MUSCULAÇÃO NA TERCEIRA IDADE: A importância de manter os músculos e a mente saudáveis

MUSCULAÇÃO NA TERCEIRA IDADE

A Importância de manter os músculos e a mente saudáveis

FARIAS, Thierry Alecksander dos Santos

OLIVEIRA, Roque Santos de

RESUMO

Com a chegada da terceira idade, o corpo humano perde massa muscular e, perde também massa óssea pela diminuição dos níveis de cálcio. A perda de massa óssea pode acarretar fraturas que provocam debilitação em pessoas idosas, podendo levar a uma vida limitada. Esta diminuição de massa óssea afeta bem mais as mulheres por conta da pós-menopausa e da falta de estrógeno. No entanto, manter o corpo e a mente saudáveis na terceira idade é possível, com o auxílio de exercícios físicos e com interação social. A partir dessas constatações será mostrada aqui a crescente conscientização da pessoa idosa com relação à necessidade de praticar exercícios físicos e de se preocupar com o lado emocional. É relatada a preocupação de entes públicos em promover ações que facilitem o acesso do idoso à prática de exercícios físicos. Trata também, das consequências de uma velhice sem a prática de exercícios físicos como forma preventiva de manutenção da saúde. Mostra o perigo das perdas musculares e ósseas, e também, a necessidade que o idoso tem de manter interação social com seus pares.

INTRODUÇÃO

É facilmente percebido por estudos que, com a chegada da terceira idade o corpo passa a perder massa muscular e também massa óssea por conta da falta de cálcio. Essa perda de massa óssea pode acarretar fraturas que debilita ao idoso e podem levar a uma vida limitada. A perda de massa óssea afeta principalmente as mulheres por conta da pós-menopausa e da falta de estrógeno no corpo, o que ocasiona acidentes fáceis como as quedas que frequentemente ocorre entre idosos. E, é interessante ser dito que a osteoporose é considerada o segundo maior problema de saúde mundial, ficando atrás somente das doenças cardiovasculares. No entanto, a prática de exercícios físicos como a musculação pode minimizar tais problemas entre a população idosa. A musculação vem crescendo e atraindo pessoas de todas as idades com o intuito de prevenir tais ocorrências e de propiciar melhoria na qualidade de vida.

É sabido por pesquisas que, manter o corpo e a mente saudáveis com o auxílio de exercícios físicos é essencial para que uma saúde de qualidade seja preservada. Principalmente em idosos que perdem massa muscular devido à idade. Dentre esses exercícios físicos, a prática de musculação tem se revelado eficiente, neste sentido. Faz-se necessário ser dito, no entanto, que a musculação não tem por finalidade apenas formar corpos esculturais, mas sim, e principalmente, manter a saúde global do corpo em dias, além de conservar e incentivar a interação entre as pessoas praticantes. Principalmente diante da ameaça do sedentarismo que vem se instalado entre grande parcela da população. No que diz respeito aos idosos, essa é uma parcela da sociedade que tem crescido expressivamente, o que tem sido comprovado por pesquisas oficiais, demandando um novo olhar de todos sobre eles.

O censo realizado pelo IBGE em 2000 mostra que o Brasil contava com mais de 14,5 milhões de idosos (IBGE, 2002). Essa população em sua maioria possui baixo nível socioeconômico e educacional e tem uma alta prevalência de doenças crônicas e causadoras de limitações funcionais e de incapacidades (LIMA-COSTA et. al. 2000 apud BATISTA; ARBIGAUS; SIMÃO). Trata-se de um segmento social que vem incorporando outros 650 mil a cada ano, conforme os mesmos autores. Já é a parcela da população que mais cresce no Brasil e no mundo, ultrapassando mesmo, ao número de crianças (IBGE, 2002).

