DUNGA NÃO ACEITA PRESSÃO POR NEYMAR

Que Neymar merece a seleção brasileira, não há a menor dúvida. Mas não será na base da pressão que Dunga vai convocá-lo. Domingo passado, Robinho foi traído pela emoção e deixou escapar uma declaração qeu certamente desagradou o seu chefe. Ainda ofegante, na saída de campo, falou ao repórter Fernando Fernandes da Band: “Tem que levar o Neymar, ele joga demais”.

Nenhum técnico gosta disso. Felipão sofreu em 2002 para levar Romário, mas segurou até o fim. Sorte que ele tinha Ronaldo e Rivaldo.

É preciso considerar, em primeiro lugar, a responsabilidade e as convicções de quem está no comando. Uma coisa é a mídia falar, pedir esse ou aquele jogador. Outra coisa é o técnico contrariar o seu próprio planejamento para atender ao clamor popular.

Outro dia ouvi uma entrevista sobre os bastidores da Copa de 94. Alguém, num momento mais descontraído, perguntou ao técnico Parreira: “Professor, não tá vendo como esse menino (Ronaldo) arrebenta nos treinos?”

Parreira teria respondido: “Ele é muito novo e pode esperar. Se eu o coloco no time, vai ser um problema pra tirar Bebeto ou Romário”.

No caso atual, Dunga parece não ter essa dificuldade. Muito pelo contrário: estamos carentes de talentos.

Fazer o que se Dunga prefere Julio Baptista, Josué, Elano ou Kleberson?

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Marcondes Brito
Enviado por Marcondes Brito em 21/04/2010
Reeditado em 21/04/2010
Código do texto: T2210108