A DISCUSSÃO PROPOSTA NA ESCRITA DE LÍLIA MOMPLÉ SOBRE A VIOLÊNCIA DO TRABALHO FORÇADO PRESENTE NO CONTO ACONTECEU EM SAUA-SAUA

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo analisar historicamente a violência do trabalho forçado, Chibalo, em Moçambique, presente no conto Aconteceu em Saua-Saua do livro Ninguém matou Suhura. Uma narrativa sobre a trajetória da personagem Mussa Racua que busca conseguir o pagamento estipulado pelo administrador colonial, uma personagem marcada pela violência e pelo pavor dos campos de trabalho que em meio ao desespero encontra no suicídio a alternativa de ser livre.

A discussão proposta é compreender como esse texto ficcional apresenta em sua tecitura elementos históricos que denunciam a violência do período colonial em Moçambique referente ao tema acima apresentado.

Vale ressaltar que a temática colonial como reflexão acerca das violências sofridas nestes territórios sempre foi presente nas literaturas africanas de língua portuguesa nas décadas de 1930 a 1970. Assim como a implantação da exploração do território e da mão de obra local e os meios utilizados para a manutenção dos objetivos dos colonos, como por exemplo, os aparelhos ideológicos do Estado, a escola, a família e a igreja, para manter as desigualdades sociais e o poder neste contexto.

Lília Momplé faz de sua escrita campo de debate, contestação, denúncia e resistência. Apresenta narrativas com protagonistas indígenas que revelam outra parte da história de Moçambique, a voz dos silenciados.

A DISCUSSÃO PROPOSTA NA ESCRITA DE LÍLIA MOMPLÉ SOBRE A VIOLÊNCIA DO TRABALHO FORÇADO PRESENTE NO CONTO ACONTECEU EM SAUA-SAUA

Biografia de Lília Momplé

Lília Maria Clara Carrière Momplé nasceu em 19 de março de 1935 na ilha de Moçambique, Nampula. Estudou em Lourenço Marques, atual Maputo e em Portugal. Formou-se em Serviço Social, atuando em Lisboa, Lourenço Marques e São Paulo. Durante o ano de 1960, morou na Grã-Bretanha e no Brasil; regressou a Moçambique em 1971. De 1992 a 1998, foi diretora do Fundo para Desenvolvimento Artístico e Cultural de Moçambique (FUNDAC). De 2001 a 2005, foi membro do Conselho Executivo da UNESCO (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura). De 1991 a 2001, dirigiu a Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO).

A escritora destaca-se na literatura produzindo textos curtos, no gênero conto. Apresenta uma escrita política e baseada em eventos reais do cotidiano de Moçambique. Sua produção literária busca desvelar e propor uma reflexão sobre as vivências traumáticas do período colonial e da guerra civil. Produziu poucos textos – dois livros de contos: Ninguém matou Suhura (1985), Os olhos da cobra verde (1997) e um romance: Neighbours (1996), mas de grande ênfase para se entender alguns fatos históricos importantes deste território.

A violência do trabalho forçado para a exploração da terra e do homem no período colonial em Moçambique

O conto Aconteceu em Saua-Saua tem como tema a violência do trabalho imposto aos camponeses em Moçambique. O conto é escrito em terceira pessoa, tem como espaço o campo em “Saua-Saua”, o tempo da narrativa é cronológico onde os acontecimentos se dão em apenas dois dias. A narrativa se inicia com a data Junho de 1935, compreende-se assim que a data foi utilizada como um registro histórico para rememorar os acontecimentos deste período de opressão social em Moçambique durante o colonialismo. Uma ficção que retrata a vida de muitos camponeses moçambicanos.

A personagem protagonista se chama Mussa Racua, um camponês que está há dois dias em busca de ajuda para conseguir os oito sacos de arroz estipulado pelo administrador colonialista como pagamento pela terra demarcada para o plantio, o Chibalo.

