DIONÍSIO, Angela Paiva; MACHADO, Anna Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora.Revisitando o conceito de resumos. In: Gêneros textuais & Ensino. Rio de Janeiro.Lucena, 2005. Disponível  em:  http://www2.unopar.br/bibdigi/bibliotecadigital.html.   Acesso em: 18 ago. 2007.

 

 

Foram diversos os estudos com o intuito de construir teorias acerca da sumarização, essencialmente, objetivando sistematizar o processo de elaboração de resumos. Ana Rachel Machado recorreu a teorizadores como: Broncckat, Bskkhtin e Schneuwly, entre outros, para retomar algumas das posições da Lingüística Textual sobre o processo de sumarização e de produção de resumos visando dar nova perspectiva à noção de gêneros.Em “Revisitando o conceito de resumos”,  declara que nos meados dos anos 70 e no decorrer da década seguinte, pesquisadores brasileiros e estrangeiros apresentaram trabalhos fundamentados em teorias que afirmavam, ser a sumarização e o ensino da produção de resumos um suporte de grande valia para desenvolver a compreensão da leitura. Além disso, estudos desenvolvidos pela equipe do Serviço de Didática de Línguas da Universidade de Genebra, também apontavam para os gêneros, como a principal ferramenta nas atividades de linguagem. Assim, pesquisas enfocando tipologia e gêneros textuais repercutiram no meio didático, cujas estratégias, provavelmente, por intuição, utilizam até hoje a prática da estrutura de resumos como forma de produzir e compreender textos. Mas, nos últimos tempos, afirma Rachel, pouco se tem dedicado ao estudo sistêmico da produção de resumos. Para ela, é importante definir com clareza o que significa sumarização durante a leitura e sumarização no processo de reduzir informações secundárias ou desnecessárias, aproveitando apenas aquelas de significação básica para compreensão do texto. Apropriando-se de afirmativa bakhtiniana, ressalta que, a humanidade sempre utilizou um gênero como forma de interargir no meio histórico-social em que vive, sem os quais a comunicação seria quase impraticável. Apoiada, ainda, em outros pensadores, ratifica a tese que, “na oficina da linguagem, os gêneros têm a função de verdadeiros intstrumentos”. Entretanto, embora tenham estílo próprio,  os gêneros de discurso nem sempre apresentam a rigidez de um trilho,  uma vez que, tendo uma definição de enunciados relativamente estáveis, os resumos podem apresentar formas heterogêneas, principalmente, se pertencerem a gêneros literários que gozam liberdade de produção. Por último, entende  que para maior eficácia do trabalho didático, deve-se aplicar o processo de sumarização e produção de resumos, como mecanismo eficaz no processo de produção e compreensão de textos.

 

(Adalberto Antônio de Lima. “Revisitando o conceito de resumos.” 

Palavras-chafe: didática, gênero, sumarização, resumo.