UBIRATAN, O NOSSO LENDÁRIO PIVÔ!

Num tempo em que não havia patrocínios e nem interesse da grande mídia - sequer se cogitava, o basquete de Jacareí se destacava nas competições estaduais e revelava grandes nomes. Dentre eles um que, com sua garra, dedicação, humildade e espírito de equipe sobressaiu-se dos demais.
Ubiratan Pereira Maciel nasceu em São Paulo/SP, no dia 18/01/1944 e faleceu em Brasília/DF, no dia 17/07/2002, foi um dos grandes jogadores de basquete de sua geração (1960/1981).
Jacareí/SP, já foi referência no Basquetebol nos áureos tempos do Trianon Clube, época em que seu time de basquete era considerado imbatível.
E o menino talentoso cresceu tanto que o Trianon Clube, de Jacareí/SP, tornou-se pequeno para suas pretensões. Foi quando o Tênis Clube, de São José dos Campos/SP, o contratou.
Era final da década de 1970, início da década de 1980 e ele, menino de ouro do basquete vale-paraibano, cresceu mais um tanto e tornou-se conhecido a nível estadual.
Tempos difíceis onde, praticamente, só os jornais e uma ou outra rádio AM ousavam divulgar outro esporte que não fosse o popular futebol.
Times em que jogou: Clube Floresta, atual Clube Espéria/SP, onde iniciou; Corinthians /SP; Trianon Clube; de Jacareí/SP; Sírio/SP; Palmeiras/SP e Tênis Clube, de São José dos Campos/SP, onde encerrou sua carreira.
Foi o primeiro jogador brasileiro de basquete a ser vendido para o exterior, indo, em 1970, atuar no time Sprungen, de Veneza (ITA).
Pelos seis times que atuou em São Paulo – sempre como pivô, foi onze vezes campeão paulista e cinco vezes campeão nacional (a denominação “campeão brasileiro” viria muito tempo depois).
Ubiratan, o querido e eterno Bira, como era carinhosamente conhecido, coroou sua trajetória vitoriosa sendo convocado para ser titular da Seleção Brasileira.

Foram anos de sucesso e inúmeros títulos conquistados:
Foi Campeão Mundial em 1963, no Brasil.
Medalha de Prata no Mundial de 1970, na Iugoslávia.
Duas Medalhas de Bronze nos Mundiais de 1967, no Uruguai e 1970, nas Filipinas.
Medalha de Bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio (1964).
Medalha de Prata no Pan-Americano de São Paulo (1963).
Medalha de Bronze nos Pan-Americanos do México (1975) e de San Juan (1979).
Somam-se ainda, cinco títulos Sul-Americanos.

Seu nome está escrito na história do basquetebol do Vale do Paraíba/SP, em dois momentos marcantes: Jogando pelo Trianon Clube, de Jacareí, conquistou dois vice-campeonatos paulistas (1972 e 1973) e um vice-campeonato brasileiro, em 1973.
Jogando pelo Tênis Clube, de São José dos Campos, foi bi-campeão estadual (1980/1981), campeão brasileiro e vice-campeão sul americano em 1982.
Em 1982, Ubiratan encerrou sua fantástica carreira, despedindo-se das quadras, como jogador, pelo Tênis Clube de São José.
Em 1985, voltou para Jacareí, convidado para dirigir o Trianon Clube como técnico.
Em 1991, retorna a São José para ser técnico do Tênis Clube, onde se despede do basquete.
Em 2002, em fevereiro, transferiu-se para Brasília/DF para trabalhar como professor de Educação Física. Neste mesmo ano, sofreu uma parada cardíaca e em coma, faleceu dia 17 de julho. Foi sepultado em São José dos Campos/SP.
Dentre as homenagens recebidas constam: Ginásio Poliesportivo “Ubiratan Pereira Maciel”, em São José dos Campos/SP; Centro Comunitário da Vila Zezé, em Jacareí/SP e também leva seu nome uma Rua na Capital paulista.
Homenagens internacionais: Até então, foi o único brasileiro indicado pela FIBA – Federação Internacional de Basquete para integrar o Hall da Fama, por três vezes consecutivas: 1996, 1997 e 1998 e em agosto de 2009 foi eleito e teve seu nome gravado. No ano seguinte, em abril de 2010, teve também seu nome gravado no Hall da Fama do Basquete de Massachusets (EUA).
Ubiratan Pereira Maciel, uma lenda. O maior pivô da história do basquete brasileiro.