Assim, é mostrado aqui os efeitos e consequências do envelhecimento sobre o corpo humano. Também, alguns estudos acerca da relevância dos benefícios conseguidos com os exercícios físicos, pela população idosa, serão apresentados. É visto que são variadas as atividades físicas em condições de contribuírem para a melhoria na qualidade de vida, com destaque para a musculação, visto que diversos estudos vem apontando a musculação como capaz de minimizar a degeneração provocada pelo processo de envelhecimento.

O ENVELHECIMENTO E A RESPOSTA DO CORPO

O corpo passa a dar maiores sinais de envelhecimento, principalmente, na terceira idade. Neste momento é notório que biologicamente a velhice se intensifica em todo o corpo. Atividades cognitivas, portanto, serão mais difíceis de serem realizadas. Assim, o envelhecimento é um caminho que não pode ser evitado. Afirmam Alves; Leite; Machado (2008) com relação ao envelhecimento que, “Trata-se de um processo lento e imperceptível, mas inexorável e universal”. Porém, envelhecer com boa saúde física e mental é possível. Os idosos da década atual tem uma preocupação voltada para a expectativa de vida e com a saúde, tendo em mente também, não apenas músculos e órgãos, mas sim o seu psicológico e sua afetividade criando um meio social dentro de si próprio. Pereira (2017) citando Souza at. al. (2013) afirma que, “[...] uma vez que, o ser humano não é formado apenas de músculos e órgãos, mas, muito mais que isso, tem o psicológico, a afetividade, o social que é complemento para uma vida sadia” (SOUZA at. al. 2013 apud FILHO; GONÇALVES 2017, p.2).

A população idosa aumentou substancialmente nas últimas décadas, sendo que as expectativas de vida continuam crescendo a cada dia. Entretanto, não basta viver muito, é preciso ter boa qualidade de vida. Mas, muitas vezes acompanhando o envelhecimento aparecem fragilidades e debilitações ocasionadas pela inatividade física e pelas doenças que vão surgindo no decorrer da vida, o que acaba tirando a autonomia da pessoa devido à diminuição da capacidade funcional e a perda de algumas de suas condições físicas (ROCHA, 2013 apud BATISTA; ARBIGAUS; SIMÃO, 2018).

Chacon (FACOPH) destaca que, “Na fase do envelhecimento traz consigo várias transformações, a começar pela diminuição do desempenho físico, fator que logo é percebido”. A mesma autora segue afirmando que, em consequência o corpo humano em suas articulações, dentre outros aspectos, perde mobilidade e elasticidade.

Por esta perspectiva, a adoção de exercícios físicos deve ser priorizada pela importância que tem na vida dessa parcela da população em sua manutenção da saúde e da qualidade de vida.

PERDA MUSCULAR E ÓSSEA EM IDOSOS

Com o passar do tempo e com a idade as pessoas envelhecem gradualmente, de forma biológica. A partir de então, são registradas inúmeras perdas pelo corpo. São perdidas massa muscular e em consequência, a agilidade. Ocorre também, a redução da massa óssea. Afirmam Filho; Gonçalves (2018), citando Souza et al. (2015) que, o problema maior é a diminuição das capacidades físicas (SOUZA et al., 2015, apud FILHO; GONÇALVES 2018).

No que diz respeito à redução da massa e da força muscular que decorre do envelhecimento (sarcopenia) estas ocorrências são observadas com facilidade na pessoa idosa. Geralmente acomete mais a membros inferiores e, para Vieira et al. (2015), citando Ferreira, 2003; Ruwer; Rossi; Simon, (2005), tais ocorrências, “[...] têm sido amplamente associadas ao declínio funcional do indivíduo longevo, levando assim à perda gradual de equilíbrio estático e dinâmico” (FERREIRA, 2003; RUWER; ROSSI; SIMON, 2003 apud vieira et al. 2015). O que para os mesmos autores (2015), dá causas entre os idosos, “[...] a maior risco de quedas, fraturas, internação e morte”.

