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NAMORAR AS ESTRELAS: NÃO TEM PREÇO...


Nasci e morei até 20 anos de idade no interior do Estado de São Paulo, e, desde muito jovem, sempre fui atraído pelo coruscar das estrelas. Elegia algumas e conversava com elas, quase toda noite.
Apesar de eu ser um garoto, de 15 anos de idade, que amava os Beatles e os Rolling Stones, dentre todas, uma estrela em especial me fascinava e, era aquela que eu chamava de: “deusa que brilha no topo da montanha”. Era minha namorada platônica. Nem meus colegas de escola, nem os integrantes da banda de rock que eu tocava, entendiam e me chamavam de lunático, pirado sideral, exilado venusiano... Era muita gozação...
Com o passar do tempo, encantado por elas, o namoro continuava... Esperava o anoitecer para, em noites de céu sem nuvens, olhar à abóboda celeste a fim de conversar, principalmente com minha “deusa e seus olhos de cristal”.
Invariavelmente, com um pequeno binóculo, costumava ir até um lugar ermo, sem iluminação artificial e ali, na escuridão da noite, ficava a admirar o brilho dela no firmamento. Sabia que minha “deusa” era o planeta Vênus que, com seu brilho invulgar me fascinava e encanta até hoje.
As conversas com ela eram mais ou menos do tipo: “Ah! você já está aí?”. “Um dia conseguirei ir até você!...”.
Às vezes, quando surgiam problemas inerentes ao cotidiano da vida de um adolescente de 15 para 16 anos, eu dizia: “Porque não vem me buscar?!” “Você não pode me ajudar?”
E, assim, os anos foram se sucedendo.
Vim aprender que o Divino Mestre Jesus ensinou que: “Na casa de meu Pai há muitas moradas”. Entendi que minhas queridas estrelas eram as tais moradas, e que Deus as criara não somente para deleitar nossa visão à noite, mas sim com finalidade útil, inclusive aquelas mais belas, para servir de moradias a espíritos mais adiantados em bondade, em amor...
Todavia, a magia do céu estrelado prosseguiu. Depois de adulto, continuei falando com as estrelas, contando meus problemas, e até pedindo ajuda a elas...
Nos dias de hoje, o sedução das estrelas aumentou, principalmente depois de ter absoluta certeza que, de outros Sistemas planetários, tal o das Plêiades, humanidades evoluídas existem e, desde há muito, vêm ajudando os terrícolas.
Acho que aí está a explicação do fascínio das estrelas sobre mim, e é por isso que, numa noite em que olhava para elas, compus um poema chamado “O trem pra estrelas”.
Pena que hoje em dia, seja mais difícil admirar o céu à noite, e que a garotada dos dias atuais não experimente essa magia como pude sentir, e ainda sinto...
Parafraseando determinado comercial de tv:
"Namorar as estrelas: não tem preço!...".

 
PEDRO CAMPOS
Enviado por PEDRO CAMPOS em 09/03/2011
Reeditado em 22/05/2014
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