Ángel Crespo: apontamentos para um estudo - III

Pilar Gómez Bedate, ela mesma, a segunda esposa de Ángel Crespo, escreveu um artigo no qual propõe situar a obra do escritor. Em suas considerações, a professora de literatura se reporta ao ano de 1967, quando Ángel Crespo escolheu o exílio ao mesmo tempo em que foi forçado a tal. Havia publicado, na Itália, um pequeno livro de poemas (Docena florentina/1966) pouco comentado pela crítica, mas que tem importância para o conjunto da produção crespiana. Tornou-se a obra um ponto de apoio para a nova expressão dos jovens que desejavam se esquecer daquele infindável problema da Espanha, o de se viver em um mundo impregnado da cultura internacional permitido pela abertura política da década de 60.

O artigo de Bedate focaliza bases sólidas sobre as quais traça essa colocação da poesia de Ángel no contexto em que viveu. O primeiro pilar se refere ao trajeto que faz o poeta, desde a sua inicial poesia vanguardista até encontrar a poesia como alquimia; o segundo é o do valor estético e social da poesia; o terceiro pilar é aquele da poesia experimental; o quarto coloca a poesia no degrau do esoterismo e do espiritualismo; o quinto tem a poesia em busca de uma síntese; e, afinal, o sexto, contempla poesia alquimia, aquela que, na palavra de Bedate,

"este asunto de la poesía como alquimia —que, en la modernidad, tiene fundamentos tan respetables como los de Villiers de L'Isle-Adam y Mallarmé, sin olvidar a Rimbaud, Gerard de Nerval y Baudelaire— tiene, en la poesía de Ángel Crespo, un desarrollo peculiar y actual (...)"

REFERÊNCIAS

http://www.insula.es/Articulos/INSULA%20670.htm

Acesso em julho de 2012