O canalha de sempre

As Sagradas Escrituras foram criadas com a finalidade de mostrar ao ser humano o caminho que o leva a ter novamente comunhão com o Criador. Em rápidas pinceladas, a Bíblia Sagrada faz referência a um Querubim Ungido, criado e colocado num Éden Primitivo, em ambiente terreno, como administrador de uma sociedade angelical. No livro que escreveu, o profeta Ezequiel, filho de Buzi (Ezequiel 1.2;28.11-19), usa a figura do Rei de Tiro para revelar as extraordinárias qualidades desse administrador, nos negócios de seu reino. Também, o profeta Isaías, filho de Amoz (Isaías 1.1;14.12-19), usa a figura do Rei de Babilônia para se referir a esse superintendente angelical.

O Criador o dotou de elevado grau de sabedoria, beleza e capacidade administrativa para liderar a sociedade angelical, e assim levou seu reino a uma enorme prosperidade material. Devido a sua enorme sabedoria e capacidade, de gerir negócios edificou uma sociedade próspera, em ouro e prata. Entretanto, a riqueza material, do reino que administrou, elevou tanto seu coração, que o Administrador Angelical chegou ao cúmulo de externar seu ambicioso plano de usurpação: “Eu sou um deus, na cadeira dos deuses me assento...” Na Antiguidade, a suntuosa cidade de Tiro era a capital do Império Fenício. Este, tempos depois, instalou o Império Cartaginês no norte da África.

Após bater os exércitos de Tebas e de Atenas, na Batalha de Queroneia, região da Beócia, em 338 a. C., o rei Filipe anexou a Grécia aos domínios da Macedônia. Com sua morte, seu filho Alexandre assumiu o comando do reino e, planejando conquistar o Império Persa, conduziu inicialmente seus exércitos ao Egito.

Sua Marinha contava com 100 navios de guerra e o Exército com 56 mil soldados. Ele levou nove meses para chegar ao Egito. Foram gastos sete meses na conquista da Fenícia e dois meses na conquista da Filístia. A cidade de Tiro, na Fenícia, era edificada sobre uma pequena ilha que distava aproximadamente um quilômetro da costa marítima, e protegida por uma poderosa fortaleza. Alexandre travou uma batalha por terra e por mar para conquistar a cidadela. Inicialmente, o corpo de engenharia militar teve que construir um dique que aterrasse a lâmina de água que se estendia da Ilha ao Continente.

Para garantir a segurança das tropas nos serviços de construção do aterro, mandou instalar um sistema constituído de coberturas metálicas móveis, denominadas tartarugas. Esses elementos revolucionários garantiram a segurança das tropas em meio a uma chuva de flechas desferidas pelos sitiados. Enquanto os trabalhos do dique prosseguiam, a Marinha de guerra macedônia vigiava os mares para impedir que os sitiados recebessem ajuda da Marinha de guerra de Cartago, que, na época, era um poderoso império. Com o aterro concluído, poderosas torres de artilharia móveis, denominadas helépoles, com 50 metros de altura, começaram a se movimentar.

Uma vez montadas pelo corpo de engenharia, grupos de arqueiros e artilharia ligeira tomaram posições em seu interior. Na parte frontal da torre de assalto havia uma ponte levadiça. Assim, quando em funcionamento, estendia-se até o topo das mais altas muralhas inimigas para efetuar assaltos. As helépoles eram a sensação da tecnologia militar até então utilizada na conquista de fortalezas, ditas, intransponíveis. Nada de igual, até esse momento, havia sido inventado. Suas torres de assalto eram as mais altas que a história da guerra havia conhecido. Na parte inferior dessas torres havia rodas que permitiam seu deslocamento para as posições a serem conquistadas.

E quando as helépoles começaram a se deslocar para as posições de assalto, deu-se início ao fim da cidade “porto de mar, até então considerada inexpugnável”. Foram gastos sete meses de trabalhos na construção do dique, na instalação das tartarugas e na montagem e deslocamento das helépoles para os locais estratégicos de assalto.

