A briga de Felipe Melo com comentaristas da Band e da Globo

Felipe Melo, escolhido como bode expiatório da Copa da África do Sul, veio passar o Natal e, numa entrevista à Globo, falou dos seus planos e revelou suas mágoas. Sem citar nomes, concentrou todo o rancor nos  comentaristas Neto, da Band, e Caio Ribeiro, da Globo.

“O que me deixa chateado não são os jornalistas. São os ex-jogadores de futebol que não chegam nem na minha canela, na verdade. Falam muito… Melhor nem falar o nome para não dar moral. Um é uma eterna promessa no futebol, o outro é famoso por agredir juiz. Eles não chegam nem na minha canela e querem falar alguma coisa. Tem que me superar antes. Minha chateação é com ex-jogadores que quando jogavam não fizeram metade do que eu fiz. Falaram tanto que me colocaram como vilão, me colocando contra o Brasil” – afirmou.

Comentário meu – Felipe Melo não foi o único culpado pelo fracasso do Brasil. Da mesma forma, Neto e Caio Ribeiro não foram os únicos da mídia que  exageraram nas críticas ao truculento volante, que apenas exibiu na África um jeito Dunga de jogar futebol. Conclui-se que o bode expiatório Felipe Melo está buscando em Neto e Caio Ribeiro os bodes expiatórios para a queimação do seu filme. A escolha do bode expiatório é o ato irracional de determinar que uma ou mais pessoas sejam responsáveis por um problema, um desastre qualquer. Na seleção brasileira, muitos já passaram por isso, a começar pelo goleiro Barbosa (1950), passando por Dunga (1990), Cerezo (1982), Zico (1986), Roberto Carlos (2006). É sempre assim quando o Brasil perde. Outros estão sendo preparados para assumir o mesmo papel no futuro. Qualquer um pode ser a bola da vez. Exceto, talvez, Ricardo Teixeira. Esse nunca tem culpa de nada.

Marcondes Brito
Enviado por Marcondes Brito em 27/12/2010
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