VINHO, UMA BOA COMPANHIA

VINHO, UMA BOA COMPANHIA

FlávioMPinto

Dia chuvoso, frio, péssimo para caminhar, um bom almoço em família, dia propício para ficar em casa lendo e curtindo um bom livro ou assistindo TV. Ou até só conversando.

Nestas horas solitárias surge o vinho: um silencioso amigo para horas de reflexão.

Pode ser um bom tinto, rubi e encorpado nos trazendo suas verdades que varam séculos. Um branco com seu frescor e jovialidade nos alegrando. Um agradável rosé com sua fragrância inconfundível nos trazendo bons fluídos para melhorar o dia. Ou então um esfuziante champagne ou espumante com suas borbulhas e sua cor dourada para clarear nossa mente e amigo para todas as horas.

De fato, o vinho é uma boa companhia. Não nos exige nada além de o desfrutarmos com tudo que temos direito.

Um vinho desperta emoções, aguça os sentidos, agrega companhias. Não nos deixa sós. Nós o despertamos de sua letargia na garrafa e ele nos brinda com sua companhia silenciosa, prazeirosa.

Embora mudo, sua cor brilhante e suas lágrimas já começam a nos dar um recado de como ele se comporta. Nos chama para a reflexão, para uma conversa a dois.

Mas o que significa essa presença? Esotericamente, deve ser visto como um elemento profético, manifestação sagrada nas Escrituras que o apontam, juntamente com o pão, os elementos principais da Ceia do Senhor.

É o sangue de Cristo que simboliza o combustível de nossa alma.

Que boa companhia temos, não?