A queda da cidade de Tiro foi o cumprimento da mensagem profética entregue pelo profeta Zacarias: “...Tiro levantou as suas fortificações, amontoou prata como terra e ouro como lama das ruas. Eis que o Senhor se apoderará dela, precipitará a sua fortaleza no mar e será devorada pelo fogo.”

A antiga Fenícia, nome que significa púrpura, é o Líbano de nossos dias. Situada na orla do Mar Mediterrâneo, é uma região bastante acidentada e pedregosa, motivo pelo qual a maioria de suas cidades foi edificada em ilhas situadas próximas da costa marítima. Os fenícios descendiam de Cã, pela linhagem de Canaã (Gênesis 10.15-19). Esses hábeis navegadores fundaram colônias em Chipre, Cilícia, Rodes, Sicília, Malta, Sardenha, Cadiz, Cartago, Jope, Ugarite, Ras-Shamra, e muitas outras ao longo do Mediterrâneo.

Ao vencer os etruscos, esses senhores se tornaram os senhores do Mediterrâneo, e suas colônias se tornaram depósitos de colossais riquezas materiais. O profeta Isaías chamou a grandeza da Fenícia de “a feira das nações”. A cidade de Tiro atingiu o auge de seu esplendor por volta de 1.200 antes de Cristo. Nessa monumental fortaleza, edificada no meio dos mares, vivia uma sociedade envolta em ouro e pedras preciosas.

Os fenícios fizeram de Tiro uma cidade bem urbanizada com plano diretor de ruas longas, arborizadas e suntuosos edifícios públicos, descobriram o alfabeto, dominaram a técnica da fabricação do vidro, da industrialização da púrpura, da arte da perfumaria, da confecção de cerâmica, do incenso, do papiro, tecidos e especiarias.

Seus segredos da arte da navegação, guardados a sete chaves, não podiam ser passados a outros povos. O navio pirata apanhado navegando em suas águas territoriais sofria a sanção máxima, e seus ocupantes eram esfolados vivos. Esses hábeis navegadores foram os primeiros a desenvolver o processo da industrialização e extração da púrpura, sendo que, anos mais tarde, os habitantes de Canaã passaram, também, a explorar esse sistema produtivo.

Do caracol Murex, dotado de um corpo mole e incolor, era extraído um corante de grande procura. O caracol era obtido nas águas do Mediterrâneo e, ao receber o impacto dos raios solares, transformava-se na tonalidade púrpura. Na Fenícia, os arqueólogos encontraram imensas montanhas de cascas de caracóis vazios e instalações de tinturarias montadas com blocos de pedras.

A púrpura era um tipo de tecido que dependia do caracol como matéria-prima. Por ser um produto muito raro e de difícil extração, a oferta era muito pequena e seu valor comercial era muito elevado. De maneira que, somente pessoas muito ricas podiam adquirir esse tipo de tecido.

A civilização fenícia estendeu-se por 2.600 anos , e as cidades de Tiro e Sidon foram os principais centros comerciais de mercadores da antiguidade. Eles estenderam suas colônias ao sul da Itália, Norte da África, Sul da Espanha, sendo Cartago a mais importante delas.

Os soberanos egípcios, cerca de 500 anos antes do mesopotâmio Abraão (2161 a.C. e 1986 a.C.), costumavam mandar tingir suas vestes reais nas famosas tinturarias da Fenícia, e os senadores romanos costumavam ser reconhecidos pelas sandálias vermelhas que calçavam os pés e pelas togas brancas bordadas de púrpura que portavam.

Numa certa noite festiva, data em que o persa Ciro, o Grande, empreendeu a conquista da cidade de Babilônia, o imperador Belsazar propôs ao profeta Daniel vesti-lo de vestes púrpura, caso decifrasse a frase que uma mão-oculta havia gravado na parede do salão de festas de seu palácio: “Mene, mene, tequel, ufarsim.”

