Me disponho à contribuir para a educação.

Há algum tempo comecei a lapidar a idéia de ingressar na faculdade de letras, é algo que me surpreende a cada dia, pois não havia espaço no meu eu para sonhos e tampouco para uma carreira profissional.

Voltando hoje do trabalho, em um ônibus cheio de pessoas reclamando, pessoas com suas linguagens chulas e grosseiras, percebi que existe algo ausente na massa populacional, a falta de educação. Mas, é muita falta mesmo.

Eu ando por ruas onde se uma idosa tiver atravessando o sinal, não há uma viva alma que se ofereça para ajudar.

As pessoas vivem menos pelas outras, fazem só o que as convém.

Eu levanto as mãos para o céu por ter tido bons professores/educadores, que me ensinaram a ter conduta, respeito e educação. Detalhe, foram sempre escolas públicas.

Eu, um estudante com uma quarta série fraca, que nunca fui tão bom aluno, aquele que chegou a ficar em dependência em português, agora tem uma diretriz à ser traçada? Sim, quero ser um soldado em meio a esse fogo cruzado, quero ser um educador, quero dar meu sangue para ensinar a quem tem sede de ensino.

É algo mesmo inimaginável, que eu sinceramente me fascino com a simples idéia, as vezes colocar ponto de vista, outras uma situação, como essa, e as vezes fantasiosas, mas tudo em prol do incentivo e de agregar - boas - maneiras dentro de cada pessoa.

Em um país em que o interpretar, tanto escrito, como o verbalizado, é a cada dia mais escasso, onde as pessoas preferem ler jornais sensacionalistas, onde a guerra é formada pela simples razão do motorista do ônibus não parar aonde o passageiro quer, onde pessoas mal informadas distorcem fatos nos quais não procuram nem se informar... Isso tudo se dá pela insípida educação que nós temos.

Quero entrar nessa trincheira e fazer a diferença, usar da imaginação para despertar a criatividade daquela criança que mora em zona de guerra, usar de um poema que relata uma vivência sobre eu ter saído dos vícios das drogas, para dar esperanças aquele rapaz que agora sofre pelo mesmo motivo que eu sofria.

Escrever na minha opinião é muito mais do que críticas, poemas, artigos, estórias... Escrever e dar um pouco de si para quem vai ler, é fazer acontecer, é dar um presente pacífico de grego para um troiano, é dar uma rosa para uma menina romântica, é tirar da zona de conforto o cidadão que vive em sua cama de acomodação, é dar vida para uma criança, isso tudo me desperta para ir avante, para lá depois do horizonte, eu ser um formador de opinião que irá ajudar na educação débil, que irá ajudar a população menos favorecida. Já deu para imaginar o quanto é gratificante?

Eu tenho lidado com pessoas das mais variadas condutas em toda minha vida, as quais venho observando que muitas não tem tido chances, não tem tido incentivos, pessoas talentosas que se perdem em um labirinto de dúvidas e que na maioria das vezes não chegam nem a fase adulta.

Nossa educação tem sido estuprada por grandes influências lá do alto escalão, engravatados de incongruência desfalecidas, os mesmos que o povo sem discernimento colocam no poder.

Por essas e outras que sigo em frente ao meu sonho que é fazer os sonhos das pessoas serem realizados. Vou ser um profissional que usará de toda arma literária para instruir e ensinar, que usará a forma criativa para educar.

Felippe Lacerda
Enviado por Felippe Lacerda em 25/09/2017
Reeditado em 25/09/2017
Código do texto: T6124140
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