Por esta perspectiva, e a partir de uma visão preventiva acerca da perda óssea, Chacon (FACOPH) em suas citações assegura que, “. Segundo Okuma: “A atividade física regular incrementa o pico de massa óssea, ajudando na manutenção da massa óssea existente e diminuindo sua perda associada ao envelhecimento”.

O caráter preventivo da atividade física para prevenir os efeitos das perdas musculares e ósseas na fase idosa é reforçado por Chacon (FACOPH) ao citar Marchi Netto. Para a autora as pessoas deveriam ter esta preocupação em realizar exercícios físicos desde bem antes da chegada da fase idosa. Ela afirma que, “[...] a falta de conhecimento sobre atividade física faz com que as pessoas venham a procurar atividade física por necessidades, [...] quando chegam à terceira idade, onde é a fase em que o corpo começa a apresentar falhas”. Fica claro que as pessoas deveriam pensar no caráter preventivo dos exercícios físicos, antes de tudo.

SEDENTARISMO NA TERCEIRA IDADE

O envelhecimento acarreta consequências como a diminuição das atividades físicas. Ocorre, para Araujo et al. (2015), “[...] um decréscimo do nível de atividade física com o aumento da idade cronológica, tornando o sedentarismo um fator de risco de morbidade e mortalidade durante o processo de envelhecimento”.

Dados apontam a existência de dificuldades para a prática de exercício físico na velhice. No entanto, Araujo et al. (2015) asseveram que “[...] as barreiras para a prática de atividade física regular na terceira idade são facilmente superáveis e que estratégias de políticas públicas de saúde podem ser implantadas para superar as falta de equipamento, [...]”.

Existem políticas públicas no sentido de minimizar problemas que levem ao sedentarismo entre idosos. Afirmam Araujo et al. (2015) que o, “Ministério da Saúde criou a Política Nacional de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI)”. O programa incentiva a prática de atividades físicas visando à população idosa, conforme os mesmos autores (2015).

Além de diminuir o risco do sedentarismo, a atividade física regular traz diversos benefícios para a saúde do idoso. Para Chacon (FACOPH), “[...] a realização regular de exercícios físicos é uma das bases para uma melhor saúde e longevidade”. O que promove um envelhecimento com saúde, levando à consequente diminuição de medicação.

É importante ser dito que mesmo sendo o envelhecimento um fenômeno natural e processual, e que se trata de um processo de vida, já que na medida em que se vive se envelhece, mas, não necessariamente o envelhecimento deve significar perda na qualidade de vida. É entendido por Araujo et al. (2015) que o processo de envelhecimento comporta a fase da velhice, “[...] mas não se esgota nela” (ARAUJO et al. 2015, p 2). No fenômeno do envelhecimento, o diferencial é sem duvidas, o foco na qualidade de vida do idoso. Afirmam os mesmo autores (2015) que, “A qualidade de vida e, consequentemente, a qualidade do envelhecimento, se relacionam com a visão de mundo do indivíduo e da sociedade em que ele está inserido” [...]”. Esta afirmação mostra que para o indivíduo melhor esclarecido acerca da sua condição de idoso, o envelhecimento apesar de ser uma fase inevitável, pode se processar sem alterar de forma significativa a sua boa qualidade de vida.

A MUSCULAÇÃO E AS SUAS VARIADAS VANTAGENS PARA A TERCEIRA IDADE

Dentre os exercícios físicos escolhidos e voltados para a população idosa, pode ser apontada a musculação como uma das mais importantes. Ela vem sendo aprovada há bastante tempo tendo-se por base a sua comprovada eficácia para a qualidade de vida das várias faixas etárias, principalmente no que diz respeito à terceira idade. População essa que tem crescido de forma importante. A musculação é uma essencial forma de manutenção do processo de hipertrofia para evitar a ocorrência da perda da massa muscular decorrente da idade. Cientificamente sabe-se que a cada quilo de massa muscular perdida devido à idade, provavelmente um quilo de gordura se acumulará em decorrência do sedentarismo, ocasionando alguns tipos de doenças crônicas não transmissíveis, tendo-se em vista o que pensam Filho; Gonçalves (2017) e enfatizam em suas citações. Por esta perspectiva, realizar exercícios combinados com treinamentos com pesos é uma maneira de aumentar a flexibilidade que será de grande importância para as articulações e massa óssea.

