O Teste do Picolé

Diante da avassaladora corrupção que impera em todo o país, algumas escolas já procuram adotar certos instrumentos com vistas à detecção da desonestidade de alguns de seus alunos. Isto porque, algumas disciplinas, sem justificativas plausíveis, foram abolidas de seus currículos. Nos velhos tempos, havia uma disciplina muito educativa, conhecida como “Educação Moral e Cívica”. Ensinava-nos a sermos cidadãos íntegros, com valores morais e éticos. A corrupção era algo esporádico e não uma epidemia como a de hoje.

Sabíamos que ética consistia em fazer algo correto, pela nossa própria consciência, e não por estarmos sendo observados, como hoje ocorre sob vigilância humana ou câmaras, numa espécie de “Big Brother”.

Assim, vamos ao resultado do “teste do picolé”. Na expectativa de que, na sua própria escola, os alunos fossem íntegros com seus colegas, mestres ou diretores, ali foi colocado um carrinho de picolés, com o respectivo preço numa placa e, ao lado, uma urna para ali ser depositada a cédula ou moedas correspondentes. (R$ 2,00) Ao final do dia, a cada apuração, constatava-se a falta de um razoável percentual para fechar a conta. Sem nenhuma filmagem, nem sequer algum olheiro, o fato é que a comprovação era evidente de que ali havia alunos desonestos. Assim, em cada sala de aula, o professor fazia a sua explanação, fazendo com que o eventual culpado fizesse o seu exame de consciência. Nenhuma punição, por não haver identificação. Mas, o “mea culpa” certamente haveria de sentir a “mão divina” puxando-lhe a orelha.

Que outros testes sejam adotados em outras instituições até que o brasileiro adquira e educação moral de alguns países europeus, onde, em alguns casos, o pagamento e o próprio troco são de responsabilidade do comprador.

Irineu Gomes
Enviado por Irineu Gomes em 13/04/2016
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