O PODER DA FÉ

Muitos são os livros onde encontramos frases incitando o leitor a um melhor ânimo, a ter confiança, não se sentir frustrado, porque NADA vale a pena e não muda nada, a não ser o seu estado mental, a sua autoconfiança, sua auto-estima.

Vivemos em um mundo que é pura energia. Pensamentos negativos levam-nos para o pior, tirando-nos as forças e outras coisas mais.

Admiro muito as pessoas que, voluntariamente, preocupam-se com outras que se sentem sofredoras, ou aqueles que passam por um mau pedaço na vida. Muitas vezes eles tem poucos recursos, mas são desprendidos, usando algum tempo disponível para fazer esse tipo de ajuda. É a caridade que praticam esquecidas dos próprios problemas, os quais, às vezes, nem consideram problemas. Aceitam simplesmente, pacificamente os percalços por que passam, sem temer se tudo vai piorar, não lamentam, não lastimam. Dão a volta por cima, como é costume dizer. E vão a busca de solucionar ou amenizar o problema do outro.

Essa atitude não é desinteresse próprio, apatia, é simplesmente aquela entrega que devemos fazer, é uma atitude positiva, de fé, não aquela fé irracional, mas por saber que tudo tem um motivo de ser, e fazendo o possível para não cair em desespero. Procuram um caminho dentro da possibilidade de ser útil, fazer algo pelo outro, deixando o seu problema entregue a um plano superior.

“Não cai um só fio de cabelo da nossa cabeça sem que Deus saiba!”

A vida não é só sofrimento, precisamos ver as coisas boas. “Há males que vêm para bem!” – Quantas vezes já ouvimos esta frase? Quantas vezes, algo de que mais precisamos chegam às nossas mãos inesperadamente? Basta que coloquemos o problema nas mãos de DEUS, e procuremos fazer a nossa parte, e as coisas vão se solucionando. Todos nós temos intuição. Nosso coração nos aponta o que fazer ou o que não deve ser feito... Coisas assim. E quanta coisa desmanchou ou impediu nossos planos, e com isso foi evitado que acontecesse um erro, ou houvesse um prejuízo, um aborrecimento?!

Outro dia conversei com uma dessas pessoas desprendidas e, entre seus relatos com as aflições de terceiros, quanto de útil, de bom percebi em suas atitudes! Na sua simplicidade, eu senti sinceridade. Entre tantas coisas que a nossa conversa trouxe, ela disse algo que me emocionou: no seu trabalho de assistência, (ela é enfermeira) tem encontrado tanto empecilho, tanta má vontade por parte dos outros que, em um momento, para não se desequilibrar emocionalmente, imaginou-se longe dali, em uma praia, passeando junto ao mar, sozinha, tentando recuperar-se, sair daquela sintonia. Sentiu naquele momento uma serenidade muito grande, sentia que havia recomposto suas energias, chegando a sentir que estava de mãos dadas com um anjo. Emocionou-se e chorou. Eram lágrimas de felicidade pela sua pacificação.

Perguntada por alguém se estava bem, e porque estava chorando, respondeu com um grande sorriso: “- Deixe-me abraçá-la porque recebi uma Graça e quero dividir esse momento de felicidade com você!”

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L.Stella Mello

Stella Mello
Enviado por Stella Mello em 19/04/2010
Código do texto: T2207291