MENINOS DE RUA E A EDUCAÇÃO NO BRASIL

MENINOS DE RUA E A EDUCAÇÃO NO BRASIL

“Na psicosfera de um ínclito roseiral encontramos flores radiantes, belas, depuradoras, perfumadas e renitentes. Nesse écran colorido e aferidor pensamos em mil amores, transformamos nosso afago, em desejos e delírios imanentes e na beleza das flores imantamos sensações estocantes, no murmúrio, no tugúrio de dois seres belos e pungentes”. (Antonio Paiva Rodrigues).

A palavra educação vem do latim, "Educere", que significa conduzir para fora, desenvolver habilidade. Educar vem do latim “Educare” que significa instruir, criar. A palavra é composta por ex (fora) e ducere (“guiar, conduzir, liderar”), ou seja, educar trazia a ideia de “Conduzir para fora”. Existem outras fontes que explicitam como “Extrair de dentro”. Se fôssemos dar uma missão a essa palavra, essa missão seria: “Preparar para o mundo”.

Nesses dois conceitos podemos avaliar a importância fundamental da educação para os seres hominais. É lamentável que nos dias atuais os governos estaduais e o governo Federal em nosso País não invistam maciçamente na educação. Para o aprendizado não existe limitação de idade, pois toda hora é hora.

A educação para muitas pessoas seria o processo pelo qual qualquer pessoa adquire conhecimentos gerais, artísticos, técnicos, científicos ou especializados, cujo intuito ou objetivo, seria a de desenvolver aptidões e através dessas nuanças a evolução tão sonhada ou propalada. Segundo nos informa o site Kailo, quando falamos em processos de aprendizagem temos que atingir cinco níveis educacionais.

Níveis de conhecimentos: A percepção: quando notamos a existência de algo (por meio dos sentidos ou da mente), aqui, não há profundidade no conhecimento; nível do processamento: quando ocorre certa “digestão” (boa ou ruim) sobre um conteúdo, vivência. Normalmente acontece quando relacionamos o que foi recebido (em forma de aula ou experiência) com nossos conhecimentos, valores de vida, fatos passados entre outros.

Já no nível de memória: quando registramos as informações na mente, tornando-as fixas e dando a oportunidade de lembrança após determinado tempo (curto médio ou longo); nível de compreensão: quando o conhecimento está “preso”, aprofundado, faz parte da inteligência da pessoa. Ultrapassa o nível da memorização e já chega ao âmbito da qualificação genuína; nível de consciência: está um passo acima do compreender.

Aqui o conhecimento atinge um nível de capacitação, já é próprio da natureza do indivíduo, inerente a ele. Ao lembrar-se de nossas experiências ao ser “educado”, percebemos que, na maioria das situações, chegamos até o nível da memorização. Ir além deste ponto não era fácil. Quem não se lembra de uma experiência desse tipo (?): matéria chata, com aulas maçantes, alunos desinteressados… porém valia nota e, esta, compunha o boletim. Qual a saída? “Decoreba”.

E, logo após poucas horas de “estudo”, íamos para prova e... Voilà! (lê-se vu a lá). Nota boa, mas conhecimento zero! Uma semana depois se fizéssemos a mesma pergunta da avaliação, não saberíamos N-A-D-A! Faz sentido?Observação: geralmente memória boa existe em máquinas. Daí, nesta linha de confabular sobre a educação e sua essência, entramos em contato com uma frase que muito elucida os desafios desta bela palavra: Diga-nos, e nós esquecemos. Mostrem-nos, e não nos lembramos. Envolva-nos e compreendemos. “Pais e educadores! Se o lar deve se entrosar com a escola, o culto do Evangelho em casa deve unir-se à matéria lecionada em classe, na iluminação da mente em trânsito para as esferas superiores da vida”, (Chico Xavier).

Em outras palavras, mais simples, educar os filhos seria fazê-los frequentar os cursos básicos, os cursos posteriores e se possível também nas faculdades, a fim de que eles adquiram cultura e um dia “se formem” tornando-se aptos para iniciar uma carreira e conquistar um bom lugar na vivência social. Esse processo importante poderá ser classificado como ato de instrução e será fundamental para o desenvolvimento educacional e cultural das crianças. Formar o homem é o termo mais profundo de educar.

