A criança e o jogo

     Em diferentes graus, todos animais brincam, exploram, movimentam-se sem motivo aparente. Mas somente alguns conservam na idade adulta a capacidade juvenil de brincar, como certos pássaros, os roedores, os carnívoros superiores, os primatas e, evidentemente, o homem.

     Não é a seriedade, mas a brincadeira, a curiosidade, a exploração gratuita – fatores de criação e invenção – que constituem os fundamentos dos mitos, dos ritos da vida em sociedade e da própria ciência.

     O jogo está presente no cotidiano da criança que desenha, canta, representa, chuta a bola ou pula corda.

     Na verdade, para a criança, quase toda a atividade é jogo, e é por meio do jogo, do fazer, do brincar, do representar,  que a criança experimenta “ir além”, ultrapassa seus próprios limites e  adquire autonomia na aprendizagem.

     Quando a criança constrói seu conhecimento por meio do brincar, a situação ensino/ aprendizagem fica caracterizada pelo aspecto lúdico e prazeroso em que o erro passa a ser aceito naturalmente e a interação com o outro é espontânea.

     Então, vamos brincar?