CONSIDERAÇÕES ACERCA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

De acordo com os dados do PISA referentes ao ano de 2015, o Brasil continua ocupando as últimas posições no ranking internacional que mede a qualidade da Educação e o desempenho dos estudantes. Eis o legado da “Pátria Educadora” de Dilma Rousseff.

Diante dessa deplorável situação, vozes revoltadas elevam-se em uníssono para dizer que “é preciso investir MAIS em Educação”. Será esse o caso? Não necessariamente. O Brasil, proporcionalmente, é um dos países que mais destinam recursos à área educacional em todo o mundo. Apenas para exemplificar: Cingapura, o país que obteve os melhores resultados na avaliação, investe 3% do PIB em Educação; o Brasil, um dos piores colocados, investe 5,8%. Ou seja, o segredo NÃO É investir mais; o segredo é investir MELHOR. É preciso gerir de modo mais eficiente e aplicar com mais inteligência os recursos destinados à área.

Além disso, é fundamental rever o modelo pedagógico vigente no país. Refiro-me, obviamente, à pedagogia de Paulo Freire, citada como referência por 11 em cada 10 professores do ensino fundamental. Uma pedagogia nauseabunda, eivada de marxismo cultural e “desconstruções” de princípios e valores, na qual predomina uma visão de mundo tacanha que tende a resumir tudo a um conflito rancoroso e exacerbado entre “oprimidos” e “opressores” (uma transmutação da velha “Luta de Classes” dos comunistas). Uma pedagogia que abriu as portas para a indisciplina e a falta de comprometimento em sala de aula. Uma pedagogia que, enfim, possibilitou um cenário que beira o surreal, onde alunos desleixados podem passar de ano mesmo tendo sido reprovados.

Se isso não mudar, mesmo que passemos a investir metade de todo o PIB em “Educação”, os resultados continuarão sendo esdrúxulos e absolutamente medíocres.