RESUMO HISTÓRICO DO IFPB CAMPUS SOUSA

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Sousa tem origem a partir da criação do Curso de Magistério e Extensão de Economia Rural Doméstica, em Sousa-PB, pela Portaria n.° 552, de 4 de junho de 1955, publicada no DOU de 12 de julho de 1955, do Ministério de Estado dos Negócios da Agricultura, com base no Decreto-Lei n.° 9.613, de 20 de agosto de 1946 (Lei Orgânica do Ensino Agrícola), publicado no DOU de 23 de agosto de 1946, e tendo em vista o disposto no Processo SEAV-.062-55, sob a denominação de Colégio de Economia Doméstica Rural de Sousa, com o objetivo de formar professores para o magistério.

Esta conquista a cidade de Sousa deve ao seu ilustre filho, Dr. Carlos Pires de Sá (25.05.1921 - 19.05.2016), Engenheiro lotado no Ministério da Agricultura.

No dia 9 de agosto de 1955, ocorreu o início efetivo do curso, data que celebra a inauguração oficial da instituição, em solenidade que contou com a presença das autoridades locais, da Dona Aracy Bezerra Duarte, representando a Superintendência do Ensino Agrícola e Veterinário, órgão do Ministério da Agricultura, e a professora alagoana Albani Barros de Aguiar (1926 - ?), sua primeira Diretora-Geral, que ficou no cargo até o ano de 1957.

De 1958 a 1963, a Escola Doméstica foi administrada pela professora sousense, Benigna de Araújo Pires (1917 - 18.06.1987).

Através do Decreto n.° 52.666, de 11 de outubro de 1963 (Aprova o Regimento da Superintendência do Ensino Agrícola e Veterinário, do Ministério da Agricultura), publicado no DOU de 25 de outubro de 1963, o estabelecimento passou a ministrar o Curso Técnico em Economia Doméstica a nível de 2° grau (Ensino Médio).

No período de 09/08/1955 a 01/11/1964, os cursos de Magistério e Extensão em Economia Rural Doméstica funcionaram no Centro de Formação e Treinamento de Professores, através de convênio celebrado entre a Prefeitura de Sousa e o Governo do Estado.

O Dr. Tomaz Pires dos Santos (29.09.1903 - 07.11.1966), terceiro Diretor-Geral, ocupou o cargo de 1963 a 1966.

A não renovação do convênio entre a prefeitura e o governo do estado levou a Escola a enfrentar grandes dificuldades. Sem uma sede própria, passou a funcionar em salas cedidas pelo Colégio Comercial, esteve na rua Cônego José Viana, prédio onde funcionou a delegacia de polícia, sendo depois transferida para casas residenciais do professor João Romão Dantas, na rua Basílio silva, local onde se instalou até conseguir a sua sede privativa.

O professor João Romão Dantas (1918 - 1998) foi o seu quarto diretor e exerceu a função de 1966 a 1980. Escolheu como meta principal conseguir um terreno para instalar definitivamente a escola Doméstica de Sousa. Esse intento foi possível em 1969, quando o ilustre sousense, Dr. José Antonio Sarmento Júnior, conhecido por Dr. Zezé, fez a cessão de uma área de 16.740 m2 no bairro Jardim Sorrilândia III. Esta ação do Dr. Zezé encerrou as ameaças de fechamento deste patrimônio cultural de nossa cidade.

Em 1970, o Colégio mudou-se definitivamente para sua sede própria, às margens da BR-230.

Em 1971, com a aprovação da nova LDB, Lei nº 5.692/1971, que deu grande ênfase à profissionalização dentro do 2º grau, uma nova habilitação é implantada, a de “Técnico em Economia Doméstica”.

Em 1975, o governo federal cria a Coordenação Nacional do Ensino Agropecuário – COAGRI, com o objetivo de prestar assistência técnica e financeira aos estabelecimentos especializados no ensino agrícola.

No dia 13 de dezembro de 1978 o curso Técnico em Economia Doméstica teve o seu primeiro regimento interno aprovado.

Particularmente, o Colégio de Economia Doméstica Rural de Sousa sofre grandes transformações.

Por força do Decreto n.º 83.935, de 4 de setembro de 1979, publicado no DOU de 05/09/1979, a instituição teve sua denominação alterada para Escola Agrotécnica Federal de Sousa. A Escola teve declarada a sua regularidade de estudos pela Portaria n.° 85, de 7 de outubro de 1980, da Secretaria de Ensino de 1° e 2° Graus do Ministério da Educação e do Desporto, publicada no D.O.U de 10 de outubro de 1980.