Durante o governo do imperador romano, Otávio Augusto, somente pessoas nomeadas para cargos elevados podiam ser eleitos senadores vitalícios, os quais passavam a gozar “o direito de usar a faixa púrpura sobre suas togas e prestigiosos anéis de ouro nos dedos.”

Ainda, vestes púrpuras foram colocadas no senhor Jesus, o Cristo, por soldados judeus do monarca Herodes Antipas, como forma de menosprezá-lo aos olhos das autoridades presentes ao interrogatório (Mateus 27.27-28).

A sabedoria e o elevado grau de prosperidade material do Rei de Tiro, era de tal monta, que o profeta Ezequiel o comparou à capacidade intelectual e ao tirocínio administrativo do Querubim Ungido.

O macedônio Alexandre, o Grande, arrasou a cidade, ateou fogo em suas construções, saqueou seu tesouro, passou os habitantes ao fio da espada e riscou a cidadela do mapa. Com a queda de Tiro, os fenícios continuaram suas atividades comerciais através a próspera colônia que haviam fundado em Cartago, no Norte da África, que sobreviveu por algumas décadas mais.

Devido a sua poderosa Marinha de guerra e a sua estratégica posição fizeram de Tiro uma cidade muito protegida, mas sua queda e desgraça chegou de forma inesperada.

O projeta Ezequiel usa o Rei de Tiro como figura para se referir ao Querubim Ungido, aquele que liderou a civilização angelical com perfeição, “desde o dia em que foi criado”, até o dia em que, nele, “se achou iniquidade. Foi devido a sua enorme ambição, por poder, que a Terra ficou, diz o texto bíblico: “sem forma e vazia”.

Essa pequenina pincelada externa o quadro dos juízos de um dilúvio severo que foi enviado como punição por seus crimes de ambição. Com os juízos, o Éden Angelical foi destruído e os elementos físicos do Planeta foram arrasados, daí a expressão sem forma e vazia.

Também, o profeta Isaías usa a figura do Rei de Babilônia para se referir ao Querubim Ungido em seu ambicioso desejo de ser o próprio Deus: “e serei semelhante ao Altíssimo”, como em sua perniciosa estratégia de levar seu plano de rebelião à esfera cósmica: “subirei acima das alturas”.

Após a fracassada tentativa de golpe de Estado, que pretendia dar para desbancar o Criador, o decadente Administrador Angelical passou a cultivar augúrios vaticinadores e, posteriormente, ao tomar do primeiro casal humano o direito de administrar o planeta Terra, implantou a filosofia ocultista entre humanos decaídos, e esta se espalhou por todos os grotões do planeta.

Envolta na prática religiosa ocultista de augúrios vaticinadores, a sociedade babilônia, nos dias de Abraão , costumava desfilar ao longo do Caminho das Procissões, em honra à deusa da fertilidade, passando pela suntuosa Porta de Ishtar, um soberbo portal monumental adornado com figuras de leões de um amarelo berrante, dragões e touros selvagens.

No ano 1899, a Sociedade Oriental Alemã efetuou escavações no Monte Babil, na Mesopotâmia, e dentre as joias arqueológicas que encontrou, destaque para a suntuosa Porta de Ishtar, a qual foi levada para Berlim, na Alemanha, e instalada no Museu Imperador Frederico.

Envolta numa auréola de ocultismo, as ruas largas e em ângulo reto recebiam o nome de um deus do panteão idólatra babilônio. A equipe de arqueólogos alemães se deparou com uma inscrição gravada, em tabuinhas de barro cozido, a qual registrava haver na cidade de Babilônia um arsenal ocultista de “53 templos dos grandes deuses, 55 capelas de Marduck, 300 capelas para as divindades da terra, 600 para as divindades celestes, 180 altares para a deusa Ishtar, 180 para os deuses Nergal e Abad e 12 altares para os diversos deuses”.

