Dalton Trevisan e o Prêmio Camões

Como não deixo de ler qualquer coisa escrita que o seja feita em língua portuguesa, que é o vício do escritor, pois ele (o escritor) é assim, quando a ler algo, compara estilos, e autores.

Mas chega de papo e vamos ao que me fez vir a falar-lhes.

Pois bem, estava eu a ler numa revista portuguesa de literatura, a matéria sobre Dalton Trevisan, e seu recente prêmio de € 100.000,00 (cem mil euros) - um belo prêmio - e a elucubrar e lucubrar, estava, se ele (o Vampiro de Curityba) atenderia o pessoal do Prêmio Camões, e/ou, qual seria a tática a ser aplicada pelo pessoal do dito prêmio, para lhe ser entregue.

A não ser que o referido Vampiro, o recuse, ou se faça de desentendido, ou, até mesmo abstenha-se em opinar, pois para se chegar perto do famoso Dalton, já que o recluso, o trapista escritor Curitibano, embora existente, e morador da referida Cidade Sorriso (e ele existe fisicamente), quando alguém desconhecido o chama pelo nome, pela voz ele reconhece que é uma voz desconhecida, então, daí veio o velho ditado: "ouvidos de mercador".

O que é muito interessante, é que, como moro em Lisboa, confesso com esta boca, que a terra também há de comer, juntamente com os olhos, que até esta data, NUNCA enxerguei ou toquei com as mãos, um único exemplar dos muitos de Dalton Trevisan, nas muitíssimas livrarias de Lisboa, Coimbra e Porto.

Até na Livraria Bertrand, a livraria mais antiga do mundo, e em ininterrupto funcionamento desde 1732, onde frequento como rato (rato mesmo - aquele calão para frequentador assíduo de algures), e lá Dalton Trevisan não estava (e nem fisicamente - óbvio).

Me disse o vendedor com o qual troquei palavras, que eles tiveram Dalton Trevisan, porém com a questão do Prêmio Camões, alguns exemplares de O Vampiro de Curitiba, foram todos vendidos. Solicitei ao já referido vendedor, que consultasse o terminal (do computador) para saber se em alguma outra loja havia exemplares de Dalton Trevisan, mas o sistema estava fora do ar ...

Mas não me dou por vencido, irei às bibliotecas, que em Portugal também são muitíssimas, para encontrar Dalton Trevisan.

E já estou ficando a pensar que será, quem sabe, mais fácil encontrar, em Portugal, Dalton Trevisan, ao vivo, que em escrito ... Ou seria ao contrário ... ???