia Geral da ONU, em 20 de novembro de 1959. Esta última dizia que "em virtude de sua falta de maturidade física e mental, a criança necessita de proteção e cuidados especiais, inclusive a devida proteção legal, tanto antes quanto após seu nascimento";

A ONU reconheceu que as crianças devem crescer junto de suas famílias, em um ambiente de felicidade, amor e compreensão para que tenham um desenvolvimento harmonioso de sua personalidade. “E para que sejam preparadas para uma vida independente na sociedade, devem ser educadas com um espírito de paz, dignidade, tolerância, liberdade, igualdade e solidariedade”.

Em que tal tratado tem contribuido para melhorar as condições das milhares de crianças expostas aos conteudos perniciosos - seja dentro da jaula onde sobrevivem a qual muitos chamam de “lar”. Aliás, atualmente, algumas mães arrastam seus filhos através de uma coleirinha como se fossem cães. Sob a falsa alegação de que tal coleirinha serve como proteção para evitar que tais “filhos” se percam em meio à multidão, enquanto tais mães ocupam seu tempo como coisas mais importantes, como por exemplo: com as compras nos shopping center.

Presenciei várias vezes filhos sendo arrastados em coleiras, como se fossem cães. Só falta arrumarem um cantinho – idêntico aos bicicletários - nos estacionamentos com postes e argolas, onde tais mães possam amarrar a coleirinha de seus “filhinhos ‘amarrados’ eu ia dizer amados. Enquanto muitas mulheres desfilam com seus cachorrinhos confortávelmente empurrados dentro de carrinhos com fofos colchões. Quanto inversão de valores, seja na casa, na escola, no dia-a - dia. Espero que tal comportamento não atinja as Igrejas. Já pensou? Ouvir um padre ou pastor dizendo: “Levem as crianças para serem amarradas ao postário infantil”? Na escola - a qual deveria contribuir para sua educação, o que nem sempre ocorre -, seja nas próprias igrejas, local onde elas deveriam ter contato com sábios ensinamentos sobre Deus.

Porém, tal nem sempre ocorre. Basta ver que algumas igrejas batizam bebês, ensinam-lhe uma série de rituais aos quais elas não entendem, sequer lhe trazem algum benefício. E nada aprendem sobre o Deus de amor, justiça, veracidade, e punição para todos os que se desviam de sua vontade.

O que pensar dos direitos á vida de crianças que são sacrificadas nos rituais satânicos para oferecerem seu sangue? Ouve-se nas surdinas, pouco se divulga os casos através da mídia, talvez por medo, ou por falta de provas. Não se vê ações e atuações concretas quanto à punição ou coibição.

Fecham-se templos evangélicos com presteza, alegando-se barulho. Como ocorreu neste inicio de ano durante a inauguração de um mega templo em Guarulhos. Pouco ou nada se ouve sobre o barulho feito durante o mes de carnaval. Alguém já foi punido pelo barulho feito emInterlagos pelo barulho do autódromo em época de competições de Fórmula um? Ou os carros são silenciosos?

Não bastam discursos inflamados e repletos de palavras bem elaboradas. Palavras bonitas não devolvem vida perdida; não devolve a infância e inocência decepadas, tornando-as acéfalas quanto ao direito a uma vida com começo meio e fim.

O que pensar das crianças cujos sonhos foram roubados nas guerras sangrentas? O que pensar das crianças cuja infância é arrancada diariamente, tornando-as adultas à força dos atos sexuais, fome ou impedindo-as de irem à escola com qualidade, ou de irem a uma Igreja aprenderem sobre Deus e seu propósito eterno para elas?

Percebe-se que muitas Igrejas evangélicas tem dado boa contribuição ao tratarem as crianças como crianças. Ou seja: pessoa em formação. Com alma, espírito e necessidades específicas e especiais. Pessoas pelas quais, Cristo morreu e ressuscitou, para dar-lhes vidas com qualidade.

Crianças que requerem cuidados especiais com relação aos conteúdos a elas transmitidos. Crianças que precisam conviver com adultos libertos e não libertinos.

Adultos livres das correntes e aprisionamentos promovidos pelos vícios instigados por satanás; adultos livres das correntes aprisionadoras das drogas; correntes colocadas pelos espíritos imundos malignos.

Não há como fugir a uma reflexão honesta sobre:

Que tipo de memórias se tem construídos na mente das nossas crianças? Ou serão forçadas a conviverem com uma espécie de amnésia forçada para fugirem aos problemas da vida?

Retomando o tema da pesquisa de Vimes para a Folha de São Paulo, ao citar Petri:

"Amnésia infantil não tem relação com o amadurecimento do cérebro", diz logo de cara Renata Petri, psicanalista professora da Unifesp. Para a psicanálise, parte da infância é esquecida porque as lembranças são conflitantes, dolorosas. "Aquilo que traz conflito elimina-se da consciência e vai constituir o inconsciente." Nessa visão, o ser humano sofre os efeitos dessas memórias encobertas pelo resto da vida, mesmo sem conseguir lembrá-las. Daí, viriam alguns medos e traumas.

"É comum estabelecermos a relação entre acontecimentos de infância e traumas futuros, mas não se pode reduzir a ideia de trauma a isso", afirma Fani Hisgail. A neurologia até concorda que memórias esquecidas podem, sim, interferir na formação de novas lembranças, mas tem uma visão diferente do que é o inconsciente. "São memórias que não estão ativas o suficiente para serem lembradas, mas que, mesmo assim, influenciam outros circuitos", comenta Gilberto Xavier, pesquisador em neurofisiologia da USP”.

Não basta dar à luz a um filho, dar-lhe roupas e mamadeira. – Peito?- coisa de antigos! Este servirá para outras finalidades!

Ou dar-lhes a oportunidade de frequentar um colégio de luxo.

Nada destas ofertas satisfarão a necessidade do amor verdadeiro de uma mãe, ou afago da mão amiga de um pai, ou a orientação de uma palavra amiga e sincera do pastor, padre ou professores.

Não basta gerar um feto, e dar-lhe comida após seu nascimento.

É preciso participar do roteiro e criação do maior filme de todos os tempos que será exibido à humanidade.

Um filme o qual os ventos da vida não levam.

Esse filme o vento não levou e nunca levará.

Todos o carregarão consigo pela vida a fora.

É o maior Oscar, infelizmente, desvalorizado por muitos.

nana caperuccita
Enviado por nana caperuccita em 22/05/2012
Código do texto: T3681654
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