Após a derrota do Estado de Gaza, em 1895/6, Portugal expande a exploração dos territórios da região sul de Moçambique e impõe uma série de necessidades monetárias para explorar todos os recursos naturais e bens da terra e dos povos desta região. Um sistema que remota ao feudalismo, o qual obriga os trabalhadores a pagarem tributo pelo uso de sua própria terra e aqueles que não conseguem, são enviados para trabalhar nas plantações como penalidade, o recrutamento forçado que ficou conhecido como Chibalo. De acordo com Zamparoni:

[...] Segundo este sistema, todos os moçambicanos, entre 15 e 60 anos de idade, estavam obrigados a prestar entre noventa e cento e oitenta dias de trabalho assalariado. Os salários pagos eram irrisórios, os trabalhadores mal alimentados eram submetidos a extensas jornadas em condições insalubres e, além do mais, não eram raras as punições físicas. Tal sistema não podia deixar de lembrar as práticas do sistema de trabalho que o antecedera: a escravatura. (ZAMPARONI, 2000, p. 3, 4)

No conto é possível sentir o desespero da personagem que busca ajuda dos amigos para não voltar a plantação de sisal, penalidade para quem não consegue pagar o imposto cobrado pelo administrador. Situação que atinge a maioria dos camponeses que não encontram saída, como diz o amigo Abudo: “O colono é quem manda, como é que tu não vais para a plantação se não tenz o arroz que eles querem?” (MOMPLÉ, 1988, p. 11).

Mussa Racua é a representação histórica de muitos homens camponeses que viveram neste contexto e nada podiam fazer. Sua revolta e medo é percebida quando diz:

– Mas tu já viste irmão, que vida é a nossa? – interrompe Mussa Racua – vem essa gente da administração e marca-te um terreno. Dão-te sementes que não pediste e dizem: tens que tirar daqui três sacos ou seis ou sete sacos, conforme lhes dá na cabeça. E se por qualquer razão adoecemos ou não cai chuva, a semente é ruim, e não conseguimos entregar o arroz que eles querem, lá vamos nós parar às plantações. E os donos das plantações ficam contentes porque conseguem uma data de homens para trabalhar de graça. E a gente da Administração fica contente porque recebe dos donos das plantações um tanto por cabeça que entrega. E nós é que vamos rebentando de medo e de trabalho todos os anos. E mal podemos cuidar das nossas machambas que nem dão para comer. (MOMPLÉ, 1988, p. 12)

É possível compreender no desabafo da personagem a intensidade da violência que o trabalho forçado causava nos trabalhadores, uma espécie de trabalho escravo de exploração da mão de obra indígena que foi instituído para favorecer ao sistema capitalista com o objetivo de enriquecer Portugal. Essa estrutura visava a acumulação de riqueza e bens para os colonos, enquanto os indígenas não conseguiam nem os meios básicos para sua sobrevivência.

De acordo com Zamparoni, para os colonos, os indígenas eram considerados incivilizados por não terem ambição em acumular bens e por trabalharem apenas para suas necessidades básicas de sobrevivência, por isso deveriam ser obrigados ao trabalho forçado.

Reconhecia-se que o indígena, trabalhava, ‘mas não por hábito, por instinto, como o europeu, com o fito de uma capitalização ilimitada. Trabalha, sim, aguilhoado pela necessidade imediata: as necessidades dos negros são curtas, e satisfazem-se com pouco. Não abandona a liberdade e ociosidade, para ele felizes condições de vida selvagem, pelo trabalho fixo, ordinário, constante, que é a dura condição da vida civilizada.’ Era preciso pois buscar formas de fazer com que este potencial produtivo desperdiçado se transformasse numa força de trabalho disponível e abundante para servir ao mercado. (ZAMPARONI, 2004, p. 302)

Pode-se compreender nas palavras de Zamparoni como a exploração dos meios de produção e do homem da terra só beneficiavam aos colonos, ao trabalhador indígena restava-lhe apenas a pobreza.

