O começo, o meio e as lendas. O dia D

O dia 22 de novembro de 1969 foi uma data marcada pela morte de três grandes pensadores de nosso tempo moderno. Distintos em seus conceitos, porém precisos em seus resultados. Neste fatídico dia para o para o progresso mental humano, foram arrancados do plano terreno o escritor britânico Aldous Leonard Huxley, famoso por seu Magnum opus “Admirável Mundo Novo”. O norte irlandês Clive Staples Lewis, mais conhecido pela alcunha de C. S Lewis, dono da famosa obra infanto-juvenil Crônicas de Nárnia, trabalho este há pouco tempo reproduzido para os rolos de filmagens hollydianos. Também o carismático e marcado presidente estadunidense John F. Kennedy, morto brutalmente sem motivos aparentes.

Cada um destes defendia ou representava um conceito humano-filosófico. Lewis vinha com o conceito do teísmo ocidental, adotado por grande parte da humanidade nos tempos atuais. Neste, Deus é uma força suprema, onipresente e onipotente, humanos buscavam sua redenção cultuando, preservando seus ensinamentos e repassando aos seus descendentes. Pode-se notar este fato em sua obra principal, a qual Aslam, o leão amoroso, fazendo com que as crianças aproximem-se dele sem medo algum e lhes ensinando com rigidez e perspicácia, faz o papel de Deus. A morte de Lewis ocorreu em Oxford aos 64 anos de idade

Já o personagem Huxley com seu panteísmo oriental propunha que Deus era tudo, sendo ele a cabeça e a terra, humanidade o corpo. Não havia uma quebra no plano tempo espaço delimitando assim o seu começo. Podemos perceber esta premissa em sua obra, a qual seres humanos brincam de ser Deus dando vida a outros iguais cada qual com qualidades e defeitos pertinentes para uma sociedade estável. Muito deste aprendizado deve-se a constantes viagens de Aldous à Índia, naquele tempo colônia britânica, e também a tantas outras viagens por meio de medicamentos psicotrópicos que foi enfatizado em sua obra como o SOMA. Uma curiosidade que poucos conhecem é que o autor esteve no Brasil visitando as favelas cariocas e também a floresta amazônica. Pouco tempo depois de sua visita às terras brasileiras, faleceu em sua casa nos arredores da cidade de Los Angeles aos 69 anos.

J. F. K foi o mais carismático e considerado por muitos estadunidenses como sendo o maior presidente que o país já teve. Dono da famosa retórica “Não pergunte o que seu país pode fazer por você, mas sim o que você pode fazer por seu país” sempre polêmico, Kennedy era considerado humanista por muitos. O presidente sempre colocava o seu povo em primeiro lugar, tanto que conseguiu acabar com o déficit no orçamento nacional e também criou o programa espacial para rivalizar com os soviéticos.

Com todos estes fatores conseguiu elevar a moral de seu país, naquele tempo desgosto com sucessivas crises econômicas e políticas. Em uma tarde quente na cidade de Dallas, acompanhado em seu carro presidencial com o governador local sofreu três disparos sendo um fatal em sua cabeça. Kennedy passou para lenda trinta minutos depois deste acontecimento. Seu corpo foi enterrado no Cemitério Nacional de Arlington com todas as honras que poderiam ser prestadas. Uma chama sempre está a queimar em seu túmulo fazendo cada cidadão lembrar-se de seu legado.

Em um dia o destino destas três personalidades se cruzaram. Não há um ponto final em suas histórias, mas um começo de um debate saudável e interessante para o rumo da humanidade.

PS: Um livro escrito por Peter Kreeft com o título: O Diálogo - Um debate além da morte entre John F. Kennedy, C. S. Lewis e Aldous Huxley trata deste assunto.

Chronus
Enviado por Chronus em 06/01/2012
Reeditado em 28/04/2012
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