ESPECULAÇÕES SOBRE A EDUCAÇÃO
ESPECULAÇÕES SOBRE A EDUCAÇÃO
E me aconteceu um fato, como diria meu xará Paulinho Gogó: Venérico!!! Acontece que, outro dia um rabi discordou veemente de mim, quando eu abordei em uma conferência avaliações em torno da palavra EVOLUÇÂO. Em minha fala abordei a palavra EVOLUÇÂO sobre um olhar antropológica no que se refere a mudança de determinadas coisas, ou seres.
Meu nobre rabi riu de mim e disse que o que eu tinha falado era marmelada, que eu tinha viajado na “maionese”. Meu ilustre rabi disse que nunca na vida dele tinha ouvido dizer que a palavra evolução era sinônimo de mudança. Então perguntei-lhe: “Ao passar para um estado de evolução uma determina coisa, ou ser, não tem necessariamente que mudar?” Meu jovem mestre me ignorou e continuo dizendo que eu tinha viajado na maionese.
A afirmação no mínimo exacerbada e exótica de meu jovem mestre rabi me fez lembrar de um grande escritor baiano, José Aras. Poeta-cordelista e historiador.
José Aras em seu ilustre livro Sangue de Irmãos, narra uma história parecida que aconteceu em sua vida. O poeta nos conta que certa feita na escola em que ele estudava resolveu tirar uma dúvida com o professor. Aras perguntou ao professor qual o significado da palavra JAMAIS:
“Jamais |jà| (latim jam magis) adv. Em tempo algum; em nenhum momento. = NUNCA” ( Dicionário Priberam da Língua Portuguesa: Disponível em: <http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=Jamais> Acesso em 27 de Jul. 2012.
O professor de Aras não respondeu, também não gostou muito da pergunta do jovem poeta. Para aquele garoto aprender a não questionar o mestre, o professor o pos de castigo, assim ele iria saber a não duvidar da inteligência do docente.
Quando nosso poeta saio da escola foi repetindo no caminho para casa: “Jamais um professor desse!” José Aras.
Paulo Monteiro