Ensinando a amar!

Não é novidade que as crianças possuem maior facilidade em aprender e isto possui uma explicação bem lógica: elas são possuidoras de mentes sãs e puras e não precisam dar “satisfação” de seus atos, como acontece com os adultos. Isto pode ser observado quando crianças de etnias diferentes brincam juntas, quando crianças pobres ou abastadas de recursos financeiros, ainda que não o saibam, são amigas e assim poderíamos falar de inúmeras “diferenças” tais como as religiosas, culturais e intelectuais.

Uma criança só aprende a brigar com a outra, quando valores do mundo adulto são introduzidos em sua mente. Aí então ela começa a separar os “seus” brinquedos e a gostar ou não deste ou daquele amiguinho, ou seja, ela não nasceu com este aprendizado, ele lhe foi ensinado no cotidiano. O bom é que, da mesma forma que ela aprendeu a “brigar”, a “não gostar” ou “desprezar”, ela pode aprender a amar, mesmo porque o amor chega com maior naturalidade ao coração, o que não acontece com sentimentos opostos.

A criança que for conduzida a amar de maneira incondicional, respeitar as diferenças, conhecer, conviver, aceitar os limites e ajudar a outra será um adolescente que terá como valores a aceitação, a confiança, a segurança, a resiliência e o saber ouvir, levando-o a não lançar mão do cyberbullying. E estas fases seguem em cadeia, pois aquele adolescente que teve um acompanhamento e condução será um adulto seguro e confiante, resiliente, empático, capaz de conviver e respeitar as diferenças encontradas.

Ao ser responsável pela educação da criança/adolescente entende-se que cabe ao adulto a responsabilidade de ensiná-los a amar, eximindo-se dessa responsabilidade somente quando atingirem a vida adulta. Para tanto, faz-se necessário ter em mente o conceito de educação (educar a ação) e saber que ele envolve a manutenção, perpetuação, acompanhamento, transformação e evolução da sociedade a partir da instrução ou condução de conhecimentos, passando de geração a geração, dos modos culturais de ser, estar e agir necessários à convivência e ao ajustamento de um membro no seu grupo ou sociedade.

Percebe-se assim que o adolescente que sente-se amado, principalmente por seus familiares, nunca necessitará praticar o cyberbullying. Isto porque o amor recebido da família foi um canal condutor de segurança e facilitador da comunicação na solução dos problemas. Por isso os pais devem ensinar os filhos a amar as pessoas, respeitar e aceitar as diferenças, mesmo porque todos somos diferentes, mas iguais nas nossas necessidades.

Como assim, diferentes, mas iguais? Sim, somos diferentes na etnia, na estatura, na cultura, mas ao mesmo tempo somos iguais: precisamos respirar, ter alguém ao lado, estudar, alimentar, dormir, ter um lar e várias outras necessidades que são comuns e necessárias a todos nós.

Portanto precisamos entender e ensinar que as diferenças existentes, não são capazes de nos fazer desiguais.

Sônia Araújo – Ms. em Educação

O respeitar faz bem!

Sôniainformação
Enviado por Sôniainformação em 23/10/2018
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