Formar o homem é um aperfeiçoamento, cujos ajustes vão influenciar positivamente nos objetivos de progresso e equilíbrio social da humanidade. Essa responsabilidade é nossa, dos pais. A escola seria um complemento dessa educação, pois sozinhos a tarefa da educação não estará completa. Devemos sempre procurar uma boa escola para nossos filhos e nossa orientação é sábia e valiosa para que nossos filhos caminhem sempre altivos e cuja diretriz seja o bom aprendizado e um belo conhecimento das coisas.

Se os pais não forem esclarecidos e interessados na evolução cultural de seus filhos a resultante poderá ser as ruas, uma péssima escola para qualquer ser humano. Na rua não se aprende nada que se aproveito. Os ensinamentos da rua terminam em violência, no vício, na prostituição e na drogadização. Meninos de rua – Vida sem destino e esperanças, sem alegrias e bonanças, acoplando anseios sacrossantos. Sem sapatos de pés calejados, rosto suado, maltrapilho, deifica a personalidade que roga.

No calor das metrópoles, na desilusão da vida sem rumante afetivo e carinhoso, só espanto. Espera o menino um destino caído do céu, para minorar as agruras do sofrimento no frio sem toga. Destino infeliz para uma criança cheia de esperanças, atordoada pela fome e o cansaço. Refém sem defesa do tempo, da rua, dos incrédulos, dos maliciosos que o julgam mal. Um ser sem defesa, sem esperança de uma vida melhor, entregue ao desalento e ao desamparo social. Se os governantes investissem no social, em especial na educação, os meninos de rua teriam um destino melhor, mais proveitoso e sem sofrimento causado pela miséria, pela fome e pelo descaso da família. Imagine: pois somente assim a arte do educar ultrapassa as barreiras de uma sala de aula. O aprendizado vai além daquele momento de troca e invade a vida, forma valores, desenvolve habilidades e talentos únicos.

Desperta paixões! Quando se trata de educação (na origem da palavra)… Misture instrução com descoberta, instigue com perguntas, diversifique os meios e as atividades, proponha desafios reais! Vamos preparar para o mundo e ao mesmo tempo estar mais preparados para ele! Algumas reflexões importantes: Qual o nível de envolvimento que os professores oferecem a seus alunos? Qual o nível de abertura que os alunos dão a isso? Qual o nível de envolvimento que as empresas oferecem a seus colaboradores na hora de fechar uma semana de treinamentos?

Qual o nível de envolvimento que gerentes e diretores proporcionam a suas equipes na tomada de decisão?Qual o nível de envolvimento que organizações dão aos estagiários e trainees para realizarem seus papéis?Todos nós, seres humanos estamos tendo e/ou teremos experiências que envolvam educação. Seja da ação mais básica até a mais complexa. Como estamos cuidando deste momento? A educação está sempre viva, isto é, não para e não existe idade para o aprendizado.

Nos dias atuais pessoas da terceira idade estão se especializando e se graduando em grande escala. São profissionais que em sua maioria trabalham durante o dia e estudam a noite. O analfabetismo é sinal de incapacidade governamental e um decréscimo no desenvolvimento intelectual e cultural de um País ou de uma nação. Refém da situação dolorosa, do destino ingrato, sonha com uma vida mais serena e sem embaraços. Como sofrem os desamparados, os abandonados, os estropiados, os meninos de rua. Na canga, na destinação que a vida lhe proporcionou pensa em silêncio num ser caridoso e cordial sem charrua. Que lhe subtraia do mal e some-o ao bem, e o entregue a alguém de bom coração para tosar seus pensamentos maldosos.

Os eméritos, os engalanadores propiciam diretrizes sem interstício, para que tenha pelo menos minutos laboriosos. Com extasia no rosto seja outro seja outro ser pequenino, mas com destino certo e confortante. Do destino insano, da companhia daninha se desfaça, sem masmorra e sem mordaça alcance a graça. De um dia integrar uma família exemplar que lhe dê educação e que possa retribuir com o amor expectante.

Trilhe o caminho da altivez, da regeneração, dos brios que enlevam o coração a uma louçã de bem-aventuranças. São as melhores situações de vida, educação, condição social, familiar que almejamos para todas as crianças, pois elas serão o futuro do Brasil. Que lindo é um sorriso estampado no rosto de uma criança. Faça uma criança de rua feliz. Uma obra para reflexão: “A Vida em Família” de Rodolfo Calligares, leia e faça bom proveito. Um livro que não deve faltar em nenhuma família. Além de educar ensina como lidar com a educação dos filhos. Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT- DA AVSPE- DO PORTAL CEN- DA AOUVIRCE E DA ALOMERCE.

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 17/07/2013
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