A queda e expulsão do antigo Administrador Angelical, o Canalha de Sempre, do ambiente divino, tem sido a causa da queda e desgraça da sociedade humana. A filosofia de augúrios vaticinadores introduzida pelo Anjo Decaído, entre os seres humanos, alimentou o politeísmo, a prostituição, a idolatria, a perversidade, a sodomia e a tantos outros valores morais negativos. E foi assim que o politeísmo tornou a prostituição pública numa arte sagrada em Babel, o mesmo que Babilônia.

Segundo o historiador grego, Heródoto de Halicarnasso, registrou Werner Keller, toda mulher babilônia devia ir ao templo da deusa Ishtar para entregar-se a um estranho qualquer, e somente após oferecer sua virgindade à deusa da fertilidade retornava ao lar. As dotadas de maior beleza deixavam logo o santuário, contudo, as mais feias precisavam esperar até quatro anos para cumprir a lei imperial de concretizar seu sacrifício sexual à divindade nefasta.

Da Mesopotâmia, região que abrigou o Éden Adâmico, a filosofia de augúrios vaticinadores se espalhou mundo afora. Esse fato é confirmado pela equipe de Kathleen Mary Kenyon, arqueóloga britânica, que encontrou figurinhas nuas de Astarote, deusa da fertilidade fenícia, em escavações efetuadas em Israel. Ao se casar com o príncipe judeu, Acabe, filho de Onri, a princesa fenícia, Jezabel, filha de Etbaal, introduziu o culto ao deus Baal e à deusa Astarote, na antiga nação israelita.

Ainda, Heródoto fez registro a respeito da cultura idólatra e pecaminosa que reinava na antiga civilização de Babilônia, que adorava o casal padroeiro Nin-Gal, deusa da Lua, e Nannar, deus da Lua. No último pavimento da Torre de Babel, que era um templo religioso no formato de um zigurate, o mesmo que uma pirâmide escalonada, havia um espaçoso santuário mobiliado com “um sofá de tamanho incomum, ricamente adornado, com uma mesa de ouro ao lado”, o qual era reservado para ser ocupado por uma bela jovem da sociedade, “escolhida, para si, pela divindade” por sua beleza física, para nele passar a noite. Criam que a divindade descia ao santuário, em pessoa, para passar a noite no sofá, com a bela donzela.

Segundo registros bíblicos, após o Dilúvio, o cidadão mesopotâmio Ninrode, bisneto do patriarca Noé, através a linhagem de Cã, edificou as cidades de Babilônia, Ereque, Acade, Calné, Nínive, Reobote-Ir, Calá e Résen, e estabeleceu o primeiro governo único planetário.

A figura ocultista de Ninrode e Semírames, casal padroeiro mesopotâmio, tomou as asas do vento e se espalhou entre as nações. No Egito, popularizou-se a figura do casal padroeiro Ísis e Hórus; na Grécia, Afrodite e Eros; e em Roma, Vênus e Cupido.

Conhecedora da promessa divina a respeito da vinda do Messias, que viria para resgatar a obra destrutiva do Canalha de Sempre, Semíramis passou a divulgar a mensagem de que seu filho de colo era o Enviado, e exigiu que Tamuz fosse aceito como ser divino. Foi assim que a figura da criancinha, no colo da rainha, popularizou-se por toda a região da Mesopotâmia, e tempos depois a religião de magia espalhou-se por outras regiões.

O culto a Tamuz, ligado estritamente ao ocultismo, tornou-se religião da magia. Tempos depois, sacerdotes da religião de magia se instalaram numa região próxima da antiga cidade de Roma. Esses sacerdotes-adivinhos costumavam prognosticar oráculos, ditos infalíveis, para dar consultas em nome do deus Vaticinium.

