Dunga não acha graça no futebol alegre de Neymar e Ganso

Imagine a cena: Dunga em casa, no seu repouso forçado pós-Copa, tentando convencer os filhos Bruno e Gabriela a não ver a estréia da nova seleção brasileira. A mulher, Vanda, certamente estava do seu lado, solidária. “Nada de seleção aqui!”.

Mas o fiel escudeiro Jorginho telefona pra dizer que Neymar acabara de fazer o primeiro gol do Brasil. “Não quero saber disso, não, tche!”, resmungaria o sempre mau-humorado Dunga.

Em campo, Neymar, Ganso & Cia davam um baile na boa equipe norte-americana, a mesma que disputou e fez ótima campanha na Copa da África do Sul. Por incrível que pareça, o único ponto destoante era na lateral-direita, onde o incontestável Daniel Alves errava passes e não acertava um cruzamento. Robinho, com a braçadeira de capitão, atuava como no Santos, organizando o jogo e iniciando as ações ofensivas. Ramirez parecia um veterano. Pato era o centroavante rápido que poderia ser uma alternativa para o lugar de Luiz Fabiano na “era Dunga” – algo muito mais apropriado do que Grafitte, por exemplo.

O Brasil, enfim, reencontrou a alegria de jogar. A melhor definição para Brasil 2 x 0 EUA está na exclamação do narrador da ESPN2, que transmitiu o jogo para os norte-americanos: “É impressionante como eles estão se divertindo. Parece que estão jogando no quintal de casa”, comentou o extasiado locutor.

Dunga, ao contrário, não deve ter achado a menor graça.

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Marcondes Brito
Enviado por Marcondes Brito em 11/08/2010
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