O HOMEM E SEUS ANTEPASSADOS

O HOMEM E SEUS ANTEPASSADOS

Antes mesmo do descobrimento do nosso país, ele já era habitado pelos silvícolas. Os estudiosos das civilizações antigas, pesquisadores, arqueólogos chegaram às descobertas pré-históricas, que foram executadas por meio de escavações e análises minuciosas, e, através, desses estudos calcularam que entre os anos 40 mil e 12 mil a.C., já existiam os povos nômades, caçadores e pescadores que usavam utensílios artesanais rudimentares, para as suas sobrevivências. Eles afirmavam que esses povos surgiram da Ásia e Oceania. Civilizações que deixaram resquícios de suas culturas gravadas para testemunho de outras civilizações.

Os principais foram às gravuras e pinturas que estão aí registradas em pedras com suportes diferentes, que comumente nominamos de arte rupestre ou itacoatiaras. Além das pinturas, em muitos lugares apresentavam outros tipos de arte rupestre, conhecidas como gravuras. Já outros grupos adotavam um tipo de desenho figurativo, representando pessoas, animais, objetos e árvores. Retratando assim as cenas da vida cotidiana e cerimoniais. Os temas na arte rupestre são muito variados. Alguns grupos usavam o desenho geométrico, trabalhando com formas não representativas, surgindo pontos, traços e círculos muito diversificados.

No Brasil essas pinturas rupestres foram encontradas pela primeira vez na cidade de São Raimundo Nonato, no estado do Piauí, localizado na região do Nordeste brasileiro. Foram encontradas essas artes antigas em cavernas com paredes e tetos, abrigos, blocos no chão, além de pedras nos leitos dos rios e lajes a céu aberto. Em Minas Gerais, mais precisamente na cidade de Arão de Cocais foram encontradas pinturas rupestres formando um verdadeiro painel nominado de pedra pintada. Essas pinturas representavam símbolos que poderiam fazer o papel importante no contexto social daquela época.

Como toda regra tem exceção, as pinturas variavam de sociedade para sociedade. Dependendo da cor cada gravura tinha uma representação e significados infinitos. As possibilidades de traduções se tornavam difíceis devido ao grande número de representações. Era de uma necessidade sem precedentes deter os conhecimentos a respeito dos meios de subsistência, pois não se poderia perder tempo diariamente em busca da caça, pesca e/ou coleta de frutas. Por este motivo às pinturas teriam o papel de retratar com precisão os locais onde foram desenhadas informando o que havia naquele meio.

Assim Niéde Guidon afirma que a base econômica continuava sendo a caça, a coleta e a pesca: as pinturas rupestres retratavam com detalhes a evolução sociocultural desses grupos durante pelo menos seis mil anos, o que constitui um dos mais longos e importantes arquivos visuais sobre a Humanidade disponível, hoje, no mundo. (GUIDON, 1998: 43/44). No Brasil as artes Marajoaras e a dos Tapajós foram de significativa importância, para os pesquisadores. Lá existem vestígios da cultura amazônica com alto grau de estrutura e desenvolvimento na fabricação e na decoração de artefatos de cerâmica, como as da ilha de Marajó e da bacia do rio Tapajós. È bom salientar que da cultura dos índios Tapajós restou pouca coisa, apesar do grande número de habitava a região de Santarém. Segundo afirma Anne-Marie Pessis, que ”Durante o período inicial do estilo Serra da Capivara, a região era pouco habitada”. Sabemos que outros grupos, minoritários, partilharam o mesmo espaço junto às comunidades culturais de Serra da Capivara.

Grupos que não tinham o domínio da técnica gráfica, mas que incorporaram às suas culturas esta prática rupestre das comunidades dominantes. “Estas populações seriam responsáveis por outra tradição de pintura rupestre existente no Nordeste do Brasil, a tradição Agreste”. (PESSIS, 1989: 14/15). As tradições de rupestres pinturas em São Raimundo Nonato permitiram incorporarem ideias, técnicas e práticas nas sociedades que não as tivessem, como era o caso da tradição Agreste, que surge por influência da tradição Nordeste¸ representada em sua subtradição Serra da Capivara. (Fonte: www.espacoacademico.com.br).

