Análise dos Poemas de Guerra Junqueiro FINIS PATRIE

Livro mordaz, cáustico, onde a critica social é a temática principal.

POEMAS

Poema que retrata o desalento, a vida pobre e miserável dos camponeses, o aparece como instrumento de separação, de luto, para conquistar terras para os poderosos, deixam seus quinhões,secos, cretados e castigados pelas imtempéries, para não voltar jamais.

“Vento, porque é que nos arrasas

Num turbilhão?!

Na exerga fria tremem asas,

No lar extinto faltam brasas,

Nas arcas negras não há pão!”

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Canta o coveiro e canta o cura...

Canto funéreo!

Pobres! dormi na sepultura,

Que a vossa cama é menos dura

No cemitério!

Poema com temática social,critico e muito atual, contemporâneo que nos revela com crueza a realidade, e nos transporta as condições de vida da sociedade brasileira menos favorecida.

“Álcool! Veneno que conforta,

Monstro satânico e sublime!...

Beber! beber.. e a mágoa é morta!...

Quem é que espreita à nossa porta?

- O Crime!”

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A fome e o frio, a dor e a usura,

O vício e o crime... ignóbil sorte!

Ó vida negra! Ó vida dura!...

Deus! quem consola a Desventura?

- A Morte

O Mar que sustenta é o mesmo mar que mata.

Mar vagabundo, mar furibundo,

Soturno mar!

Ais e tumultos, ais e tumultos...

Nas ondas roucas andam vultos

De marinheiros a boiar...

O descaso com saúde, a morte rondante, a espera pelo fim..

Rios de sangue miserando,

Maldito sangue de Caim,

Eternamente blasfemando,

E ao mar de vida derivando

Sempre! sem fim! sem fim! sem fim!...

Fala sobre a negação do ensino a precaridade, o acesso a educação.

Poema que fala sobre a condição subumana que o homem é levado no momento em que lhe tolhida a Liberdade. Cadeia é cadeia, ontem, Hoje e Sempre

Somos o esgoto onde se encana

Para o inferno tumular

Toda a estrumeira da alma humana,

Lixo de Deus a fermentar.

Poema onde a critica social é feroz ,fala sobre o pobre que rouba um pão para sobreviver, e quem rouba,viola, seduz e por ter dinheiro e poder está livre, e compra inclusive a lei, a prostituta que vai com quem dá mais.

Faminto, nu, sem mãe, sem leito,

Roubei um pão.

Quem vai alémde farda e de grã-ruz ao peito?

- Um ladrão

Viola, seduz, furta, assassina,

Milhão, És rei!

Que prostituta está cantando àquela esquina?

- A Lei!

Poema em que todo o ódio de poeta é transcrito sem meias palavras, adjetivando a Inglaterra com as palavras mais baixas e abjetas.

“A honra para ti é inútil bugiganga.

O teu pudor é como um Matabel sem tanga,

Monstruoso ladrão, bárbaro traficante;

Compras a alma ao negro a genebra e a missanga,

Vendendo-lhe a tua bíblia e queixais de elefante. “

JOAO DE DEUS VIEIRA ALVES
Enviado por JOAO DE DEUS VIEIRA ALVES em 13/05/2011
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