De acordo com Filho; Gonçalves (2017), citando Miranda (2014), Trata-se a musculação de uma atividade física anaeróbica em condições de desenvolver a capacidade músculo esquelética através de exercícios contra a resistência. Afirmam ainda os mesmos autores (2017) que, “Os diferentes grupos da sociedade podem ser beneficiados com a musculação inclusive os idosos, pois ela se apresenta como uma atividade profilática que visa melhorar a qualidade de vida e oportunizar mais dignidade às pessoas da terceira idade” (MIRANDA 2014 apud FILHO; GONÇALVES 2017, p. 6).

No que diz respeito a pratica da musculação na terceira idade, Chacon (FACOPH) afirma que, “A musculação é uma das práticas da atividade física que vem sendo bastante inserida no grupo da terceira idade. Na musculação é feito um trabalho com exercícios de acordo com o objetivo ao qual o idoso tem a necessidade de trabalhar, [...]”.

No entanto, programas de atividades para idosos precisam cumprir algumas especificidades. Afirmam Bagatini; Nunes; Valerio (2016) que, “De acordo com o American College of Sports Medicine e a American Heart Association, um programa de atividades físicas ideal para idosos deve incluir exercícios de resistência, força, equilíbrio e flexibilidade”. (NELSON et al., 2007, apud BAGATINI; NUNES; VALERIO, 2016).

As atividades voltadas para a população idosa devem ser orientadas para que apresentem bons resultados. De acordo com Bagatini; Nunes; Valerio (2016), “As atividades físicas orientadas são importantes para que os idosos permaneçam com uma melhor aptidão física, pois requerem um nível mínimo de força muscular, flexibilidade, coordenação e equilíbrio, [...]”. Afirmam os mesmos autores (2016) que a orientação nos exercícios para idosos leva à manutenção da capacidade funcional, o que melhora a sua qualidade de vida.

As vantagens dos exercícios físicos para a terceira idade são notórias e, comprovadas cientificamente. Lançando mãos de citações de Nadeau e Peronnet (1985), Almeida; Pavan (2010) destacam que, “Os exercícios físicos trazem muitos benefícios na terceira idade, conforme citações de Nadeau e Peronnet (1985). Eles aumentam a massa muscular, reduzem o percentual de gordura corporal, [...]”. Enfatizam também, os autores (2016) que, exercícios físicos são responsáveis por aumentar a força do indivíduo, o que facilita a sua locomoção. Além disto, “[...] mantêm a pressão sanguínea e a frequência cardíaca dentro de padrões aceitáveis para a idade, dificultando o acúmulo de colesterol no sangue” (NADEAU; PERONNET 1985, apud ALMEIDA; PAVAN 2016, p. 2).

Na mesma linha de pensamento, para Almeida; Pavan (2016) são inúmeras as vantagens da musculação. Eles afirmam que, “A musculação faz com que o indivíduo tenha mais força, devido ao aumento da massa muscular evitando quedas, pois 40% das pessoas acima de 65 anos caem pelo menos uma vez por ano, podendo ocorrer lesões [...].

Corroborando com o que foi dito anteriormente com relação à prática da musculação por idosos, Chacon (FACOPH) citando Lukaski, afirma não haver duvidas de que o trabalho de musculação mostrou benefícios positivos na densidade óssea, fazendo com que o risco de Osteoporose diminua consideravelmente.

