O cheiro do livro

Um feriado prolongado acaba sendo uma oportunidade para a realização de experiências singulares, como a leitura. Em meio à natureza, o prazer de ler um bom livro se torna ainda mais intenso.

De certa forma, o feriado é, particularmente, interessante no campo, longe da civilização e de suas conexões tecnológicas. Assim, um conjunto de datas em cor vermelha oferece ao cidadão razoável período para a evasão do trabalho, dos estudos formais. Portanto, para muitos, a felicidade e o sentido da vida se localizam no campo com um bom livro.

De fato, livros impressos parecem ter existências próprias, pois pairam, caprichosamente, sobre o leitor, suas alegrias e angústias.

Daí, pensa-se até que os livros adivinham pensamentos. Mas não os disseminados pela modernidade: e-books, sem papel e sem alma. Logo, os livros eletrônicos podem até ser mais corretos dos pontos de vista ecológico e político. Mas menos deliciosos que o livro envelhecido.

Desse prisma, entende-se que o livro tradicional repousa inerte em uma estante e não consegue conter os risos diante das pretensões de seu congênere eletrônico, sem sucumbir.

Ranon Machado e Dulcinéia Oliveira de Paula Machado
Enviado por Ranon Machado em 20/02/2018
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