UM CAFÉZINHO, POR FAVOR!

Consta na ultimas notícias gastronômicas que a nossa histórica produção de café, o grão considerado o melhor do mundo!- e não tenho dúvidas do fato- agora deverá ser fornecido ao mercado interno com a mesma qualidade do grão exportado.

Que coisa!

Assumir que somos donos da terra mais abençoada para se plantar de tudo, até oliveiras já nascem por aqui, concordar que nosso café é maravilhoso, mas que ficamos com algumas das piores misturas do pó para o nosso cafezinho do dia a dia, é de doer.

De fato, existem produtos vendidos como café que deveriam ser considerados um atentado à saúde pública.

Como o preparo do café já fz parte duma delicada ciência, para não dizer "uma ciência com veio artístico", hoje em dia quem quiser saborear um legítimo café brasileiro, paga bem caro pelo tal prazer.

Sabe-se que a água, a temperatura, os apetrechos para o seu preparo e até a mão de quem o manipula influem no seu resultado.

Porém a qualidade do solo e a natureza do clima aonde se semeia o grão são fatores determinantes na qualidade dos "blenders".

Lá fora somos reconhecidamente produtores dum grão de qualidade, agora convenhamos, difícil de se saborear um café gostoso fora daqui, nem mesmo os famosos cafés feitos nas máquinas italianas os tais "espressos" de lá.

Prefiro a expressão brasileira da nossa terrinha. Nem o tal do café Kopi Luwak, aquele que passa pela fermentação no intestino dos gatos, supera o café do nosso solo.

Ademais, que coisa mais exótica essa tal de fermentação intestinal, não? Prefiro algo mais asséptico. Penso ser mais seguro.

Que o mundo me perdoe a sinceridade, porém, agora há que se exportar a arte dos nossos baristas para que o resto do planeta aprenda a manipular os grãos de prazer que solo algum reproduz como o nosso.

Aliás, vivemos a ganhar concursos de baristas por aí afora...

Depois é só fechar os olhos e aguçar o paladar...

E bom cafezinho brasileiro para todos, porque o meu já está aqui, esfumaçando e perfumando mais uma manhã que desponta no horizonte.

Afinal, um puro e verdadeiro café é do nosso PLENO DIREITO.