O MENINO MALUQUINHO...RETRATOS DE UMA INFÂNCIA FELIZ...👦👨‍👦‍👦👦 👨‍👩‍👦👦...

INFÂNCIA FELIZ. 👦 🎨 👨‍🎨

Uma criança irriquieta

Um garoto travesso,

Tão trapalhão!.

Com "fogo no rabo",

E "vento nos pés ".

Assim era,

O menino maluquinho

Considerado "doidinho",

Mas também esperto,

Pelos amigos,

E do grupo que fazia parte!.

Imaginação,

Não lhe faltava.

Via "macaquinhos no sótão",

Era o goleiro maluquinho.

E com suas pernas enormes,

Queria abraçar o mundo!.

Mesmo assim,

Era a alegria da casa.

Fazia versinhos,

Compunha canções.

Era mesmo sabido,

Tão amigo!.

Mas o tempo passou,

O menino maluquinho,

Cresceu.

E virou um "cara legal".

E descobriu,

Que tinha sido mesmo,

Era um menino muito feliz!.

Poesia por mim escrita, inspirada no livro:

"O MENINO MALUQUINHO".

Do escritor e hoje saudoso ZIRALDO.

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O livro, O MENINO MALUQUINHO, traz relatos de uma infância, uma época muito feliz, onde o cartunista ZIRALDO relata muito bem sobre o "ser criança", trazendo experiências suas vividas na sua própria infância.

Esta história tão criativa e tão prazerosa de ler retrata uma época da infância onde as crianças brincavam ao ar livre, nas ruas, com muita liberdade, jogavam bola, soltavam pipa, subiam nas árvores , se esfolavam quando brincavam, mas nunca perdiam o encanto e desfrutar do prazer desses momentos.

Durante a leitura do livro "O Menino Maluquinho", nós nos divertimos com as situações muito engraçadas do personagem; acompanhamos as suas peraltices, traquinagens;

chegava mesmo todo "esfoliado" das férias, com tanto esparadrapo que chegou a ganhar o apelido de "MUMIA".

E era o goleiro divertido da turma que saltava e encantava a todos!.

O livro também traz vivências e situações engraçadas do personagem vividas na escola.

Chama a atenção que apesar da criança ser inteligente, apresentava "mau comportamento", era irriquieto, falante, ele era muito aceito no grupo e não sofria discriminação. Nesse caso, essas características até o ajudavam a se destacar no grupo e a valorizar essa sua forma autêntica de ser e de conviver com os seus coleguinhas.

Ah!...E que delícia acompanhar as histórias da criança, "as peças" que pregava nos pais, com a sua avó ... Eram brincadeiras saudáveis e quem de nós nunca se refugiou na casa dos avós para comer "bolo e cocada" e depois tirar uma soneca e se deitar no colo da vovó, do vovô...

E com muita leveza, Ziraldo consegue trazer o tema da separação dos pais, em uma época que isto era visto como tabu, e o quanto a criança fica triste com isso.

A criança relata que "a saudade era o lado de um dos lados da vida que vinha aí".

O menino maluquinho tinha seus momentos de tristeza, então se recolhia no seu quarto e brincava sozinho, desenhava e imaginava "foguetes, mapas e terras perdidas".

Usar a sua imaginação e toda a sua criatividade eram formas também da criança lidar com a ausência e a sua dor; muitas vezes, a criança como não verbaliza, passa a "falar" através dos seus desenhos e rabiscos.

Os desenhos e as ilustrações que acompanham os textos, acabam tornando a leitura bem agradável, dinâmica e prazerosa.

Neste livro, percebemos muita empatia e familiaridade do autor com o personagem , pois traz muitas identificações do próprio Ziraldo com a sua "própria criança", da sua própria infância.

Dessa maneira , o autor nos mostra como é importante conservar a "criança interior" que carregamos dentro de nós e dialogar com ela; dessa forma, podemos até entender que o menino maluquinho é o "alter ego" do próprio autor, tanto os relatos, bem como os desenhos em quadrinhos nos remetem em grande parte, às suas próprias vivências.

Durante a leitura penso que o livro consegue nos reportar às nossas próprias infâncias, às nossas "peraltices", as brincadeiras de criança, as nossas vivências escolares...E isso nos aproxima do autor que consegue nos trazer de volta esta nostalgia, lembranças tão gostosas de um tempo tão prazeroso, a nossa infância, que passou mas nunca vai se apagar das nossas memórias!...

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" Fiquei com essa ideia, um menino que por ser feliz, compreendido e amado, criado com carinhos na infância, sem ser sacaneado e chateado pelos pais, tinha grande chance de virar um "cara legal". Essa era a proposta que defendia para a criação das crianças e era a ideia que queria para o livro".

Palavras do escritor:

Cartunista, desenhista, dramaturgo:

ZIRALDO ALVES PINTO.

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Algumas obras do autor, com mais de

130 obras editadas:

- Flicts , 1969.

- O Bichinho da Maçã, 1982.

- O Menino Marrom, 1986

- Uma Professora Muito Maluquinha,

1985.

- Os Dez Amigos, 2001.

- Menina Nina, 2002.

- Um amor de família, 2020.

O MENINO MALUQUINHO foi lançado

em 1980, ganhou o Prêmio Jabuti de

Literatura Infantil.

Lélia Angélica
Enviado por Lélia Angélica em 08/04/2024
Reeditado em 08/04/2024
Código do texto: T8037081
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