Dentre os tantos nomes de Tamuz, o deus dos mistérios, Saturno é aquele que mais se destaca, por estar ligado “estritamente ao ocultismo e à magia”. No vocábulo da antiga Caldeia, Saturno e Mistério são palavras correlatas, por terem o mesmo significado de “ocultismo ou escondido”.

De Babilônia, a religião de magia alastrou-se para outros povos e se fixou na Terra Saturnina o mesmo que Península Itálica. Nessa ocasião, quando o culto recheado de mistérios se centralizou em Roma, a cidade passou a se chamar Saturnia, que é um “título saliente de Tamuz”, por presidir práticas ocultistas.

Em Saturnia era falado o idioma latium, que procede do caldeu lat, e quer dizer “jaz escondido ou oculto”. Foi assim que o idioma latim se tornou idioma oficial da religião de mistérios. Esse idioma tem “sinonímia de oculto, escondido, encoberto”. O culto saturado de ritos misteriosos e ornado com objetos de magia foi transportado para a cidade de Roma, e dela se alastrou pelos confins do Império Romano.

Augúrios vaticinadores que ornamentam religiões de mistérios, também, encantam a políticos, banqueiros, empresários de sucesso, como a autoridades da área jurídica brasileira. A caminhoneira sergipana de Propriá, Neiva Chaves Zelaya, a primeira mulher brasileira a obter carteira de motorista profissional, numa de suas viagens passou a ver e a ouvir coisas estranhas oriundas do além. Anos mais tarde, fundou a União Espiritualista Seta Branca, com sede no Vale do Amanhecer. Segundo seus pares, envoltos em crenças de mistérios, Tia Neiva foi a encarnação de São Francisco de Assis e de um chefe guerreiro inca.

Distante 50 quilômetros de Brasília, a instalação religiosa ocupa uma área de 220 mil metros quadrados de terras. Dotado com infraestrutura própria, a instituição religiosa, até o ano de 1986, prestava “atendimento mensal a sessenta mil pessoas através de seus cinco mil médiuns residentes”, como estimava-se em 100 mil o número de médiuns que seguiam a doutrina ocultista da Tia Neiva.

As atividades começavam às dez horas da manhã e estendiam-se pela madrugada adentro, com serviços prestados por médiuns agrupados em falanges. Cada falange se vestia com um determinado tipo de roupagem, e cada roupagem obedecia a uma tonalidade própria.

Em busca de consultar augúrios vaticinadores, políticos costumam recorrer ao Vale do Amanhecer para conhecer, com a devida antecipação, o resultado das urnas eleitorais, ou para tentar modificá-los, caso os resultados lhes sejam adversos.

Como augúrios vaticinadores fascinam seres humanos decaídos, no dia 15 de março de 1990, após a posse do presidente da República do Brasil, Fernando Collor de Mello, a ministra da Economia, Zélia Cardoso, efetuou o bloqueio dos cruzados, a unidade monetária de então. Nos quatorze meses que ocupou o cargo (de 15.03.90 a 08.05.91), a ministra congelou os ativos da população, com criou os planos econômicos Plano Collor I e Plano Collor II, medidas que arrocharam a economia da nação.

Estando na cidade litorânea de Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro, por ocasião da passagem do ano de 1990, a ministra ofereceu um maço de rosas brancas, um frasco de perfume e um tubo de batom a Iemanjá, a chamada deusa das águas.

Iluminada por augúrios vaticinadores, a superstição não permitia a ministra, que usava um anel com seu signo astral no horóscopo chinês, passasse debaixo de escada alguma. Sua mesa de trabalho era sempre equipada com uma pedra de cristal, do tamanho de um ovo de galinha, para, segundo a autoridade ocultista, se proteger contra “energias negativas”. Semanalmente, o cristal era lavado e posto em uma vasilha, com sal grosso, para descansar, por acreditar em uma recomendação ocultista de que, assim, iria “manter seus poderes extra-sensoriais em forma”.

