ESPANHA CAMPEÃ DO MUNDO

Tentei torcer pela Holanda, mas foi inútil. Final de Copa do Mundo sem o Brasil é como ir numa festa estranha, sem conhecer ninguém. Todos nós pudemos constatar a vitória dessa nova geração espanhola, que começou a encantar o mundo a partir da Eurocopa 2008. Fundamentalmente, foi a vitória do bom futebol, de um grupo de craques como Iniesta, Villa, Xavi e Casillas. Nada a ver com o polvo alemão, nada a ver com a sorte.

A boa fase da Espanha nos remete para a necessidade de o Brasil voltar a formar uma nova safra de craques. Concordo com Ricardo Teixeira: é hora de renovar. Mas concordo só em parte. Uma nova geração não se forma por decreto ou por imposição.

Na verdade, o trabalho de renovação nem é da CBF, e sim dos clubes. O trabalho que o Santos fez, por exemplo, para revelar talentos como Neymar e PH Ganso precisa não apenas ser seguido, mas sobretudo incentivado.

O novo técnico do Brasil – seja ele quem for – vai precisar enxergar bem o valor de cada uma das promessas que surgirem nos próximos anos. Mas vai, ainda, precisar contar com muita gente da Era Dunga. Não há como fugir disso, pelo menos por enquanto.

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