OS PROFESSORES E A SALA DE AULA. ESTÁ TUDO BEM?

Não sei por que insisto em dizer que a educação no Brasil precisa ser levada mais a sério. Os professores vivenciam diversas situações que demonstram que seus alunos não estão ali para se aprimorarem, para sorver avidamente o conhecimento nobremente ofertado pelo mestre.

Como prova dessa verdade, uma das situações em que os professores se veem obrigados a enfrentar diz respeito às inúmeras inovações tecnológicas que acabam ajudando em determinados momentos como recursos pedagógicos, mas na maior parte do tempo, leva-os ao desespero, quando toda essa tecnologia é utilizada pelos seus vários alunos simultaneamente e pior, com o objetivo que não passa nem perto do assunto tratado em sala de aula.

O aluno brasileiro sai de casa todos os dias com destino à escola, no entanto, ele deseja estar com seus poucos amigos para mais um dia de diversão e alegria, jamais dispostos a ouvirem um professor falando, tentando colocar no interior de cada um, um pouco do muito que ele aprendeu, quer nos bancos acadêmicos, quer pela experiência de vida, muitas vezes rica e interessante.

Nosso querido e desinteressado aluno, desculpe-me a generalização, existem as exceções, não pretende se concentrar em conhecimentos matemáticos, humanos ou de linguagem. Logo ele, que nasceu numa geração que consome indiscriminadamente tecnologia, não possui tempo para dedicar à formação acadêmica. Ele é antenado e, precisa estar conectado com todos via redes sociais, consideradas as formas mais modernas de comunicação. Por isso não há espaço para um professor concorrer com os celulares, por exemplo, em sala de aula.

E nesse passo, caminhamos para o descrédito total daquelas informações tão preciosas que são repassadas por nossos professores; seguimos, parece-me, por um caminho sem volta, para um mundo em que as pessoas interagem muito bem pelas redes sociais, mas pouco ou nada têm a dizer quando estão de frente com outros seres, humanos como elas; aumentamos o nosso egoísmo e, consequente, isolamento; aprendemos a fingir uma felicidade estampada para os outros, talvez não em nós; não conseguimos ajudar, nem somos ajudados, pois não damos oportunidade ao outro de estar perto de nós e, os nossos professores continuarão a travar essa árdua batalha, que eu espero, sinceramente, seja vencida, pois do contrário, só temos a perder.

DEUS É BOM!!!

João Carlos Lima Ferreira
Enviado por João Carlos Lima Ferreira em 23/02/2016
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