LEITURA E ESCRITA NA FORMAÇÃO DE SUJEITOS CRÍTICOS

CLARINDO, Heliomar de Oliveira

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo mostrar a importância do ato de ler para tornar sujeitos cada vez mais críticos. No entanto, para que o mesmo se desenvolva, as atividades precisam ser significativas e estarem vinculadas ao contexto social. Apesar de existirem diversas metodologias e estratégias, cabe a cada um ter a consciência da importância da leitura. As reflexões aqui expostas vão de encontro ao leitor, pois possibilitamos exemplificar as questões referentes ao processo de leitura, e que realmente todos se conscientizem que para existir um mundo mais justo é preciso termos cidadãos mais críticos e com uma um olhar mais especial em relação aos problemas da contemporaneidade. E tudo isso só é capaz de se realizar através do ato de ler.

Palavras-Chave: Leitura. Escrita. Sujeitos Críticos.

1 INTRODUÇÃO

Sabemos que a Leitura e a Escrita são algo de total importância na vida de qualquer ser humano. Desde cedo aprendemos que essa prática deve ser exercida em todos os momentos de nossa vida. Ler e escrever reflete aquilo que as pessoas poderão ser no futuro. Mas muitos questionamentos são levantados em relação a este conteúdo. Será que todas as escolas, que todas as famílias estão incentivando de fato seus alunos e filhos a lerem?

A leitura reserva segredos que nós mesmos desconhecemos. E é a partir desse sentimento de não saber o que ela nos reserva, que devemos mudar atitudes de todos que pensam que a leitura não tem significado.

A contemporaneidade se caracteriza pelo tempo abreviado. Falta de tempo. Falta de tempo de ler e de escrever. Falta de contato com textos e contextos que incentivem a leitura como experiência. Nela vivemos o paradoxo: muito se fala sobre leitura, muito se propõe, mas os livros mais vendidos continuam sendo os didáticos. No Brasil, em mais de 90% dos municípios não há livrarias, além de serem muito precárias ou quase inexistirem as bibliotecas. (KRAMER, 2000, p. 04).

Segundo Kramer na sociedade contemporânea, temos dificuldades em termos o hábito constante à leitura. Fazer isso parece não ir de encontro com a modernidade tão avassaladora dos últimos tempos. Mas será que na verdade isso não faz é prejudicar essas pessoas que julgam ser modernas, pois na verdade nessa “modernidade” é que precisamos mantermos equilibrados e informados sobre tudo e qualquer tipo de novidade. Mas, o que vai nos proporcionar isso vai ser a Leitura e a Escrita.

2 A LEITURA FAZ PARTE DE TODOS

O ser humano, sem que perceba, está cercado pelo mundo da leitura. A criança, desde cedo, antes mesmo de entender a importância das coisas faz a leitura do mundo que está a sua volta, sem ao menos conhecer palavras, frases ou expressões, pois é próprio do ser humano desejar o conhecer, decifrar e ter curiosidades em relação às coisas desconhecidas, de modo a refletir novos conhecimentos. Assim, o processo de leitura e escrita inicia-se antes da escolarização.

A criança o adquire no âmbito familiar de forma espontânea e em seu convívio no meio social, o interesse pelo ato de ler e de escrever, reflete cada vez mais a cada passo ao conhecer algo novo e estranho, mas que no decorrer do tempo vai fazer parte da iniciação do aprendizado daquela criança.

É lendo que nos tornamos leitores e não aprendendo primeiro para poder ler depois: não é legítima instaurar uma defasagem nem no tempo, nem na natureza da atividade entre “aprender a ler” e “ler”... não se ensina a ler com a nossa ajuda... a ajuda lhe vem do confronto com as proporções dos colegas com quem está trabalhando, porém é ela quem desempenha a parte inicial de seu aprendizado (Jolibert, 1994, p.14).

A partir do trecho citado podemos perceber que a leitura está condicionada a cada ser humano, mas é preciso afirmar e aceitar que antes de qualquer atitude devemos colocar a leitura em primeiro plano. Ler, somente ler, decifrar letras não pode levar pessoas a tornarem-se altamente críticas e reflexivas, mas sim a leitura aprofundada, seguida de observações e detalhamentos que norteiam aquilo que cada pessoa ler. Tornar seres humanos críticos, é levá-los a perceber que um cidadão com autonomia é ensinado graças ao bom hábito da leitura.

Portanto, o contato com a leitura é com certeza de grande relevância. Isso para um maior significado ao ato de ler, já que este se faz necessário na vida de cada indivíduo, pois o mundo para ser mais justo necessita de bons leitores e de bons escritores, que tenham uma mente mais aberta e seja capaz de revelar novos métodos para a construção de uma sociedade mais justa.

3 CONCLUSÃO

O presente estudo procurou de forma clara e específica demonstrar que devemos de fato rever nossos conceitos em relação à Leitura e Escrita. Pois parece que ainda não nos demos conta do seu real valor para a formação de sujeitos críticos e participativos de uma sociedade cada vez mais capitalista e injusta.

O que devemos fazer é aceitar de fato que a Leitura e a Escrita nos revigoram, completando os espaços vazios de todos nós, fazendo assim que tenhamos sempre conhecimentos necessários para estarmos preparados para qualquer desafio.

Finalizamos, portanto este estudo, levando aos leitores a preocupação de estarem sempre buscando novos meios e métodos de estarem sempre utilizando da prática da leitura, pois através dela é que conseguimos conquistar outros objetivos, ela é a ponte para o sucessor e para as nossas realizações.

REFERÊNCIAS

Kramer, Sonia. Leitura e Escrita como Experiência – Seu Papel na Formação de Sujeitos Sociais. Presença Pedagógica • v.6 n.31 • jan./fev. 2000.

JOLIBERT, J. Formando Crianças Leitoras. Porto Alegre: Artes Médicas,

1994. 219 p.