SUBINDO AS ESCADARIAS...Reflexões e FRAGMENTOS DE UM SONHO... 🌥 🌤 🌦

No inconsciente, nada pode ser

encerrado, nada é passado ou está

esquecido...

Sigmund Freud.

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Vejo uma sala vazia; as carteiras estão enfileiradas, procuro o meu lugar...

Que estranho, percebo que a minha carteira e a da frente foram retiradas. Mas porquê elas não estão mais ali? E agora, onde vou me sentar?

E o que estaria eu fazendo ali?

Seria uma sala de estudos?

Saio da sala e agora estou me dirigindo para

o meu apartamento , quero descansar. Não sei exatamente onde estou, mas que engraçado, moro no mesmo lugar, no mesmo prédio daquela mesma sala, ou seria ali um hotel? Mas por que tão perto daquela sala? Estaria eu apenas de passagem?

Vou subindo as escadas, penso "que alivio", são apenas dois andares...

Mas ao chegar, que estranho, me deparo com um cenário aberto, vejo uma rua movimentada e pessoas caminhando. Então me indago: Entrei no andar ou no bloco errado? Onde estão as minhas coisas?

Lembro que nesse momento, chega um

"mini carro" e me leva para o outro lado de onde estou, e aos poucos ele para e me deixa a poucos metros de uma escadaria.

E do outro lado também tinha pessoas, tinha movimento, lojas abertas, tudo estava funcionando...

Então apenas avisto o cenário de onde estou, não desço as escadas.

E nesse momento desperto, já está amanhecendo e fico a refletir sobre o sonho que tive...

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Tentei relatar aqui partes, fragmentos de um sonho que tive, de imagens onde as cenas eram muito claras e muito vívidas.

Parece que ao subir as escadas, isso me lembra e me remete a nossa própria evolução humana e espiritual, o nosso próprio processo evolutivo, a nossa caminhada...

No sonho eu não encontro o meu "espaço particular" que se mistura no espaço público; talvez eu ainda esteja muito imersa "no mundo", sendo que esse "retiro pessoal" realmente é um processo muito difícil. Por mais que tentemos, ainda estamos imbricados nos "barulhos do mundo", nas urgências, não conseguimos viver sem as suas facilidades e sem a correria; esse freio, esse desacelerar sabemos que se faz necessário.

Mas penso que já estou avançando, pois ao ir para o "outro lado da margem" exige coragem, e novamente me deparo com um cenário aberto, com movimento , não desço as escadas, apenas avisto e observo, e não me misturo aos demais.

Parece que dessa forma, estou a procura do meu próprio lugar , do meu próprio espaço, busco o meu "próprio pertencimento ", pois aonde foi a minha carteira?, para onde foram as minhas coisas?, a minha casa não a encontro , estou no andar errado? onde moro? ou estou apenas de passagem?.

Penso que são muitas reflexões e o despertar da nossa consciência nos remete a esses questionamentos , e cada um de nós a vive de diversas e diferentes maneiras.

Somos seres singulares que crescemos com valores e experiências diferentes e cada um está em um estágio evolutivo diferente do outro; o que faz sentido para mim pode não ter significado para o outro. E assim, também crescemos e aprendemos muito nessa troca e convívio mútuo.

Por isso, a análise dos sonhos é muito interpretativa, de cunho muito pessoal; podemos ter sonhos premonitórios, repetitivos, traumáticos, sinalizando que precisamos olhar e entender o que eles querem nos dizer e nenhum sonho deve ser comparado com outros e muito menos generalizado!.

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Quem melhor se debruçou sobre os estudos dos sonhos foi FREUD, o pai da Psicanálise.

Para ele, este seria a principal via para se acessar as partes mais reprimidas e as atividades inconscientes da nossa mente.

Os sonhos podem ter muitos significados e uma simbologia própria que precisa ser decifrada à luz da história de vida de cada um .

Para Freud, os sonhos nos remetem ao nosso próprio Self, tanto podem trazer resquícios e impressões mais recentes do nosso dia a dia, bem como acessar memórias e lembranças mais profundas, até mesmo da nossa remota infância.

Para ele, todos os sonhos representam "realizações de desejos", não existe censura ; dessa forma, retornamos ao nosso "mundo narcísico", regido pelo princípio do prazer, onde ocorre a satisfação de todas as nossas necessidades primitivas.

Muitas vezes os sonhos chegam confusos, distorcidos e não entendemos o teor e o significado dos seus conteúdos , pois negamos e recalcamos muitos sentimentos dentro de nós.

Por isso as imagens dos sonhos, chegam muitas vezes de formas opostas ao que queremos, pois os sentimentos estão reprimidos dentro de nós, com projeções externas.

Isto costuma acontecer muito , pois vivemos em uma sociedade que censura, cobra por etiquetas e regras morais e acabamos convivendo com receios do julgamento do outro.

Por isso, para Freud os sonhos são auto centrados, se referem a nós mesmos, ao nosso próprio psiquismo vividos com terceiros; até mesmo os rostos desconhecidos nas imagens simbolizam "nós mesmos" ou o que eles significam para nós.

FREUD, A Interpretação dos Sonhos.

VOL. IV E V .

" O sonho é a estrada real que conduz

ao nosso inconsciente."

Sigmund Freud.

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Assistam um pequeno vídeo sobre:

A interpretação dos Sonhos.

https://youtu.be/Ga31KktdZxo?

si=QRVPr5kmww0rJ458

Lélia Angélica
Enviado por Lélia Angélica em 18/04/2024
Reeditado em 18/04/2024
Código do texto: T8044215
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