Uma possível evidência sobre a natureza pseudocientífica do sistema tradicional de ensino

Era uma vez, dois países, Finlândia e Coreia do Sul, que têm produzido algumas das maiores pontuações no PISA, que é um exame internacional da educação, desde que começou a ser aplicado. Porém, com sistemas educacionais bem diferentes, porque enquanto no primeiro país os estudantes têm muito mais autonomia e, portanto, menor pressão para estudar e tirar notas altas, no segundo, que adota um sistema mais tradicional de ensino, o exato oposto acontece, em que os estudantes são muito pressionados em termos (superficialmente) acadêmicos.

Então, como explicar que, mesmo com sistemas tão diferentes, estudantes finlandeses têm conseguido tirar notas tão boas quanto às dos sul coreanos??

Primeiro e, o mais importante, temos a questão genética* (sim, me perdoem os crentes na tábula rasa que estão de plantão), em que ambas as populações parece que apresentam variações parecidas de potencial cognitivo.

* Acumulando evidências científicas sobre o papel da genética nas nossas capacidades intelectuais.

Segundo que, o sistema educacional sul coreano é baseado em crenças ultrapassadas e/ou pseudocientíficas sobre a inteligência humana e, por isso, impõe ao seu corpo discente essas práticas de tortura psicológica e cognitiva, porque acredita que a memorização compulsória é o componente mais importante para o aprendizado. Pois se isso fosse verdade, então, estudantes finlandeses deveriam estar se saindo muito mal... Mas não...

Essa parece ser uma boa evidência de que o velho método de memorização compulsória que, inclusive, também é dominante no Brasil, não é melhor ou mais eficiente do que métodos heterodoxos à norma do sistema tradicional, como o que foi adotado na Finlândia. Aliás, não apenas de não ser melhor, mas até de ser inútil, se crianças e adolescentes finlandeses não precisam quebrar a cabeça nos "estudos" (memorização) para obter ótimos resultados em exames comparativos, como o PISA.