Percebe-se claramente a crescente preocupação das pessoas hoje com a saúde. Não é diferente entre aquelas da terceira idade. Nesta perspectiva, os idosos estão recorrendo a exercícios físicos como forma de manter a boa saúde. Almeida; Pavan (2016) destacam que, “O exercício físico com ênfase em força pode ser uma boa saída para que eles fortaleçam os seus músculos e vivam melhore e mais independentemente”.

Seguindo esta mesma linha de pensamento, Chacon (FACOPH) ressalta que, “Para Queiroz e Munaro. “Os exercícios com pesos em programas de atividade física bem estruturada têm a função de melhorar a saúde, a aptidão física e o tratamento de doenças” [...]”.

Pela perspectiva daquilo que foi apresentado até aqui, portanto, parece não restarem dúvidas de que a prática da musculação só tem a contribuir com o idoso em sua saúde e com a sua qualidade de vida.

Outro aspecto importante a ser retratado com relação à prática de exercícios físicos por idosos diz respeito à recreação e a interação social. A partir desta visão os entes públicos tem buscado formas de facilitar ao idoso, acesso aos meios para praticar atividades físicas regulares.

Atualmente a população idosa vem tendo a possibilidade de praticar atividades físicas. Grandes centros comunitários realizam atividades voltadas para esse público. Mesmo em pequenas comunidades brasileiras, atualmente, são desenvolvidas atividades voltadas para o público idoso. Porém, para Chacon (FACOPH) ocorre que, “[...] a falta de conhecimentos faz com que muito idosos vêm à procura de atividade física somente como uma forma de tratamento e não de prevenção”. O que leva o idoso a não aproveitar os benefícios preventivos e de interação social ocorridos na prática de exercícios físico.

No que diz respeito à musculação, esta não se constitui apenas de grande importância como forma de melhoria da qualidade da vida do ponto de vista físico entre os idosos, mas também como uma maneira de interação entre eles. A interação e a socialização tem fundamental papel na terceira idade. Isto é o que afirmam Bagatini; Nunes; Valério (2016). Eles asseveram que a interação, “[...] é de fundamental importância para a saúde e o bem-estar do idoso”. A interação conseguida com a participação nos exercícios físicos leva o idoso a frequentar novos grupos sociais. Assim, para os autores (2016), “Com a participação em diferentes grupos sociais, o idoso se sente seguro para o diálogo e até mesmo para buscar apoio e conforto em suas amizades (BAGATINI; NUNES; VALERIO, 2016). Os autores veem a interação do idoso na sociedade como um fator a mais de proteção ao envelhecimento. Na mesma linha, Chacon (FACOPH) afirma que, “A atividade física regular na velhice pode mudar humor, auxiliar nas tarefas diárias e nas relações interpessoais”.

A atividade física tem também uma função recreativa. Realizar as atividades físicas com prazer, pelo idoso, significa que o objetivo recreativo foi alcançado. Chacon (FACOPH) assevera que, [...] quando o idoso consegue realizar as atividades com prazer, estimulando a sua autoestima, “[...] ele consegue realizar algumas atividades no seu dia a dia sem preocupações”. Segue a autora ao citar Cavallari; Zacarias, falando da necessidade que o idoso tem de se sentir integrado. Afirma ela que, “Para Cavallari e Zacharias, o idoso tem necessidade de se sentir integrado socialmente priorizando a sua participação em vez do resultado obtido na atividade”. Por esta perspectiva fica claro que interação social é algo que se mostra de suma importância para a vida social dos idosos.

Assim, fica evidente de acordo com os autores pesquisados que, além dos inúmeros benefícios que os exercícios físicos trazem para a saúde do idoso, também, a interação que decorre a partir da aproximação que existe entre os membros da terceira idade propicia interação social importante para a manutenção da autoestima deste segmento importante e crescente da sociedade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Não restam dúvidas que o processo de envelhecimento é um fenômeno natural. É um processo de vida e, na medida em que se vive, vai se envelhecendo.