Além do mais, e Com certeza, estes locais são, em grande parte, reocupados, pois estão carregados de informações sobre o entorno que foram passadas e/ou estão ali representadas, consequentemente os novos ocupantes poderiam decodificá-las. Como aponta Pedro I. Schmitt, assim: Os principais sítios localizam-se em abrigos rochosos, grutas e cavernas e indicam certa estabilidade de (re) ocupação, tanto nas camadas sedimentares quanto nas pinturas das paredes. (SCHMITZ, 1999: 57). Foram encontradas também grandes urnas funerárias, chamadas igaçabas, decoradas com desenhos labirínticos, em grandes aterros perto do lago Arari. O muiraquitã é símbolo das culturas amazônicas, é um amuleto feito de pedra verde conhecida por nefrito.

O termo “registro rupestre”, definição que tenta substituir entre os arqueólogos a consagrada expressão “arte rupestre”, pretende liberar da conotação puramente estética algo que, seguramente, é a primeira manifestação artística do homem, ao menos em grandes áreas geográficas onde a arte móvel em pedra e osso não aparece anteriormente às gravuras e pinturas rupestres. No Brasil são encontradas diversas manifestações de arte rupestre, as quais são identificadas por estilos e tradições, como Estilo Seridó, Estilo Serranópolis, Tradição Geométrica, Tradição Itacoatiaras do Leste, Tradição Planalto, Tradição São Francisco etc.

Alguns tipos de culturas e artes marajoaras são do tipo, vasos, urnas e estatuetas, sendo as urnas mortuárias, tangas ritualísticas, estatueta tapajônica, vasos tapajós entre outros. Tais fatos e nuanças acontecidos no passado mostram que o homem mesmo os do tempo da caverna, sempre procurou se inteirar dos meios de comunicações.

Naqueles tempos rudimentares eles já se preocupavam com a comunicação e a vida em comunidades.

Mesmo através dos símbolos eles mostravam a sua cultura e a inteligência que ainda se encontravam em fase embrionária. O homem nunca teve script, por isso, sua preferência era por meio aberto onde se tornava mais fácil a sua locomoção e a busca por alimentos para a sua sustentação. Os silvícolas brasileiros também tinham a sua cultura, bem como adoravam seus deuses. O ser humano sempre procurou meios para a sua evolução.

Segunda a Wikipédia a evolução humana, ou antropogênese, é a origem e a evolução da Homo sapiens como espécie distinta de outros hominídeos, dos grandes macacos e mamíferos placentários. O estudo da evolução humana engloba muitas disciplinas científicas, incluindo a antropologia, primatologia, a arqueologia, linguística, e genética. O termo ”humano” no contexto da evolução humana, refere-se ao gênero Homo, mas os estudos da evolução humana usualmente incluem outros hominídeos, como os australopitecos.

O gênero Homo se afastou dos Australopitecos entre 2,3 e 2,4 milhões de anos na África. Os cientistas estimam que os seres humanos ramificaram-se de seu ancestral comum com os chimpanzés - o único outro hominins vivo - entre 5 e 7 milhões anos atrás.

Diversas espécies de Homo evoluíram e agora estão extintas. Estas incluem o homo erectus, que habitou a Ásia, e o Homo neandertalenses que habitou a Europa. O Homo sapiens arcaico evoluiu entre 400.000 e 250.000 anos atrás.

A opinião dominante entre os cientistas sobre a origem dos humanos anatomicamente modernos é a “Hipótese da Origem única” “Hipótese que argumenta que o Homo sapiens surgiu na África e migrou para fora do continente em torno 50-100,000 anos atrás, substituindo as populações de H. erectus na Ásia e de H. neandertalenses na Europa”. Já os cientistas que apoiam a "Hipótese Multirregional” argumentam que o Homo sapiens evoluiu em regiões geograficamente separadas. Foi assim que evoluímos. Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI-JORNALISTA PROFISSIONAL E ESCRITOR

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Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 25/08/2014
Reeditado em 25/08/2014
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