"A VIDA DE UMA ESCRITORA"

Ao escrever, emitimos as energias de nosso pensamento e, principalmente, a força do nosso sentimento, que move nossas mãos, fazendo-as reproduzir, traduzir em palavras o que a mente nos dita.

Em versos ou em prosa, externamos nossa maneira de sentir a vida, o mundo a nossa volta, nossas alegrias, as tristezas, as expectativas ou as frustrações. É assim com cada um de nós, de maneira mais ou menos acentuada. O escritor usa a ferramenta que tem: a palavra escrita. E com ela ele delineia a paisagem interior do seu dia-a-dia. É a maneira de conversar que, embora pareça muda, ecoa pelo éter alcançando muitos leitores, alguns que comungam das mesmas idéias, da mesma maneira de sentir a vida.

O escritor é o repórter da vida, seja narrando a realidade ou delineando a ficção, aquela momentânea maneira de “pintar” um quadro com palavras, aquela descrição de uma visão que precisa ser passada, mostrada, da mesma forma como um pintor expõe sua tela, um escultor apresenta sua obra, um compositor converte em sons as notas musicais, tornando audível aquelas pequeninas notas esparramadas em uma folha pautada, ao tirar de um instrumento inanimado, mudo, o que lhe vai na alma.

E todos somos artistas, porque trabalhamos com a Arte, e quando dizemos Arte, estamos nos referindo a tudo que é feito sob uma força maior, imperiosa, quando usamos a ferramenta que mais funciona em nossas mãos, com a qual estamos mais aptos a manejar e fazer aquilo que mais sabemos ou gostamos.

E nessa categoria estamos todos, os artesãos que trabalham com a argila, com a madeira, o mecânico, o pedreiro, o professor, o cientista, o pesquisador, o cozinheiro, a costureira, o cabeleireiro, porque toda profissão exige o empenho, exige amor à sua feitura. Essa é a função do trabalho para o ser humano, o seu aperfeiçoamento, a sua disciplina, que lhe dará satisfação se feita com gosto, e dela advirá o seu sustento.

A satisfação do trabalho bem feito é a maior paga que se recebe. Saber que conseguimos nos superar, aprimorando nosso fazer. E essa satisfação será ainda maior quando recebemos palavras de estímulo, quando sentimos, quando vemos que encontramos receptividade.

Comecei falando em escrever, e é o que estou fazendo agora, e esta página é dedicada a todas aquelas pessoas que leram os meus escritos no “Recanto das Letras”, e simpaticamente, deixaram suas palavras de estímulo ao que ali deixei. E quero lhes dizer que escrever é o que tenho feito em minha vida desde meus onze anos, silenciosamente primeiro, depois aos meus dezesseis anos, em um jornal de minha cidade, mais tarde, em outro jornal... No entanto, quando solteira, e depois de casada, o papel e a caneta tem sido meus companheiros de cabeceira. Sonetos, poemas, crônicas, contos estão espalhados em inúmeras antologias. Com o computador estou em jornais virtuais, e desde 2005 venho editando romances. Primeiro “Eulália”, depois “Amor sem Fronteiras”. Indo para edição estão: “Pelos Portais do Tempo” e depois, “A Velha Fazenda”.

OBS. Criei meus dois filhos, um casal, e agora estou vendo meus netos crescerem.

Agradeço aqui a todos vocês, os leitores, pelo estímulo que dão a nós escritores.

L.Stella Mello

lstellamello@uol.com.br

Stella Mello
Enviado por Stella Mello em 14/06/2010
Código do texto: T2320282