Em 1980, assume a Direção da Escola Agrotécnica a professora Rosena Alves Pires. A sua administração vai até o ano de 1984.

Através da Portaria COAGRI n.° 46, de 24 de novembro de 1982, foi implantada na escola a habilitação em Agricultura com ênfase na irrigação. A Portaria n.° 170, de 15 de março de 1985, substituiu a habilitação de Técnico em Agricultura por Técnico em Agropecuá¬ria.

O Professor Eliel Nunes Rodrigues dirigiu a EAFS no período de 1984 a 1990.

A implantação dessas novas habilitações exigiu da Escola um novo terreno, e este foi conseguido junto ao DNOCS, através de comodato. De início, uma pequena área localizada próximo ao conjunto mutirão.

Em 1985, a EAFS firmou contrato de cessão de uso com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas de uma área de 128 ha, para a construção da nova Escola Fazenda no Perímetro Irrigado de São Gonçalo.

De 1990 a 1994, dirigiu a instituição o professor Paulo César Dantas de Abrantes. Nesta época, a escola implanta o sistema de internato, o que facilitou a vida dos estudantes oriundos de cidades distantes de Sousa.

Com base na Lei n.º 8.731, de 16 de novembro de 1993, a EAFS foi transformada em autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação e do Desporto, nos termos do Decreto nº 2.147, de 14 de fevereiro de 1997, através da Secretaria de Educação Média e Tecnológica.

Em 1994, o professor Francisco Cicupira de Andrade Filho assume a direção da instituição, função que ocupa até o ano de 2002.

Em agosto de 1995, a EAFS completa 40 anos de existência com uma destacada promoção cultural. Na oportunidade, o professor João Romão Dantas (1918-1998) lançou o livro "Os Quarenta Anos da Escola Agrotécnica Federal de Sousa", que resgata a história da instituição.

A instituição implantou em 1997 o primeiro sistema de provedoria de acesso à internet do sertão paraibano, em parceria com a empresa de tecnologia Openline. Os provedores no Centro de Informática distribuíam acesso discado à rede mundial de computadores à região da grande Sousa.

Em 2001, a EAFS cria o curso Técnico em Agroindústria integrado ao Ensino Médio, para substituir o curso Técnico em Economia Doméstica. A aula inaugural ocorreu no dia dia 31 de agosto, ministrada pela experiente Dra. Kênia Quirino, consultora de incubadora de empresas do Sistema FIEP. A primeira turma teve início no ano de 2002.

Em 2002, a EAFS passa a ser administrada pelo Professor Francisco Tomaz de Oliveira. Dentre suas ações, ressalta-se a consecução do Programa de Expansão do Ensino Profissional(PROEP), Protocolo de intenções com prefeituras adjacentes, ampliação da rede de parcerias, continuidade do Programa de Capacitação de Técnicos e Docentes, aprovação de projetos junto à SETEC, otimizando as instalações dos laboratórios, melhoria da infra-estrutura, aquisição de transportes, convênios com órgãos do Governo Federal como o INCRA/PRONERA.

No dia 9 de agosto de 2005, uma programação festival na sede da instituição em Sousa, comemorou os 50 anos de fundação da Escola Agrotécnica Federal de Sousa.

A partir do ano de 2006, o Professor Francisco Cicupira de Andrade Filho reassume a direção das EAFS para mais dois mandatos eletivos consecutivos (2006-2014).

Em 2008, a EAFS implanta o curso Técnico em Informática, na modalidade subsequente. Neste mesmo ano, o MEC autoriza o funcionamento do curso de Tecnologia em Agroecologia (Portaria MEC Nº 523, de 11/12/2008, publicada no DOU de 12/12/2008).

No dia 31 de dezembro de 2008, através da Lei nº 11.892, a EAFS se uniu ao Centro Federal de Educação Tecnológica da Paraíba (CEFET-PB), tornando-se uma nova instituição de ensino de nível técnico e superior, denominada de Instituto Federal de Educação Tecnológica da Paraíba, formada por diversos Campus na Paraíba, dentre os quais o IFPB Campus Sousa.