A chegada da terceira idade se traduz no corpo humano, por modificações em sua estrutura. Dentre estas modificações algumas são mais facilmente percebidas. A perda de massa muscular e de massa óssea por conta da falta de cálcio são evidentes. Os principais problemas que estas perdas acarretam são fraturas, o que debilita ao idoso e o leva a uma vida limitada. As mulheres são as mais afetadas por essa perda de massa óssea principalmente devido às pós-menopausa e a baixa o a falta de estrógeno no corpo.

A população mundial está envelhecendo e a parcela de idosos atingiu aumento importante nas últimas décadas com as expectativas de vida continuando a crescer de forma acelerada. Tudo isto tem gerado preocupação porque, viver muito nem sempre tem significado viver bem.

O envelhecimento pode causar problemas outros, tais como o sedentarismo. Variados são os motivos para isto na terceira idade. Em muitas das vezes, fragilidades e debilitações ocasionadas por inatividade física e por doenças que acompanham o envelhecimento das pessoas podem levar o idoso a uma vida sedentária. São situações importantes que vão surgindo no decorrer da vida. Essas condições de vida acabam por tirar a autonomia da pessoa por causa da natural diminuição da capacidade funcional e perda de parte de suas condições físicas.

Outro fator de grande importância na vida da pessoa idosa que pode causar limitações e até incapacitações, é o isolamento social devido à falta de interação com outras pessoas da mesma faixa etária.

Assim, preocupado com essas situações, o poder público no mundo todo tem criado condições para que sejam amenizadas essas dificuldades que impactam negativamente na vida da pessoa da terceira idade. Dentre esses problemas está o sedentarismo e o isolamento social

. Os programas de atividades de exercícios físicos voltados para a pessoa idosa existem com apoio do poder público, em quase todas as localidades do Brasil. No entanto, esses programas para idosos precisam cumprir algumas particularidades inerentes à condição do idoso. Existem protocolos internacionais neste sentido, indicando que um programa de atividades físicas ideal para idosos deve incluir exercícios de resistência, força, equilíbrio e flexibilidade. Desta forma, é de se concordar que, os exercícios físicos direcionados para a terceira idade necessitam também, ter um caráter recreativo.

Pode ser dito que das modalidades de exercícios físicos com boas condições de englobar todos os aspectos que foram tratados até aqui, com relação ao idoso, o que mais se apresenta nesta condição é a musculação, desde que os exercícios físicos sejam aplicados de forma orientada. Essas atividades físicas orientadas são importantes no sentido de que os idosos permaneçam com melhor aptidão física. Ainda, esta forma de exercícios requer um nível mínimo de força muscular, flexibilidade, coordenação e equilíbrio.

A musculação se apresenta também, como forma de interação social entre os idosos na medida em que, a prática da musculação não se constitui apenas como forma de melhoria das condições físicas, mas sim, pode se apresentar como forma de promover a qualidade de vida entre os idosos, de forma geral, dado que consegue promover a interação entre pessoas da terceira idade. É importante que se destaque que, a interação e a socialização têm papel fundamental para a terceira idade, tanto para a saúde quanto para o bem-estar. Entendemos que a interação conseguida durante a participação nos exercícios físicos direciona o idoso a frequentar novos grupos sociais, propiciando a ele se sentir seguro para dialogar e para buscar apoio e conforto em suas amizades.

Assim, pode ser afirmado que, a prática de exercícios físicos por idosos leva a melhoria em suas condições de vida global. Melhora as suas condições físicas pra enfrentar futuros problemas de saúde, previne o sedentarismo e promove a interação social entre eles.

Sobre Thierry Alecksander dos Santos Farias:

Licenciado em Educação Física pela UNOPAR – Universidade do Norte do Paraná

Bacharelado em Educação Física pelo Centro Universitário Leonardo Da Vince - UNIASSELVI

Profissional liberal como, Personal Trainer e como professor de Academia de Musculação.

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