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MINHAS DEZ CANÇÕES PREDILETAS
Internacionais

Já divulguei em outro texto as minhas dez canções brasileiras prediletas. Como já disse, sinto a música como a companheira de todos os momentos, sejam bons, sejam ruins, sejam apenas momentos. Divulgo agora as dez canções internacionais, apresentadas aqui numa ordem que não significa que a primeira é a minha preferida sobre as demais, diferentemente do que foi feito no caso das canções brasileiras. Certamente, estas dez são as minhas prediletas, agora é muito difícil decidir, por exemplo, entre Something e Summertime. Isso depende de cada ocasião, de cada fase da vida, de cada momento.
 
Laura – Canção de David Raksin & Johnny Mercer, adaptada do tema do filme de 1944, com o mesmo nome e que foi dirigido por Otto Preminger, baseado em livro de Vera Caspary. Gravada por vários artistas, a versão de Frank Sinatra é considerada a melhor delas.
 
Something – George Harrison compôs esta canção para sua mulher, Patti. A primeira frase “Something in the way she moves”, é o nome e o primeiro verso de uma canção de James Taylor, de 1968. É a única música dos Beatles que Frank Sinatra cantou ao vivo, dizendo ser a melhor canção de amor dos “últimos 50 anos”. Mas cometeu um deslize imperdoável: apresentou a canção como sendo de Lennon & McCartney. Foi o primeiro Lado A de um compacto feito por George, lançado em setembro de 1969, ficando em primeiro lugar na parada americana. Faz parte do disco Abbey Road.
 
In my life – Imenso sucesso dos Beatles, integra o álbum Rubber Soul, lançado em dezembro de 1965. Composta por John Lennon & Paul McCartney, a ideia era uma música em ritmo de blues. John começou a escrever a primeira versão da letra quase um ano antes da gravação. A original fazia referências a cenários de Liverpool, e era um poema descrevendo o caminho do ônibus da Avenida Menlove, onde John morou, até o centro da cidade. O breve solo de piano é feito por George Martin, diretor musical dos Beatles.
 
What a wonderful world – Sem dúvida alguma o maior sucesso desta canção foi com Louis Armstrong (afinal, foi feita especialmente para ele). É de autoria de Bob Thiele e George David Weiss. A primeira gravação foi do próprio Armstrong em compacto simples, no ano de 1967. Detalha o deleite pelas coisas simples do dia-a-dia, mantendo assim um tom esperançoso e otimista em relação ao futuro. Foi incluída como fundo musical no filme “Bom Dia, Vietnã”, no momento em que ocorre um bombardeio em Saigon. O paradoxo perfeito: a canção falando na paz e no amor e as pessoas sendo mortas em meio a uma guerra estúpida e sem sentido. O maior sucesso inicial desta canção foi no Reino Unido, onde foi campeã de vendas em 1968.
 
Besame mucho – A mexicana Consuelo Velásquez escreveu esta canção em 1940, quando tinha apenas 15 anos, tornando-se uma das mais populares de todos os tempos. O primeiro a gravá-la foi Emilio Tuero, e em 1999 foi reconhecida como a canção do idioma espanhol mais cantada e gravada e talvez como a mais traduzida para outros idiomas. Sucesso até hoje, foi gravada pela cantora e pianista canadense Diana Krall, no CD “The Look of Love”. Até os Beatles gravaram esta canção no dia 1 de janeiro de 1962, época em que o baterista ainda era Pete Best e os vocais foram feitos por Paul McCartney. O resultado final foi desastroso. Feita nova gravação em 6 de junho do mesmo ano, foi incluída no disco lançado em 1965 – Anthology 1. A revista “Caras” também lançou a gravação aqui no Brasil que faz parte do CD número 6 (faixa 11) da coleção “A Música do Século”, de 1999.
 
Summertime – Composta por George Gershwin, faz parte da opera Porgy and Bess, de 1935. A letra é de DuBose Heyward. Robert Cummings descreve a canção como uma das melhores canções feitas por Gershwin, misturando elementos de jazz com os estilos das canções afro-americanas do sudeste dos Estados Unidos no início do século XX. Existem reconhecidamente mais de 33.000 versões gravadas desta canção. A versão instrumental de Ray Conniff, no LP ‘S Music, tem um solo de trompete magistral e inesquecível. E aqui no Brasil, a banda paulistana Traditional Jazz Band também fez uma gravação memorável onde a presença do trombone é para ficar na história, principalmente quando ele “chora” ao final do solo de Alexandre Arruda.
 
As time goes by – Escrita por Herman Hupfekd, em 1932, ficou mundialmente famosa em 1942, no filme Casablanca, quando Ilsa Lund (Ingrid Bergman) pede a Sam (Dooley Wilson), o pianista do cabaré de Rick (Humphrey Bogart) para que a toque. Uma curiosidade: muitos pensam que nesta cena Bergman diz: “Play It Again, Sam!”, porém a atriz sueca fala “Play it, Sam. Play As Time Goes By”. Mesmo assim, até hoje, "Play It Again, Sam!" é considerada a frase mais famosa do cinema.
 
Stella by starlight – Uma das canções de jazz mais populares de todos os tempos. Escrita por Victor Young, foi incluída no filme “The Uninvited”, de 1944. Posteriormente, Ned Washington compôs a letra, em 1946. Vários artistas famosos a gravaram, entre eles Frank Sinatra e Ray Charles, mas a versão de Ella Fitzgerald, é considerada a melhor de todas.
 
Moonlight serenade – Composta por Glenn Miller com letra de Mitchell Parish, foi lançada em maio de 1939 em plena Segunda Guerra Mundial, ano em que a Alemanha invadiu a Polônia. Mais conhecida em seu arranjo instrumental, foi incluída no álbum de Carly Simon, lançado em julho de 2005, com a versão contendo a letra de Mitchell Parish.  
 
Tanto Cara – Canção italiana de Mirigliano & Mancinotti, foi incluída no LP da trilha sonora da novela “O Cafona”, exibida pela Rede Globo em 1971. No disco, foi interpretada por Marcello Guenza, mas ficou mundialmente conhecida na voz de Guido Renzi, a quem muitos, erradamente, atribuem a autoria da canção.
 
 
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