Lília Momplé consegue através de sua escrita expor a violência e as condições subumanas que estes trabalhadores foram submetidos nos campos de trabalho. Em sua produção literária ficcional, Lília apresenta um testemunho histórico por meio do relato da personagem de Mussa Racua quando ele diz:

- Escuta! – continua Mussa Racua, numa exaltação febril – eu nunca te falei daquele sofrimento. Todos os que experimentaram a plantação não querem mais falar daquilo. A comida sabe a merda! E mesmo assim é só o suficiente para um homem aguentar o trabalho. E aquele sisal que nunca mais acaba. Aquele sisal tem sangue, irmão, está cheio de sangue! A trabalhar sempre doente. Doente e a apanhar porrada. E depois de tanto tempo, vir de lá sem nada... Sem nada, irmão! E aqui as nossas poucas coisas sem um homem para cuidar. (MOMPLÉ, 1988, p. 12)

A perda de todos os meios de sobrevivência faz com que Mussa Racua sinta-se vazio, pois não lhe resta nada como referência de si próprio, um homem transformado em animal pela exploração do trabalho forçado do sistema colonial. Ao refletir de como será seu futuro na plantação, ele cai em total pavor.

“Vai para a plantação, só isso. Poderia ainda acrescentar que brevemente deixará de ser Mussa Racua para ser uma espécie de animal que trabalha, desde o romper do dia até o pôr do Sol, na plantação de um senhor qualquer”. (MOMPLÉ, 1988, p. 14)

Ao confrontar-se com a situação por vir, Mussa Racua, sente o desespero pela falta de solução e o sentimento de ser apenas uma coisa na mão do colonizador, uma ferramenta apenas para o trabalho. Esse sentimento da perda da liberdade e identidade vai de acordo ao que escreveu Frantz Fanon sobre a desumanização do homem negro africano pelo sistema colonial.

Desse modo, numa primeira fase o invasor instala sua dominação, estabelece firmemente sua autoridade. O grupo social submetido econômica e militarmente é desumanizado segundo um método polidimensional.

Exploração, torturas, pilhagens, racismo, assassinatos coletivos, opressão racional se revezam em diferentes níveis para literalmente fazer do autóctone um objeto nas mãos da nação ocupante.

Esse homem-objeto, sem meios de existência, sem razão de ser, é destruído no que há de mais profundo em sua essência. O desejo de prosseguir, tornar-se cada vez mais confuso, mais fantasmático. É neste estágio que surge o famoso complexo de culpa. (FANON, 2021, p. 74)

A violência do trabalho forçado e a restrição da liberdade de escolha tira de Mussa Racua o “desejo de prosseguir”, pois no contexto colonial ele não pode ser o autor de sua própria história. Segundo Karl Marx em O 18 de Brumário de Luís Bonaparte: “Os homens fazem a sua própria história; contudo, não a fazem de livre e espontânea vontade, pois não são eles quem escolhem as circunstâncias sob as quais ela é feita, mas estas lhes foram transmitidas assim como se encontram” (MARX, 2001, p. 23). Em consonância com o que diz Marx, Mussa Racua não tendo mais a liberdade de escolha de ir ou não para o campo de trabalho forçado e tendo que apenas aceitar viver segundo o papel estabelecido por outros homens, decide acabar com todo sofrimento e apagar sua dor com a única liberdade que ainda lhe resta, a escolha de viver ou morrer.

Bruscamente, Mussa Racua senta-se na quintada. Apesar da noite fresca, gotas de suor cobrem-lhe o rosto tenso e o corpo treme-lhe de pura indignação.

– Não, não posso aguentar outra vez tanto sofrimento – pensa ele – há outros que aguentam, mas eu não posso. É melhor morrer. Não acordar nunca mais. Não ser mais uma animal. Não vou voltar mais a casa e ver que a minha mulher foi com outro homem.

E de repente, a solução há tanto tempo procurada surge-lhe tão simples, tão natural, tão evidente, que se admira de a não ter encontrado muito antes. (MOMPLÉ, 1988, p. 16)

A descrição da morte da personagem indica a ação política do sujeito histórico ao encontrar uma solução diante de um conflito, sua morte é entendida como libertação e apagamento da dor física e psicológica, o fim do medo do trabalho opressor.

“E é quase sem surpresa que, ao dobrar um carreiro, dá com o corpo de Mussa Racua suspenso de uma mangueira, balouçando docemente ao sabor da brisa matinal. Tombado no chão, um saco cheio de arroz”. (MOMPLÉ, 1988, p. 17)

A morte de Mussa Racua é descrita na narrativa não como tragédia, mas como a libertação de um homem oprimido que foi desumanizado pelo sistema colonial. O qual se tornou livre utilizando como instrumento o peso do saco de arroz para se enforcar, o peso que lhe oprimiu durante a vida, foi o que o libertou na morte.

