Quem é mais traidor, Ronaldo ou Ronaldinho?

“É muita emoção, o Flamengo é o maior do Brasil. Agora sou Mengão”.

Esta, entre outras tantas declarações de amor de Ronaldinho ao se apresentar ao clube provocam ainda mais a ira dos torcedores do Grêmio. No Sul, há um movimento para que ele deixe de usar o “sobrenome” de Gaúcho, porque, a partir de agora, é considerado um traidor imperdoável.

Quando foi embora do Grêmio para o PSG da França, em 2001, praticamente de graça, a revolta também foi grande. Só que agora havia uma chance concreta de reabilitação, mas Ronaldinho, de repente, virou “Mengo deste criancinha”.

Há também o caso o Ronaldo Fenômeno, que, ao voltar para o Brasil, foi acolhido na Gávea para iniciar a recuperação física. Tudo indicava que ele seria jogador do Flamengo, sua grande paixão. Foi então que apareceu o Corinthians em sua vida. Ronaldo logo juntou-se ao “bando de loucos”, mas pouco tempo depois  foi capaz de dar uma das declarações mais polêmicas de todos os termpos:

“Este ano é um ano muito feliz para mim, porque ganhei dois títulos com o Corinthians [Campeonato Paulista e Copa do Brasil] e mais dois como torcedor, pelo Flamengo [Campeonato Carioca e Brasileirão]“, disse o Fenômeno, no finzinho de 2009.

Se estava querendo agradar a todos, conseguiu exatamente o contrário. Nem corintianos, nem flamenguistas engoliram aquilo.

Pra falar a verdade, não vejo R-9 e R-10 como traidores. Procuro enxergar pelo lado profissional. O sujeito tem uma carreira curta e, apesar de toda paixão que envolve o futebol, o profissional tem todo o direito de escolher aonde trabalhar.

Mas, para concluir, cabe aqui uma frase marcante do empresário Leo Rabello (o agente que tem a carteirinha número 1 da Fifa). Aspas para ele: “O futebol que o público vê é uma grande mentira. O jogador de futebol vê dinheiro. Esse carinho, esse amor não existem, é folclórico”.