Rogério Ceni esconde patrocínio no centésimo gol

Nos principais jornais do País, Rogério Ceni aparece comemorando o 100º gol com uma camisa preta, sem a logomarca do banco BMG.

Li na coluna Painel, da Folha de S. Paulo deste domingo, que o São Paulo faturou mais que o Corinthians em 2010. A arrecadação tricolor, segundo o jornal, foi de R$ 213,3 milhões, pouco acima dos R$ 212,6 milhões do rival. São números que precisam ser confirmados, bem checados, porque, invariavelmente, os clubes não são tão transparentes assim na divulgação de seus balanços econômicos. No caso do São Paulo, o BMG é o patrocinador máster e tudo que ele busca é visibilidade. Nada mais que isto.

Ocorre que Rogério Ceni, após a fantástica cobrança de falta no clássico de ontem, teve uma reação foi instantânea e imediata: tirou a camisa e exibiu um uniforme limpinho, sem a marca de nenhum anúncio. Fotógrafos do mundo inteiro esperavam aquele momento. Seria o momento ideal para dar retorno aos anunciantes do clube.

Foi de propósito? Se foi, mereceu o cartão amarelo. É uma ordem da Fifa exatamente para proteger os patrocinadores pelos quatro cantos do mundo. O que a diretoria do São Paulo achou desse gesto?

Haveremos de concordar que está ocorrendo um certo exagero por parte dos clubes, quase sem exceções. As camisas parecem mais um abadá – aquela mortalha dos famigerados carnavais fora de época.

Não tenham dúvida que, na manhã desta 2ª feira, este foi o assunto no cafezinho entre os diretores do BMG, que gastam uma fortuna para patrocinar o São Paulo.

Marcondes Brito
Enviado por Marcondes Brito em 29/03/2011
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