É possível compreender como os fatos históricos estão atrelados ao texto literário ficcional de Lília Momplé, pois neste período foram recorrentes casos de indígenas que buscavam o suicídio como alternativa para escapar do trabalho forçado.

A morte de Mussa Racua foi vista pelo administrador colonial como algo sem valor e rotineiro, sua preocupação é descrita apenas pelo saco de arroz que foi encontrado, vemos isso quando diz:

“ – Tratem de ir buscar quanto antes. A semente era da Administração e portanto temos direito ao arroz. E façam como é costume nestes casos. Avisa aos sipaios”. (MOMPLÉ, 1988, p. 18)

Essa ação mostra que o interesse do colonizador pelos colonizados é apenas pela sua mão de obra e sua capacidade de produzir. Os indígenas são apenas ferramenta de trabalho para enriquecer os capitalistas coloniais. A respeito da desvalorização do trabalhador colonizado pelos europeus, Albert Memmi comenta que “ao colonizado, só se pedem seus braços, ele não passa disso; e esses braços são tão mal cotados que se podem alugar três ou quatro pares deles ao preço de um” (MEMMI, 2007, p. 118). Essa desumanização que os trabalhadores indígenas estavam submetidos fica evidente pelas palavras do administrador colonial ao fim da narrativa quando diz: “ – Estes cães assim que lhes cheira a trabalho, arranjam sempre chatices. Ou fogem ou suicidam-se. Maldita raça!” (MOMPLÉ, 1988, p.18). Uma imagem do colonizado criada pelos europeus que os estereotipava como preguiçosos, incivilizados para os oprimir e justificar a exploração de sua força de trabalho.

No conto Aconteceu em Saua-Saua, Lília Momplé, através de sua escrita ficcional testemunhal, denuncia a violência do trabalho forçado e a desumanização sofrida pelos indígenas moçambicanos neste período colonial. A animalização de Mussa Racua, homem negro indígena que perde sua liberdade e é esmagado pelo sistema colonial, é o retrato do trabalhador que diante da violência do trabalho forçado não consegue ver outra saída para liberta-se de sua angústia que não seja dar cabo de sua própria vida.

Ele teve uma atitude com significação política, pois sua resistência ao trabalho forçado o leva a ápice de sua trajetória e o seu suicídio foi a única alternativa para alcançar a liberdade. Sua escolha pela morte não pode ser considerada como covardia diante da opressão com que se depara, mas como aponta Karl Marx, não se pode exigir de ninguém ‘que preserve a si mesmo diante de uma existência espezinhada’, não nos cabe julgar. Marx afirma que:

O Homem parece um mistério para o Homem; sabe-se apenas censurá-lo, mas não se o conhece. Quando se veem a forma leviana com que as instituições, sob cujo domínio a Europa vive, dispõem do sangue e da vida dos povos, a forma como distribuem a justiça civilizada com um rico material de prisões, de castigos e de instrumentos de suplício para a sanção de seus desígnios incertos; quando se vê a quantidade incrível de classes que, por todos os lados, são abandonadas na miséria, e os párias sociais, que são golpeados com um desprezo brutal e preventivo, talvez para dispensar-se do incômodo de ter que arrancá-los de sua sujeira; quando se vê tudo isso, então não se entende com que direito se poderia exigir do indivíduo que ele preserve em si mesmo uma existência que é espezinhada por nossos hábitos mais corriqueiros, nossos preconceitos, nossas leis e nossos costumes em geral. (MARX, 2006, p. 27-28).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Lília Momplé consegue, através da sua escrita documental, propor ao leitor uma reflexão critica sobre a violência do período colonial em Moçambique, uma ficção construída com dados históricos narrados em formato testemunhal que denuncia o sistema de exploração da terra e do homem indígena pelo europeu.

Ela cria uma personagem marcada pelo sofrimento do trabalho forçado que representa milhares de outros, possibilita o leitor a conhecer a história desse território em um período que desumanizou o povo negro de Moçambique.

Uma escrita marcada pela resistência e coragem de um camponês que busca constantemente uma alternativa para conseguir escapar do sistema de opressão que é o Chibalo e que encontra apenas na morte sua liberdade, seu direito de escolha.

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