A RESOLUÇÃO N° 11, de 5 junho de 2009, autoriza o funcionamento do Técnico em Agroindústria integrado com o Ensino Médio, na Modalidade Educação de Jovens e Adultos (PROEJA). Todavia, a primeira turma do curso teve início no ano de 2007, quando contou com alunos na faixa etária de 18 a 75 anos, ainda no período da Escola Agrotécnica Federal de Sousa.

Em 2009, o MEC autoriza a instalação do curso de Tecnologia em Alimentos (Resolução Consuper IFPB nº 14, de 05/06/2009), de Licenciatura em Química (Resolução Consuper IFPB nº 15, de 05/06/2009) e de Bacharelado em Medicina Veterinária (Resolução Consuper IFPB nº 21, de 03/08/2009).

A RESOLUÇÃO CONSUPER/IFPB N° 62, de 30 novembro de 2009, autoriza o funcionamento do Curso Técnico em

Agropecuária Subsequente ao Ensino Médio.

No ano 2010 é implantado o curso Técnico em Meio Ambiente ( Resolução CONSUPER/IFPB nº 76/2010, de 17/09/2010).

Em 13 de dezembro de 2010, ocorre a inauguração oficial do ginásio de esportes da unidade do IFPB de São Gonçalo.

Em 2011, o Campus implanta o Curso Técnico Integrado em Informática (RESOLUÇÃO CONSUPER/IFPB N° 062, de 19 de agosto de 2011).

Em 2012, a RESOLUÇÃO CONSUPER/IFPB N° 160, de 1º de outubro de 2012, autoriza o funcionamento do Curso Superior de Licenciatura em Educação Física.

Em 2014, o professor Eliezer da Cunha Siqueira é eleito de forma direta pela comunidade acadêmica para um mandato de quatro anos. Neste ano entra em funcionamento o hospital veterinário do Campus.

No ano de 2015, o Campus inaugura o bloco acadêmico de Agroecologia.

No ano de 2018, o Professor Francisco Cicupira de Andrade Filho retorna ao cargo máximo da instituição até o ano de 2022, quando fora sucedido pelo professor Francisco Roserlândio Botão Nogueira.

Através da Resolução Consuper/IFPB N° 02, de 23 janeiro de 2019, é criado o curso de especialização em Medicina Veterinária.

O IFPB Campus Sousa dispõe de três unidades, quais sejam: Unidade Sede, em Sousa; Unidade Campo, em São Gonçalo; e o Centro Vocacional Tecnológico (CVT) Salomão Gadelha em Sousa, que se encontra cedido para a Universidade Estadual da Paraíba.

Atualmente, o Campus Sousa oferta os Cursos Técnicos de Agropecuária, Meio Ambiente, Agroindústria, Proeja Agroindústria e Informática, e os cursos superiores de Tecnologia em Agroecologia, Tecnologia em Alimentos, Medicina Veterinária, Educação Física, Licenciatura em Química e Licenciatura em Letras, além de Especialização em Medicina Veterinária, cuja área dispõe de um moderno Hospital Veterinário, em funcionamento na Unidade de São Gonçalo.

Durante décadas, a partir de uma notável infraestrutura física e técnica e um corpo de pessoal qualificado, o IFPB vem contribuindo para o desenvolvimento de Sousa e região, qualificando pessoas para o mundo do trabalho, prestando serviços indispensáveis ao fortalecimento da educação, cultura, tecnologia e economia regionais.

Exerceram a direção da Instituição ao longo dos anos os professores: Albanir Barros de Aguiar (1955-1957), Benigna de Araujo Pires (1958-1963), Tomaz Pires dos Santos (1963-1966), João Romão Dantas (1966-1980), Rosena Alves Pires (1980-1984), Eliel Nunes Rodrigues (1984-1990), Paulo Cesar Dantas de Abrantes (1990-1994), Francisco Cicupira de A. Filho (1994-2002), Francisco Tomaz de Oliveira (2002-2006), Francisco Cicupira de A. Filho (2006-2014), Eliezer da Cunha Siqueira (2014-2018), Francisco Cicupira de A. Filho (2018-2022) e Francisco Roserlândio Botão Nogueira (2022-2026).

Josemar Alves soares

Josemar Alves Soares e Francisco Cicupira de Andrade Filho
Enviado por Josemar Alves Soares em 19/11/2023
Reeditado em 22/03/2024
Código do texto: T7935420
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