HAMLET E O FILHO DO PADEIRO

BREVE RESUMO SOBRE A HISTÓRIA DA DRAMATURGIA - HAMLET E O FILHO DO PADEIRO - AUGUSTO BOAL

= NA GRÉCIA: DA ORDEM PARA DESORDEM: depois da colheita, vinha a comemorações que se contradiziam com a disciplina do trabalho, essa liberdade tinha que ser controlada.

= O POEMA E A COREOGRAFIA: A premeditada ordem, o fim da liberdade por algo mais solene.

= O ESPETÁCULO: passou a ser todos dançando a mesma dança, cantando o mesmo canto religioso.

= O PROTAGONISTA: Thespis, era ator e poeta, e um dia veio ver seu espetáculo, o grande Sólon, legislador que acabava de revogar o código draconiano, perdoando tudo, menos a injustiça no distribuição de terras,. Sólon sentou-se na primeira fila, já havia LUGAR PARA AS AUTORIDADES, Thespis estava bem comportado, mas no meio do poema, começo a dizer o que lhe veio a cabeça, o que no começo parecia discurso sem disciplina, tornou-se um discurso perigoso. depois do espetáculo Sólon foi visitar os artistas para dar parabéns, e perguntou a Thespis se ele não tinha vergonha de mentir, ele percebeu que não estava mentido estava dizendo a verdade sem perceber, havia criado o PROTAGONISTA, logo depois ao olhar direto nos olhos de Sólon, Thespis disse que não tinha vergonha, porque não havia mentido, porque ele não representava a realidade e sim um jogo.

= REPRESENTAÇÃO: Thespis usou a palavra jogo para referir-se ao ato de representar, atuar, representação da realidade.

= IMPROVISAR: Thespis havia mudado o que o coro cantava, o que havia sido previamente escrito, A PLATEIA, havia adorado, e Thespis não queria voltar a ser um COADJUVANTE.

= O FIGURINO E A MÁSCARA: Thespis queria continuar nessa de protagonista, e todos por não saber o que viria depois e por medo ou por não saber o que pode ou não pode, fez com que Thespis tivesse a idéia de mascarar, caracterizado assim Thespis deixar de ser e passava a ser outro, ator e personagem transformavam-se em homem e máscara.

= A ARTE DO HIPOCRITA: ser sem ser, na arte do ator existiam dois: o ator escondido atrás da máscara e a mascara.

= O PRODUTOR: Na época os Mecenas financiavam peças, Thespis ao expor seu novo modelo de atuação, acabou por estes controladores censurar, a ponto de não financiar o espetáculo sem o conhecimento prévio do que seria exposto.

= DIÁLOGO: fingir ser quem não era, e ser o que fingia ser, estava indo longe demais, o coro continuava uniforme, mas com a invenção do diálogo, idéias podiam se contrapor. Diálogo cria descontinuidade entre pensamentos, entre opiniões.

= PERIPÉCIA foi o termo usado para referirem-se as reviravoltas acontecidas no espetáculo, que viria depois do gozo, para finalmente o sofrimento. A TRAGÉDIA: intima empatia do protagonista com o publico, imitação de uma ação, gerava essa dualidade de pensamento, o publico se daria a chance de fazer diferente neste jogo encenado assim como na vida real.

Boal, Augusto. Hamlet e o filho do padeiro. Rio de Janeiro: Record, 2000.

Silvestre Cantalice
Enviado por Silvestre Cantalice em 17/07/2018
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