Cultivando augúrios vaticinadores, o Pentágono, antes do Iraque invadir o Kuwait, em 2 de agosto de 1990, começou a manter contatos com pessoas dotadas de elevado poder sensitivo, e lavrou uma lista contendo o nome de quinze médiuns famosos, para testar “uma exaustiva série de experiência de seus poderes psíquicos”. No teste, que consistia localizar instalações ultrassecretas em diversas nações do planeta, restou apenas uma mulher. A médium que localizou alvos com a precisão de 91.6% foi a vidente norte-americana Marlene Tyler, com residência em Dusseldorf, na Alemanha. Sentada na frente de um gigantesco mapa aéreo do Oriente Médio, a bruxa ocultista facilitou as operações de ataques nas incursões que destruíram doze alvos iraquianos:

“Nós devemos uma grande parte do nosso sucesso a essa notável mulher. Sua sobrenatural precisão em localizar esses abrigos subterrâneos, instalações de mísseis e produções de armas químicas teve um papel importante na eficácia das nossas ações paralisantes sobre o Iraque. Nós ficamos impressionados quando estudamos as fotos aéreas de instalações de mísseis destroçados exatamente no lugar onde a vidente havia nos apontado. Quando comprovamos essas fotos com nossas fotos de satélites tiradas antes dos ataques, ficamos atônitos ao descobrir que aquelas instalações estavam tão bem escondidas que nós não podíamos ver nada a não ser o deserto.”

Uma das causas pelas quais o antigo Estado de Israel ser invadido e ocupado por tropas do Império Assírio, Babilônio, Persa, Macedônio, Selêucida, Ptolemaico e Romano, foi a busca por augúrios vaticinadores.

Estimulado por fluídos de augúrios vaticinadores, emitidos pelos 430 sacerdotes-adivinhos, o rei judeu, Acabe, filho de Onri, conduziu seus exércitos para retomar a cidade de Ramote-Gileade, situada na região de Gileade, que anos antes havia sido conquistada pela Síria. E nessa confiança de vitória antecipada vaticinada, partiu, mas foi ferido por uma flecha que se cravou entre a armadura e a couraça abdominal, e morreu ao pôr do sol (II Crônicas 18.11,33,34).

Também, uma das causas da queda e desgraça do rei judeu, Saul, filho de Cis, nas montanhas de Gilboa, foi ter rejeitado a direção do Eterno para consultar augúrios vaticinadores ministrados por uma pitonisa da cidade de En-Dor (I Samuel 28.3-20).

Envoltos no marasmo de consulta a augúrios vaticinadores de presságios, antigos soberanos costumavam conduzir a imagem do deus da guerra aos campos de batalha. Os filisteus levavam consigo o seu deus Dagom , os soberanos de Cartago levavam o seu Baal, e Alexandre da Macedônia levava seu deus Zeus, e assim procediam para abençoá-los nos campos de batalha.

Destituído de sua elevada posição de comando, o Querubim Ungido tornou-se Satanás ou Adversário e, seus seguidores tornaram-se Demônios, o mesmo que Anjos Decaídos ou Entidades. Esse Querubim Ungido é o Canalha de Sempre. Foi ele quem deu início a um sistema perverso de ocultismo, augúrios vaticinadores, mistério, bruxaria, promiscuidade, satanismo, sacrifício de crianças, extração de adrenocromo, prostituição, alcoolismo, drogas alucinógenas, corrupção, mortes, guerras, práticas demoníacas e perversidades outras, constituem armas que esse personagem as utiliza para contaminar humanos formados à imagem e semelhança do Criador.

Raimundo Nonato Freitas de Cerqueira

Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, ano de 2022.

RNF Cerqueira
Enviado por RNF Cerqueira em 23/02/2022
Código do texto: T7458853
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